O Filho de Caos

IV-GUARDIÕES DO CAOS

Terra(Tempos Atuais)

Nico

  Will estava deitado em nossa cama, dormindo.Nós moramos no chalé dos deuses menores, que escolheram não ter filhos semideuses.Resumindo, nenhum de nós traiu os companheiros.Piper teve uma filha com Jason, o nome dela é Ellie, uma garota esperta e que por acaso namora com o filho de Léo com Calipso.
  O Valdez teve gêmeos com a filha de Atlas.Zoe, a filha dele estava em um relacionamento sério com Sammy, o filho de Hazel e Frank.
  Eu e Will adotamos um semideus, a mãe havia sido morta por ciclopes e nós resolvemos cria-lo.O nosso filho, recebeu o nome em homenagem à pessoa mais leal que eu conheci.
  -Onde está o Percy?-pergunta o Will.
  -Saiu com os amigos.-falo.
  -A peste também foi?-pergunta se referindo a Clary.
  -A filha da Annabeth?-digo.
  -Existe outro demônio aqui.-resmunga.
  -Ela não é tão ruim assim.-falo.
  -Ela empurrou nosso filho no lago!-reclama.-Eu me pergunto quem é o pai da pirralha.
  -Um mortal ou um semideus, já que ela não nasceu imortal como os filhos dos pombinhos.-falo me referindo aos outros.
  -Quem está...-começa a falar.
  -Você está sentindo?-pergunto.-Alguém está tentando invadir.
  -Tem certeza?-questiona, ao mesmo tempo que soam a trombeta.Dois toques.Um ataque.
  Will levanta se arruma para ajudar os feridos.Eu invoco minha armadura e me teleporto para o campo de batalha.
  Percy estava lutando com um bando de Dracaenai, seu Kopesh se movia como um raio, fatiando suas oponentes.Clary matava um cão infernal com sua adaga.
  Mais em frente Zoe e Juan incendiavam vários Karpoi que atacavam as crianças mais novas.Sammy  havia se transformado em um dragão e os ajudava.Ellie lutava ao lado do pai e da mãe e à todo momento era possível ver um raio caindo próximo a eles e fritando algum monstro.
  Mas por mais que lutassemos, novos monstros surgiam.Vários Gégenes se uniram ao exército dos monstros no ataque.Um deles corre na direção de Percy e dá um soco na direção de sua cabeça.
  -Percy!-grito.
  Tudo parece ocorrer em câmera lenta.Em um momento meu filho parecia estar condenado a morte e no outro o Gégene atinge o soco no peito de um homem de armadura negra que surgiu do nada.
O punho do monstro é reduzido a pó.Vejo um portal se abrir e outros guerreiros surgirem, e todos eles usavam uma máscara de metal que cobria toda sua face.Todos menos um.
  Um rapaz que aparentava ter quinze anos, cabelos negros, os olhos deles eram de cores diferentes, o direito era verde-mar como os do meu amigo que a muito tempo morreu e o olho esquerdo era vermelho como sangue.
  Ele lutava com uma ferocidade bestial, mesmo não portando armas ele possuia uma força descomunal.Em um momento ele lutava com um lestrigão, mas olha para o lado e vê um Drakon atacando Clary, a garota não teria a menor chance de sobrevivência.
  Contrariando todas as minhas espectativas ele mata o lestrigão e corre para salva-la.A cada passo que dava ele parecia ficar maior, até que ele salta e se transforma em um monstro do tamanho de uma caminhonete.O imenso cachorro se atira em cima do Drakon e rasga sua garganta, como se a couraça de escamas que ele possuia não fosse nada.
  -Desistam.-grita uma voz conhecida.
  -Vergil.-falo com ódio e me teleporto até ele, o atacando.Ele simplesmente ergue a mão e me atira como se eu não fosse nada.
  -Você não é nenhum desafio para mim, deus menor dos fantasmas.-zomba ele.
  -Talvez eu seja-fala o homem que salvou meu filho.
  -E quem é você?-pergunta Vergil.
  -Eu sou seu nêmesis, aquele que está destinado a destrui-lo.-fala.
  -Eu sou invencível.-diz o verme traidor.-Meu mestre me deu poderes maiores que os de qualquer deus.
  -Você pode ser mais poderoso que um deus.Mas acontece que...eu não sou um deus.
  -Quem é você?-pergunta.
  -Da mesma forma que meu pai foi o início, eu sou o fim.-fala o homem.-Eu sou Ômega, o filho do Caos, Herdeiro da Criação, Modelador da Realidade, Pai do Primeiro Cão Primordial, Primordial da Lealdade e Rei dos Guardiões do Caos.
  Vergil se enfurece e ataca Ômega.Um golpe que teria matado qualquer ser humano, mas o rei guardião simplesmente segura o punho dele e o torce e puxa-o em seguida, arrancando a mão dele.
  -Ahhhh!-grita Vergil, segurando o lugar onde sua mão ficava.
  -Seus dias chegaram ao fim, filho do deus do Mar.-anuncia o Guardião desembainhando sua espada.A lâmina era rubra e emitia um brilho fantasmagórico.-Últimas palavras?-pergunta ele preparando-se para mata-lo.
  -Minha morte não será o fim, vocês podem ter vencido essa batalha, mas a guerra não acabou.-anuncia.-Meu mestre não permitirá que esse seja meu fim, ele me trará de volta, afinal...quem pode com Lord Vazio.-diz começando a rir.
  -Por mim tudo bem, matar você só uma vez não é o suficiente para diminuir minha raiva.-anuncia Ômega.-Tenha bons sonhos.-fala decepando a cabeça de Vergil.
  Os monstros ao verem seu líder ser derrotado, tentam fugir mas são abatidos facilmente pelos semideuses.O Cão monstruoso vai em direção aos guerreiros misteriosos e assumi a forma humana.Eles estavam em desvantagem numérica caso quisessem nos atacar, pois além de Ômega e o rapaz, haviam somente cinco guerreiros.Mas apesar dos poucos guerreiros algo me dizia que seria impossível que nós pudéssemos derrotá-los.
  -Quem são vocês?-pergunta Quíron se aproximando com Annabeth e Clary.
  Ômega parece tenso ao vê-las, mas depois assume uma pose autoritária.
  -As apresentações serão feitas no momento que os olimpianos chegaram.Até lá meus guerreiros e eu iremos ficar em nossas acomodações.-comunica ele.
  -E onde ficam suas acomodações, senhor exibido?-pergunta a Chase júnior.
  -Tenha mais respeito, filhote de deusa menor.-fala o rapaz que a salvou.-Eu posso ter impedido o Drakon de esmaga-la, mas nada me impede de envia-la ao túmulo.-ele a ameaça, fazendo com que um de seus companheiros balance a cabeça como se aquilo sempre acontecesse.
  -Sua mãe não lhe ensinou a respeitar as mulheres?-pergunta Clary, e pela expressão que o garoto fez percebo que aquilo o machucou.
  -E seu pai não ensinou você a respeitar aqueles que querem impedir que vocês morram?-grita ele tentando esconder a tristeza no olhar e se virando para ir em direção a floresta.
  -Kane.-diz Ômega, segurando o braço do rapaz e sussurrando algo em seu ouvido.
  -Sim, pai.-murmura ele, antes de viajar nas sombras.
  -Meu filho foi buscar os deuses.-diz.-Sugiro que cuidem dos seus feridos agora.
  Um a um eles desaparecem.
  -Eles são nossos aliados, pai?-pergunta Percy.
  -Eu não sei filho.-digo.-Eu realmente não sei.