CAPITULO II

6 0 0
                                    


   Ele entrou e dirigiu-se para o seu lugar, passando por mim e deixando um cheiro a tabaco que era capaz de matar alguém

  -Louis, atrasado como sempre!- disse a professora revirando os olhos

  -Tive assuntos para tratar.- respondeu ele puxando a mala para cima da mesa

Para além do mau aspeto, tinha um nome ridiculo, e eu nem sei como é que a professora não reparou que ele estava a mastigar pastilha, porque ele até estava a fazer balões do tamanho do Júpiter.
  O dia acabou e eu fiquei à espera do autocarro, naquela paragem que nem banco tinha, durante 15 minutos. Não vou dizer que foi mau, pois conheci a Claire, uma rapariga da minha turma. E se ela não me tivesse perguntado o horário do autocarro, nunca teria falado com ela.

  ∆

  Cheguei a casa e a minha mãe e o meu pai estavam a discutir outra vez, sinceramente não percebo o relacionamento deles, já se divorciaram 2 vezes e voltaram a casar, mas enfim.
  Entrei no meu quarto e liguei o notebook, a Claire tinha me falado sobre uma rede social, que já não me lembro do nome... Mas era algo semelhante ao Facebook. Depois de pensar durante algum tempo, lembrei-me do nome, Instagram. Fui ao google e pesquisei, decidi criar um perfil. Ela deu-me o @ dela e disse que ficaria feliz por ser a minha primeira seguidora (provavelmente seria a única), portanto enviei-lhe um pedido de amizade.
   Enquanto isso, ouvi algo a partir-se na cozinha. Desci com medo que os meus pais tivessem levado a discussão a outro nível, e quando entrei na cozinha tive vontade de chorar. O aquário do meu peixe Boris estava em cacos no chão e o Boris estava morto morrido. Ele era o único que me ouvia e eu podia dizer qualquer coisa que ele não me julgava, talvez por não conseguir falar.
  A minha mãe pegou nele e pediu-me para o meter na sanita, e lá fui eu como uma madalena, com lágrimas a escorrerem pelo rosto, eu estava literalmente a chorar por um peixe.

HYDRANGEASOnde histórias criam vida. Descubra agora