Chumbo Trocado Não Dói

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“Adoro sua mão atrevida, seu toque, seu simples olhar, já me deixa despida [...] Quando estou amando, sou mulher de homem só
Desço do meu salto, faço o que te der prazer”

A música tocava no rádio, o tom sedutor do sax, a letra dominante, tudo combinava com a mulher que ali, naquele quarto, no apartamento que ela, com o dinheiro fruto de seu próprio suor, havia comprado. O banheiro do local exalava seu perfume, sensual como só ela era, um aroma forte, como um verdadeiro feromônio, que atraía tudo e todos. Os olhos claros realçados pelo rimel, o decote generoso e ainda assim elegante – afinal, ela não era mulher de vulgaridades –, os lábios delineados e convidativos aos beijo, realçados pelo batom vermelho que agora estava sendo retocado. Tudo em Hinata era sedução, atração, apesar do rosto angelical, seu cheiro, sua postura e seu jeito firme deixavam claro que ela era a verdadeira mulher fatal, que matava de amor apenas com um olhar.
— Uau, estou vendo um anjo? - perguntou o homem louro que adentrava o banheiro, atraído por seu cheiro e ainda mais por sua imagem. - Você está linda como nunca, Hinata! - elogiou enquanto ela sorriu maliciosa ao sentir as mãos de seu companheiro tocarem sua cintura, se tornando uma , acariciou os fios loiros do cabelo do homem que lhe beijava o pescoço de forma sedutora, roçando por ele sua barba mal feita, enquanto seu toque atrevido explorava o corpo curvilíneo de Hinata, que virou de frente para Naruto, o beijando enquanto era posta sobre a pia onde antes estava debruçada, já excitada pelo olhar predatório daquele que agora retirava seu vestido, no instinto voraz e desejoso de devorar seu corpo como o homem que era. Beijava seu pescoço, arranhava sua nuca, gemia rouca e sôfrega o seu nome, o batom novamente precisava ser retocado, visto que o vermelho sangue agora colorido a boca e as bochechas de Naruto, que não se importava, não naquele momento, não perto de se provar de toda a fartura do banquete de amor que ela lhe ofertava. Ele acariciou bem toda aquela bunda com gosto, mordendo sua boca, indicando o que desejava enquanto ela se livrava dos saltos, sem pudor algum se virando de costas para ele, lhe ofertando o traseiro que foi apertado, apalpado, estapeado, massageado, marcado por uma mordida, antes de ter seu interior, por ele lubrificado, penetrado, fazendo-a soltar um leve grito, a mistura de dor e prazer era boa, mas ela exigia mais e por isso as mãos dele continuavam a lhe acariciar o corpo, lhe puxar os cabelos, lhe penetrar e acariciar todo o parque de diversões dos dois, que não se poupavam em gemidos. Por sorte a casa inteira era refrigerada pelo ar condicionado central, se não ambos verteriam o suor do cansaço e isso era a única parte do orgasmo recém chegado que Hinata não desejava. - Você é maravilhosa, sabia? - perguntou ele ao se satisfazer – ao menos por hora –, com a mulher se virando, lhe tomando os lábios de assalto, lhe dando um beijo ardente, possessivo, delicioso, como só ela era capaz de dar.
— Eu sei, meu amor, eu sou maravilhosa, gostosa, eu sou única! - poderia soar como uma ação prepotente, muitos diziam que ela se achava, mas ela não se achava, ela tinha certeza de si mesma e era isso o que a tornava tão atraente. Ele se limpou, se lavou, novamente se perfumou e foi isso que chamou a atenção dela, que, assim que voltou a retocar sua maquiagem para que então pudessem ir à tal festa, o baile de máscaras, viu pelo espelho quando ele passou a falar com alguém no telefone, o riso malicioso nos lábios não era o de alguém que estava satisfeito sexualmente, longe disso e ela suspirou em lamento, não por provavelmente estar sendo traída, mas por ter que se desfazer de tão bom amante quanto ele, por fazê-lo perder mulher tão incrível quanto ela era, mas se ele assumia tal risco, o que ela podia fazer? Pena sentia dele, ele nem era tudo isso, ela pensava, por isso sorriu de canto, olhando para a tela de seu próprio telefone, lendo a mensagem de seu primo distante, com quem já havia tido um tórrido romance no passado e que sempre lhe sondava. Ela era fiel, “mulher de um homem só”, como costumava dizer, mas ela também era recíproca e sabia que não devia nada a quem não compartilhava do mesmo sentimento. Na mensagem, Neji pedia a ela uma chance de reviver os momentos do passado, e pela primeira vez, ela o respondeu com esperanças: - Fique atento, tudo pode mudar!

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