Acaso destinado

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EAE GALERA, HOJE 'TÔ NO PIQUE! Bom, essa aqui é o meu xodó kkkkk É uma twoshot que dei de presente de amigo secreto pra xuxu da naralotus

Graças à essa fic eu tive inspiração pra começar a escrever Otayuri kkkk

Queria agradecer a @ktjkook por ter me feito essa capa mara, e também a cupcake_ruivo fada por ter adaptado a capa para a plataforma ❤️

Bom, eu espero que gostem :)

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"Ironia do destino", uma expressão há muito conhecida, usada pelas massas para culpar uma força maior pelos acontecimentos inesperados que ocorrem em suas vidas, e, então, provarem que não são capazes de controlar tudo o que acontece ao seu redor.

Para Yuri, isso não passava de uma grande bobagem. Em sua opinião, "destino" era o que os covardes usavam para justificar o que acontecia de errado em suas vidas. "Destino" não existia, as coisas aconteciam porque aconteciam. Talvez fosse por isso que a profissão de agente funerário lhe caía tão bem: pois não existe nada mais inevitável que a morte, e independente das circunstâncias, ela sempre chega para todos que vivem.

Mas é claro que ele não era puramente insensível quanto a isso, era humano, afinal. Carregava com tristeza a lembrança de ter organizado o velório de uma garotinha de cinco anos. Enquanto examinava o pequeno corpo no caixão, algumas lágrimas instantaneamente brotaram de seus olhos. Alguém que mal tivera tempo de viver e com uma alma tão pura teve sua oportunidade tirada sem mais nem menos, enquanto pessoas horríveis e maldosas continuavam suas vidas tranquilamente. Quase acreditou no poder de uma força maior naquele dia, mas apenas aceitou aquele fato e tratou de dar um adeus digno àquela criança.

Já Otabek tinha uma ideia totalmente diferente quando se tratava desse assunto. Para ele, poderiam até existir circunstâncias geradas pelo acaso, mas, no fim, elas sempre teriam um significado maior. Assim era também a sua explicação para o amor, afinal, sempre fora um romântico incurável, daqueles que acreditam em almas gêmeas e na expressão "o amor sempre vence". Ser um organizador de casamentos só o fazia crer ainda mais nesse ideal, sempre admirando secretamente os casais que vinham ao seu encontro para que ele os ajudasse no "dia mais importante de suas vidas", como o moreno sempre fazia questão de nomear.


Com os dois crendo em destino ou não, o fato de ambas as suas agências se localizarem uma ao lado da outra era o motivo de risos da maior parte da população daquela cidade litorânea.

Por causa de suas mentes tão distintas, os dois jamais se deram muito bem. Na verdade, estavam longe de serem amigos. Já era comum ver os dois se chamarem de apelidos como "papa-defunto" e "iniciador de divórcios". Quase tiveram uma briga feia uma vez quando precisavam do mesmo tipo de flor da única floricultura da cidade. Sala, a dona da loja, teve de prometer que dividiria as rosas em quantidades precisamente iguais para que a discussão entre os dois não piorasse.

Apesar dos pesares, aquelas desavenças e provocações escondiam uma admiração secreta mútua. Ambos tinham vontade de se aproximar, mas o orgulho próprio inflado por causa de uma rixa da qual nem se lembravam o porquê de ter começado os impedia.

- Vamos Yuri! Eu não acredito que você vai me negar esse pedido! - Victor, o primo de Yuri e sua única família - com exceção de seu avô - balançava seu ombro e fazia a maior carinha de cachorro pidão.

Um pé na cova e outro no altarOnde histórias criam vida. Descubra agora