Querido Destino • S.W. •

• Chapter One •

Valerie narrando:

Merda!

Essa palavra define o meu dia agora.

Eu tenho uma aula super importante no meu curso de psicologia na NYU, e como se não bastasse hoje o destino resolve brincar com a minha cara.

O meu despertador não tocou, o que resultou num belo de um atraso. Juro que quase plantei o celular na parede quando acordei e vi que tinha somente quarenta minutos 'pra me arrumar e chegar no bloco de psicologia.

'Tive que ir 'pro banheiro voando. O que resultou num belo tombo porque meus pés resolveram enrolar nas cobertas.

'Pra puta que pariu ela não quer ir.

Torci meu pé. Ótimo! Não tem como melhorar.

Me levantei e fui mancando em direção do meu destino anterior. Escovei meus dentes e tomei um banho rápido.

Peguei uma calça jeans de lavagem escura, uma blusa de mangas, duas blusas de frio. Uma mais fina e a outra mais grossa. Me visto rapidamente e procuro minhas botas pretas as calçando logo em seguida.

Pego minha mochila e jogo o celular dentro da mesma, saindo voada do apartamento.

O tranco rapidamente e pego o elevador, que por um milagre não demora a chegar até o andar onde moro. Entro dentro do mesmo apertando o botão do térreo.

Encosto minha cabeça no vidro e respiro fundo tentando obter calma.

Quando ele chega ao térreo meu celular começa a vibrar. Mas é só quando eu estou atrasada que isso acontece.

Pego o aparelho na intenção de recusar a chamada, mas quando vejo o nome Mãe brilhando na tela eu resolvo atender.

Ela nunca me liga nesse horário, porque a mesma sabe que nessas horas eu estou a caminho da NYU.

Ando até fora do prédio e a atendo.

Chamada On ••

- Oi mãe - falo em um tom calmo

- Oi, filha. - fala com a voz um tanto fraca

O que demônios está acontecendo?

- Mãe. - corto minha fala - A senhora está bem? - a preocupação é nítida em minha voz

- Estou... - ela funga antes de continuar - Filha, se cuide tudo bem? - sua voz falha

Isso 'tá muito estranho.

- Mãe, o que está acontecendo? - a alteração na minha voz foi inevitável

- Não precisa se preocupar... - ela não diz mais nada

Antes que eu possa falar novamente ouço um estrondo no outro lado da linha.

MAS QUE PORRA 'TÁ ACONTECENDO?

- Mamãe?! - a chamo de novo, mas não obtenho resposta

Meu coração se aperta. Algo não está certo.

Quando estou prestes a desligar ouço uma voz masculina. Eu conheço essa voz. E esperava não ouvi lá nunca mais em minha vida. Meu padrasto.

- A quanto tempo, Valerie. - ele diz - Não se preocupe com a sua mãe ou seus irmãos. Eles estão comigo. -

Oh não. Não. Não. Não. Isso não pode estar acontecendo. Não pode.

- É uma pena que não esteja conosco. - engulo seco sentindo meus olhos arderem - Você iria gostar. - o tom de voz é de puro sarcasmo