Love Whitout Magic ( amor sem magia )

*CAPÍTULO 1*

- Eu te prometo jhon, que tudo isso vai mudar. Não vou deixar você sofrer mais do que isso - sussurrava a voz feminina ao meu lado. - antes de completar 18, eu te encontrarei de novo - completou ela me dando um beijo no rosto e se levantando. Por 2 segundos ao máximo eu pude vê-la. Nossa como era linda.

Não tive muito tempo pra pensar, afinal meu despertador já tinha tocado e acabará de acordar. Sem perder tempo peguei meu lápis e meu caderno, que sempre ficam ao lado de minha cama, e comecei a desenhar um pequeno rascunho do rosto daquela moça do sonho.

Os olhos meio fundos um tanto vivos, a pele lisa como bumbum de criança, um colar com uma pedra verde entre os seios e cabelos curtos lisos e sedosos que se acabam um pouco mais a baixo dos ombros. Guardei meu caderno na bolsa e desci para tomar café.

Passei pelo quarto da minha mãe, e pude ouvi-la cantar love on top da Beyoncé . Claro ela era péssima...
Desci para cozinha e vi de longe dois lanches de frango, uma garrafa de suco de maracujá e um pedaço de bolo de cenoura com calda de chocolate. Depois de reparar em toda aquele café da manhã, ao lado tinha um bilhete, era da minha mãe. Fui tomar banho coma que depois te levo à escola PS mamãe Mary te ama ❤️.
Óbvio que lia o bilhete já terminando um dos sanduíches, mas quando peguei meu suco pra beber, minha mãe pula das escadas com as chaves do carro e uma cara de desesperada. Captei a ideia rápido , estávamos atrasados...

Já dentro do carro ouvindo Pentatonix, minha mãe inicia o diálogo:
- Preparado pra volta às aulas depois das férias? Ignorei o entusiasmo dela ao perguntar e respondi o que qualquer adolescente responderia
- Seminários, provas horríveis, alunos descabeçados, professores malucos e a esfiha do tio Zé aumentando de preço... Acha que tô preparado pra isso ? Ela riu antes de responder
- E foi com essa postura que você conseguiu ser do grêmio estudantil? Perguntou parando o carro no farol vermelho a uns 4 quarteirões da escola .. então respondi
- Mãe qual é... É sempre chato voltar às aulas, sabe que eu odeio isso pois quando estou no meio deles , me sinto nada mais e nada menos que mais um deles. Ela tirou as mãos do volante, colocou em meus ombros e disse:
- Por mais que se sinta igual, vai por mim jhon, é mais diferente deles do que imagina.
- E o que me faz tão especial?
Ela deu uma risada sarcástica e me rebateu:
- Você é meu filho. E meu filho está atrasado, rápido que estão fechando o portão.
Por mais que eu quisesse retrucar, ela estava certíssima. Não lembrava de termos passado no farol a uns quarteirões atrás, porém não pude pensar nisso pois já estava cruzando o portão e ouvindo minha mãe gritar
- Te amo Jhonatan...

Tudo estava como sempre, todas as pessoas que conheço me deram bom dia e segui em frente.

Vi uma linda garota perto da cantina do tio Zé comendo bolachas com recheio de goiaba. Por comer aquele treco nojento, não precisei adivinhar.. era Emyli.

Morena, alta, cabelos castanhos um tanto escurecidos, olhos pretos e claro, muito sexy. Dava inveja em qualquer garota no raio de 1km.

Ela me viu e veio correndo me abraçar, antes que pudesse correr, ela grita:
- Jhooooooon!!!! Que saudades. Diz pra mim o que fez nas férias? Antes que eu pudesse responder ela continua. - as minhas foram ótimas, festas e baladas sexo com o Jackson; Jackson era o namorado da Emyli muito popular e um dos poucos garotos que julgo ser homem o bastante a namorar com Emy. Eu era melhor amigo dela, crescemos juntos, então eu sabia o que era bom pra ela. - Ele até me pediu em casamento, aaah isso é mágico. Encerrou ela.
- Consigo ver a magia nos seus olhos, mas logo logo você verá lágrimas no meu, pois já bateu o sinal e estamos atrasados para a aula de artes, vamos agora.- Respondi. Então corremos pra sala.

Em pleno ano de 2017 e nenhuma escola dispõem de ar condicionado, misericórdia. Ao chegar na sala de artes, minha professora entra com 2 sacolas cheias de quadros e pinturas antigas. Ela os coloca na mesa, depois pendura todos e começa a falar os nomes da cada um sem mesmo fazer a chamada.
Pegando meu caderno pude perceber que começou uma tempestade não prevista pra hoje. Nossa sala tinha janelas de vidro que levavam ao jardim da escola. Podíamos ver o temporal com clareza.

Ao reparar na chuva minha atenção foi desviada pela minha professora que grita em sala:
- a desconhecida de 1576. Uma pintura de uma bela moça que nunca se ouviu falar o nome. Um único homem teve o prazer de passar uma noite com ela, e a desenhou enquanto dormia.
A pintura era linda porém os traços do quadro não eram os melhores. A professora prossegue com outros quadros porém aquele tinha ganhado minha atenção. Eu reconhecia aquela mulher, os cabelos, os olhos, a pele e sim aquele colar. Era ela... Sem dúvidas... A mulher dos meus sonhos.

Peguei meu caderno de artes que já estava na mesa e procurei o desenho que tinha feito. Quando eu pude acha-lo e me assustar com tal semelhança, emy que estava ao meu lado pergunta se eu estava bem. Mas quando recuperei fôlego em meio ao desespero pra respondê-la, a árvore principal do jardim da escola invade a sala, atravessando as janelas e fazendo um barulho gigantesco dos vidros sendo quebrados.

Ali estava eu sem poder falar mais nada, pois já estava inconsciente no chão...