No Silêncio Da Lua

Mortos ou Prisioneiros?

Quando acordei, não havia ninguém ao meu lado, olhei para o meu pé, alguém havia amarrado um pequeno pano branco nele, e eu não sentia dor, mais ainda assim não conseguia ficar de pé, então me sentei.

Carter: graças a Deus!

Só então percebi que Carter estava ali.

Carter: você não sabe o quanto eu fiquei preocupado!

Disse sentando do meu lado.

Natasha: o que aconteceu?

Carter: Kelly te enfeitiçou e fez você dormir, assim você não sentiu dor quando ela aplicou o remédio e enrolou o pano.

Não falei nada, só ajeitei um pouco mais o travesseiro atrás de mim, não era bem um travesseiro era um lençol, assim como a minha cama.

Carter: me desculpa por não ter acreditado em você.

Natasha: não, tudo bem! Talvez nem eu mesma acreditasse em mim!

Carter: essa é a questão! Eu devia acreditar!

Natasha: agora tá tudo bem Carter! Eu estou bem melhor!

Ele sorriu e segurou minha mão.

Carter: ainda bem, por que eu não sei o que faria sem você!

Não respondi, só fiquei olhando para ele, foi nesse momento que percebi o quanto Carter me fascinava, ele colocou a mão no meu rosto e me olhou nos olhos, então ele fez algo que eu não esperava, se aproximou e quase, por muito pouco, nossos lábios não se encostaram, pois me afastei rapidamente antes que qualquer coisa pudesse acontecer.

Natasha: Carter, não podemos fazer isso!

Carter: por que não?

Natasha: por que você está com a Nadine! Não entende? É errado!

Ele suspirou.

Carter: eu preciso te contar uma coisa Natasha.

Natasha: o que houve?

Carter: eu preciso que você mantenha a calma.

Natasha: o que aconteceu Carter?

Ele hesitou, mais depois falou.

Carter: nós fomos até o local para procurar Nadine...

Ai Meu Deus.

Carter: ...e infelizmente...

Não, Não!

Carter: ...nós não a encontramos!

Natasha: quer dizer que ela...
Carter: sim, Natasha, a Nadine não sobreviveu a Floresta Dos Perdidos!

E foi ai que que eu desmoronei!

Natasha: não Carter! Nós ainda podemos procurar e...

Eu falava chorando, Nadine não podia estar morta! Não!

Carter: eu sinto muito!

Disse Carter e me abraçou.

Não! Não!

                                                                      

                                 ******

Abri os olhos com cautela, olhei em volta, parecia uma sala de um castelo ou algo assim, tentei mexer minhas mãos, e foi ai que eu percebi, elas estavam presas, amarradas à cadeira que eu estava sentada, não conseguia sair.