O lado positivo de fazer uma coisa impensada quando se é criança é que, provavelmente, não vai encontrar nunca mais as pessoas que estudavam com você na época e, mesmo que encontre, ninguém além de você se lembraria daquela vergonha que você passou...
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Era provavelmente resultado da perigosíssima mistura da atração que vinha reprimindo desde o primeiro dia de aula, com a abstinência por sexo que se passou naquela semana, com a expectativa que construiu ao longo do dia e foi frustrada quando Deidara foi embora sozinho e com uma quantidade certeira de álcool. De qualquer forma, o ponto era que Sasuke havia entrado no quarto, fechado a porta e arrastado-se atrapalhadamente até a cama (que ele nem precisou perguntar para saber exatamente qual das duas era) sem tirar sua boca da boca de Naruto por nem um instante. Aquela boca macia, impregnada do gosto doce de todos os drinques de fruta bebidos ao longo da noite e da pungência do álcool, tão forte e presente no seu hálito, tudo parecia embriagá-lo ainda mais a cada segundo.
O loiro estava pendurado em seu pescoço quase literalmente, visto que àquela altura e, ainda por cima, de olhos fechados ele mal conseguia se manter em pé. Tal problema não durou muito, Sasuke desceu as mãos famintas simetricamente pelo corpo do outro até alcançarem a bunda e apertou com gosto antes de pegar impulso e erguê-lo em seu colo, ao que Naruto abraçou seu quadril com as pernas de prontidão e assim permaneceu quando foi deitado na cama. Uma vez que não precisava mais manter-se equilibrado pelos dois, o moreno aproveitou para explorar o corpo que vinha lhe roubando a concentração desde o segundo em que pusera os olhos nele, aquelas coxas firmes, o traseiro durinho, até atreveu-se a passar uma das mãos por baixo da bermuda para apalpar direito.
Naruto soltou um suspiro audível ao sentir o toque quente por sua perna até alcançar a borda da boxer que vestia por baixo e pareceu ter se lembrado de corresponder as carícias que recebia. Ele se desgrudou do pescoço de Sasuke e resolveu correr as mãos pelo seu abdômen, e uma vez que havia baixado os braços, o outro encontrou a oportunidade perfeita de descer a boca pelo seu queixo, orelha e, para o delírio do loiro, o pescoço. O espasmo que recebeu em resposta denunciou que encontrara um local extremamente sensível e foi com enorme satisfação que Sasuke resolveu morder e sugar a pele naquele ponto ao mesmo tempo que começou a friccionar o quadril contra o do outro, que apertou as pernas em torno do seu corpo e, ao receber um chupão particularmente caprichado no pescoço, soltou um gemido que arrepiou o moreno de baixo a cima.
-Me fode, Sasuke - ele suspirou naquela voz manhosa e embargada de álcool. O pedido chegou ao seu ouvido ecoando com o som da festa ainda acontecendo no andar debaixo e o fez morder os lábios.
Naruto estava muito bêbado. Não fosse a voz, obviamente alterada, as mãos molemente estacionadas em torno de sua cintura e a completa ausência de movimento por qualquer outra parte de seu corpo também eram evidência disso. De repente se lembrou de que nem deveria estar ali, tudo o que havia planejado fazer era ajudar o outro a subir as escadas em segurança.
-Eu não posso - murmurou fechando os olhos bem apertado e apoiando a testa ao travesseiro.
-Ahn?
Naruto soou meio abobalhado, como se a resposta não tivesse conexão alguma com o pedido. Sasuke respirou fundo com enorme pesar, fez um esforço para se desvencilhar do outro e sentar entre suas pernas, esfregando as mãos contra o rosto com força. Podia quase escutar sua ereção berrando desgovernadamente em protesto por aquela interrupção criminosa.
