Aviso rápido: Gente, houve um problema com a fic.
Eu escrevi o cap todo, tudo bonitinho e pá, há mais ou menos umas duas semanas... tava pronto pra postar e tudo o mais, mas meu notebook simplesmente ENLOUQUECEU ontem e apagou TODAS as minhas fics T-T a sorte é que eu tenho a maioria delas no Docs, mas infelizmente esqueci de salvar Begin lá.
Me perdoem o atraso... nossa, estou realmente com raiva, e muito triste. Eu queria comemorar esse dia especial e nada saiu como planejei. Pra não deixar vocês na mão, vou deixar parte do capítulo que estou reescrevendo (agora vai ser TwoShot), e a parte do hentai eu posto na semana que vem, pois estou muito corrida com a escola e o trabalho.Memórias da Meia-Noite (O que importa é você!)
Eram oito e meia da noite.
No sanatório, tudo estava silencioso, exceto alguns quartos, cujas paredes de pedra rústica absorviam os gritos agoniados, ápice dos delírios causados pelo lugar.
O local tinha uma aparência sofisticada e tecnológica, mas apenas no ambiente exterior. A recepção, os jardins e a área de visitas eram um dos maiores luxos que se podia ter, mas ninguém nunca ficava muito tempo lá — assim que os raros parentes que apareciam iam embora, os internos eram chutados para dentro dos cômodos cavernosos outra vez.
Glaziella andou pelos corredores vazios lentamente, ouvindo o roçar de seus passos ecoar como música — ninguém se incomodaria em checar, já que a maioria das pessoas ali ouviam vozes e barulhos o tempo inteiro, e lutavam contra elas num tormento sem fim.
E se ousassem, não havia problema. Ela era médica.
Médica renomada, praticamente rainha naquele "emaranhado de loucos", como já ouvira tantas vezes, e estava de saída — não para um passeio. Era um adeus.
Não aguentava mais ficar ali e não poder fazer nada. Não aguentava mais ver pessoas lúcidas enlouquecerem na angústia de serem um peso, largadas ali até o fim de seus dias. Não aguentava mais ver a crueldade do ser humano. Cansara de ver os corpos daqueles que não aguentavam mais desaparecerem no mar.
Mas ela não ficaria de mãos atadas. Ao menos, não mais.
Em seus últimos passos decididos, passou o cartão magnético em uma das portas e a abriu, dando de cara com um quarto. Era rústico e úmido, como todos os outros, e a luz das lâmpadas era fraca, quase tênue em contraste com a noite — não era tão tarde, mas ali tudo parecia pior e mais obscuro. Na única cama que havia no cômodo, uma mulher dormia, tranquila como um anjo. Tinha traços finos e cabelos lisos, despenteados e descuidados devido ao tempo em que morfinava lentamente, no esquecimento.
— Jisoo — ela chamou, aproximando-se da cama, e afagando os cabelos lisos e negros da mulher —, Jisoo, sou eu, pode se levantar.
A asiática abriu um olho quase imediatamente, encontrando a médica e amiga ali. Um sorriso automaticamente brotou em seus lábios e ela piscou algumas vezes, sentando-se com cuidado.
— E YoonGi? Está tudo certo? — questionou, ávida, enquanto prendia os cabelos num rabo firme. A textura áspera permitia o elástico prendê-los, e embora repuxasse alguns fios e doesse um pouco, ela não reclamou.
Glaziella riu.
— Sim. Ele já está se preparando, vou buscá-lo agora. — o cabelo castanho da profissional roçou o pescoço dela quando inclinou-se, rindo, para olhar a Kim. Estava de rabo de cavalo também, mas geralmente os fios castanhos ficavam na altura dos ombros, ou até um pouco mais longo, formando cachos grandes e bonitos nas pontas. — Vamos fazer como combinamos, está bem?
Jisoo apenas assentiu, a pele brilhante pela fina camada de suor. Ela levantou-se da cama, vestida com o uniforme branco do manicômio. Eram calças de tectel, camiseta de malha e um par de chinelos, que ela substituiu pelo par de tênis que a psiquiatra lhe trouxera.
Quando terminou, ela olhou para a dra.Oliveira, o coração batendo rápido. A amiga tinha sua vida nas mãos — e a de YoonGi, muito mais preciosa para a Kim. Não havia nada que ela pudesse fazer para agradecê-la, e seria eternamente grata com aquela mulher. Ela estava salvando sua vida, e ainda estaria se pudesse levar apenas YoonGi — a razão de sua existência, sem favor algum.
— Obrigada. — falou, a garganta seca. Não quis olhar em volta uma última vez, apenas se sentia feliz em saber que era sua última noite naquele lugar. O cheiro ocre logo estaria longe de suas narinas, e se Deus quisesse, de suas memórias. Ela seria feliz com YoonGi.
Esse era o mantra que a mantinha viva.
Glaziella apenas lhe sorriu, a covinha se destacando no rosto. Ela abriu a porta e observou. Depois, saiu com Jisoo, amparando-a como se a mulher passasse mal.
Ainda olhando para o chão enquanto andava, apoiada, ela sorriu. Era questão de tempo e estaria livre.
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Begin // Min YoonGi Especial de Aniversário
FanfictionO manicômio conhecido mundialmente como Evangelical Sanitarium of Rio de Janeiro, era famoso por sua segurança - era impossível entrar e sair dali clandestinamente -, mas também por seu tratamento desumano e sua coordenação suscetível a propinas e s...