ÚNICO.

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Sete da manhã, nevava levemente lá fora.

Sakura passava para dar uma última olhada em seus pacientes e então iria para casa descansar após uma longa noite de plantão. Deixou algumas ordens para as enfermeiras e então foi para o seu conforto pegar seus materiais e ir para casa. Olhou pela janela e viu a neve caindo, deu um leve sorriso.

Ela amava quando nevava, sempre vinham lembranças de sua infância, dos tempos que brincava com seus dois melhores amigos por horas na neve. Pegou seu grosso casaco que deixava guardado em seu armário por preocaução e passou o cachecol de qualquer jeito pelo pescoço.

- Saindo, Sakura? – Perguntou Tsunade, a diretora do hospital entrando na sala.

- Sim, senhora. – Ela respondeu sorrindo as duas eram grandes amigas.

- Cuidado na estrada, está um pouco difícil para dirigir. – Ela deu um tapinha nas costas de Sakura. – Espero você na minha casa no sábado, não arrume desculpas viu?

- Terei cuidado e eu já confirmei que vou. – Sakura corou um pouco, pois era comum mesmo ela não sair de casa para eventos. – Bom plantão para senhora.

- Bom descanso. – Tsunade respondeu.

Ainda estava escuro quando Sakura entrou no carro, ligou os faróis baixo e deu partida no carro.

Sua casa era mais afastada da cidade, gostava da paz e de ver o céu estrelado, coisa que não era possível no centro da cidade.

As ruas estavam vazias ainda, e quanto mais ela dirigia mais forte a neve ficava.

Desacelerou, não queria derrapar e causar algum acidente.

Faltando apenas uma quadra para chegar em casa, ela viu um monte preto no chão no meio da rua. Diminuiu mais ainda a velocidade e parou à uma certa distância.

Sakura resolveu sair do carro, poderia ser alguém acidentado, seus instintos de médica falaram mais alto. Abriu a porta do carro devagar e foi andando até o monte preto, ao chegar mais perto viu que era uma pessoa de bruços.

Abaixou-se para sentir a pulsação, afastou o casaco e viu que era um homem jovem, no momento que ela tocou o pescoço dele, sentiu algo em sua cabeça e uma voz abafada atrás dela falou:

- Sem gritos ou vai ter dor.

Ela concordou com a cabeça.

E o homem que estava deitado no chão levantou, era realmente muito jovem, e não usava máscara alguma, não parecia preocupado com sua identidade.

Era uma emboscada.

- Podem levar tudo, eu não vou fazer nenhum escândalo. – Sakura falou calmamente, levantando devagar.

O homem que estava deitado no chão sorriu com desdém, seus dentes lembravam de tubarão.

- Nós queremos você. – Ele disse. – Agora, você vai sentar no banco de trás junto com meu amigo enquanto eu dirijo.

O coração de Sakura estava muito acelerado, ela sabia lutar, mas tinha uma arma apontada à sua cabeça e o outro homem deveria ter uma arma também, não teria chance.

Apenas concordou e entrou no carro.

O sequestrador armado usava máscara preta que deixava apenas seus olhos de fora. Seu cabelo era laranja feito fogo e era forte. Sakura segurava as mãos com força, sentindo muita raiva por ter parado o carro.

- Se vocês querem dinheiro, eu dou, não vão ter ninguém para ligar. – Sakura falou.

- Não queremos dinheiro, moça. – Falou o grandalhão ao seu lado.

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