i need a baby | stony family

I need a baby, maybe two

— Wade, você não vai para sua casa não?

Estavam todos na mesa da cozinha, era o terceiro dia seguido que Wilson dormia na casa de seu namorado, Peter. O filho único de Steve e Tony, por isso, os pais eram superprotetores com o adolescente.

Tony, era o mais protetor, agarrando seu filho nos braços, o protegendo das garras de Wade. Porém, com os meses, não conseguiu mais.

Steve, como tinha um coração de ouro, e reconheceu o amor dos dois adolescentes, não era mais tão possessivo.

— Sogro Stark, o Petey que pede para eu ficar.

E, imediatamente, Tony fechou a expressão. Se estivessem em um desenho animado, os olhos do moreno iriam refletir facas da Tramontina, corte rápido.

Wilson estendeu sua língua para fora, fazendo os outros da mesa rirem.

Jarvis, o mordomo, cozinheiro, motorista, e psicólogo da família, apareceu na porta da cozinha.

— Senhor Wade, o seu pai Logan, ligou.

— Graças! Ele mandou o hóspede ir para casa?

Tony levantou os braços, comemorando.

— Não, senhor. Ele pediu, gentilmente, para que Wade ficasse mais alguns dias aqui.

— E o velho vai fazer o que? E gentilmente?

Wade, com a boca cheia de cereal, gritou, já que Jarvis estava saindo.

— Canadá, visitar Charles, suponho. Gentil, palavrões, gritou comigo, provavelmente estava de boca cheia.

Depois disso, Jarvis saiu novamente, dessa vez, em paz.

— Jarvis é a pessoa mais paciente que conheço.

Peter, pela primeira vez, se pronunciou.

— Tem certeza que ele é uma pessoa, baby? Parece mais um robô que seu pai criou.

O resto da manhã foi tranquilo, os adolescentes da casa foram para a tortura diária, mais conhecida como ensino médio, deixando Tony sozinho na varanda, pensando no quanto sentia falta da infância de Peter.

Quando ele era apenas um bebê, e segurava o seu dedo com suas mãozinhas pequenas, lembrando da emoção que sentiu ao ver ele pela primeira vez.

Seus pais haviam morrido semanas antes, e Peter estava sozinho, imediatamente, Tony se apaixonou. Era maior que seu amor por tudo, e os olhos redondos lhe prenderam.

— Tá tudo bem, Tony?

Steve, com uma voz que demonstrava curiosidade, perguntou.

— Estava pensando no Peter.

— Ainda com ciúmes, querido?

Rogers se aproximou, colocando seu braço no ombro de Tony.

— É mais que ciúme, é preocupação, medo. Você sabe que ele vai sair machucado, não sabe?

— Ninguém sabe, Tony. Nem você, nem eles.

Stark concordou levemente, no fundo, queria acreditar no seu marido.

— Sinto falta do meu bebê.

— Ele sempre será o nosso bebê.

O moreno riu, não de forma verdadeira, apenas um riso nasal e sarcástico.

— Não, próximo mês ele vai para à faculdade, talvez ainda esteja com o Wade, anos depois irá se casar, e não será mais nosso, será do mundo.