Meu novo irmão - Vondy

Capítulo 1

Capítulo 1 - Ui, ruiva. Sexy.

Ouço algum som distante tocando. Bato a mão em meu criado mudo, mas não acho o causador do barulho, viro meu corpo e coloco a travesseiro no rosto, mas o maldito som continua a perfurar meus tímpanos. Já chateada levo minhas mãos ao meu criado mudo e o jogo no chão, mas o som continua e não há outra solução a não ser levantar. Com muita dificuldade eu me levanto e pego o despertador jogado no chão e o desligo. 9:00 horas da manhã. Que ser acorda as 9 horas da manhã de um sábado?

Largo toda a bagunça ali mesmo e vou para o banheiro tomar um banho. Tiro todas as minhas roupas e entro no chuveiro. A água quente faz meu corpo se curvar e eu ficar cada vez mais sonolenta. Depois de eras de baixo do chuveiro, eu finalmente o desligo e saiu enrolada na toalha.

Vou até meu closet e pego um short jeans curto, um all-star de cano logo preto e uma blusa larga e longa. Me visto e seco o meu cabelo com a toalha, penteando-o logo em seguida. Deixo ele solto e me olho no grande espelho do meu closet. Uma garota ruiva, de cabelos lisos com leve cacheado nas pontas, de olhos castanjos elétricos, branca como o leite, com algumas poucas sardas em baixo dos olhos, maças do rosto avermelhadas, boca rosada, seios fartos, coxas grosas e bunda grande.

Deixe eu me apresentar, sou Dulce Maria, tenho 16 anos, sou líder de torcida da minha escola, voz principal do meu grupo de Acapella e moro com meu pai. Cadê a minha mãe? Sei lá, ela foi embora quando eu ainda era pequena. Meu pai se chama Fernando e ele é um grande homem dos negócios, não para em casa e vive viajando. Então eu moro sozinha? Sim, quer dizer, mais ou menos. Tem a Lucy, que a secretária do lar, como ela se auto apresenta. Ela trabalha aqui desde antes deu nascer e deve ter seus 50 anos, mas ela não mora aqui não. Ela trabalha aqui de segunda a sexta, das 7:30 as 17:00, ou seja, da hora que eu vou para a escola até a hora que eu volto. Falar em escola, as minhas aulas voltam semana que vem. Mas que droga! Anahi, Angelique, Mai e todos os outros viajaram, mas eu? Eu não! Porque? A porque o meu pai disse que como castigo eu não iria viajar. O que eu fiz? Nada. A tá bom, eu bati na Allisson Lozz. Mas ela mereceu viu? Ela mexeu com a Angelique.

A sim, Angelique, ela é uma das minhas amigas, sei lá, desde que eu to na terceira série, ela é uma fofa com aqueles seus cabelos curtos encaracolados, seus olhos verdes e sua altura impressionante. Ela é modelo e de passarela, meu bem. A família Boyer é toda do mundo da moda, então a Angelique, assim como os pais, não param na cidade e sempre que dá eu vou nos seus desfiles com a Anahi e a Maite.

A Anahi, ela minha amiga desde que eu nasci e é minha vizinha, a gente sempre se deu bem e é rara as vezes que brigamos. Ela tem cabelos castanhos e olhos verdes vibrantes, ela é morena e tem um corpo bem delineado, é mais alta que eu, alias, todo mundo é. Eu tenho 1,55, sou minúscula. Mas voltando a Annie, ela é líder de torcida assim como eu e também canta no Acapella. Depois que ela virou uma feminista obcecada por sexo não deixa mais a coitada da Maite em paz. Se eu também sou feminista? É claro, mas não como ela. Eu só luto pelo direito das mulheres.

E a Mai, ela é meia estranha, mas pudera tadinha, perdeu os pais novinha e hoje mora com a madrinha -que diga-se de passagem, não é a melhor pessoa do mundo- ela vive mais aqui em casa do que na casa dela. Conheço ela desde o maternal e posso admitir, ela não era assim, mas eu a entendo, ela não tem ninguém. Quer dizer, só a Angelique, Annie e eu. Ela possui longos cabelos pretos, olhos escuros e faz algo muito legal com a boca, tipo a entortando, quando vê algo que não lhe agrada. Ela somente canta no Acapella, e odeia esses negócios de líder de torcida, apesar dela dançar super bem e fazer ginástica por pelo menos 4 anos.
Tem a Allisson Lozz e a Maria Fernanda Malo, mas essas não valem a pena comentar.

- DUL DESÇA AGORA. -Ouço a voz do meu pai no andar de baixo. Como se ele mandasse me mim. Trouxa. Reviro os olhos e bem devagar saio do quarto e vou descendo as escadas.
- O que é agora? Eu já vou avisando eu não fiz nada demais. - Disse enquanto me encostava no corrimão da escada.
- Era só para avisar que a Ruth está aqui, com o Christopher e o Alfonso.
- Ruth? Christopher? Alfonso? - Perguntei confusa, foi quando uma luz brilhou lá no fundo da minha memória- Ah sim.

Deixa eu explicar. Meu pai se casou novamente e eu nem fiquei sabendo. Que pai mais legal! Então, a sua atual esposa tem um filho e um afilhado que mora com ela e de brinde ela trás não só o filho como o afilhado também. Que legal. Só que não.

- Venha nos ajudar Dulce. -Meu pai reclama enquanto sai porta a fora.
- Eu não. -Digo saindo também.
- Então porque me acompanhou? -Ele perguntou.
- Senti o cheiro do perfume nojento da Anahi e falando nela, olhe ela ali. -Disse apontando para uma figura louca correndo até a mim, acompanhada por mais duas figuras loucas.
- DULCE! -Ela gritou enquanto pulava em meu colo. - QUE BOM TE VER!
-Não posso dizer o mesmo Annie e desça do meu colo. -Resmunguei.
- Mas que amor. -Ela revirou os olhos.
- O que é isso Dul, está adotando irmãos é? -Angelique brincou enquanto olhava dois garotos de costas para a gente.
- Mas gente, olha que bundas. -Annie abriu a boca.
- Anahi! -Maite deu um cotovelada nela e os meninos se viraram.
- E que irmãos bonitos. -Ela abriu mais a boca.
- ANAHI! -Maite e eu gritamos enquanto Angelique gargalhava.
- O que é? Vai me dizer que eles são feios? -Ela perguntou alto demais apontando para eles. Puder ver um sorriso se formar no rosto de cada um e eles se aproximarem.
- Sou Alfonso. -Um garoto com pouco cabelo diz- Quem é Dulce Maria?
- Sou eu. -Digo sem nenhum animo. E ele sorri.
- Ui, ruiva. Sexy. -O com cabelo logo se pronuncia. Reviro os olhos.
- Seu pai nos falou muito de você. Eu sou o Alfonso, como disse e esse é o cachor... quer dizer Christopher.
- Que legal, mas não falou nada de voc... espera, o que ele falou de mim?
- Nada demais. -Ele dá de ombros e olha em meus olhos.
- Legal. -Desvio o olhar e acabo encontrando o Jack. -Ei Angel, ali não é o Jack?
- Oh é sim. -Ela diz, após olhar na direção que eu apontei. -EI JACK, ME ESPERA.

Ele olha na direção do grito e sorri ao vê-la. Ela da tchau para a gente e corre na direção do namorado e eles se abraçam. Eu vou em direção a porta.

-Ei louca, está indo para onde? -Mai gritou.
-To indo preparar a playlist de música para as Bellas, querem ajudar? -Expliquei.
-Claro. -Elas sorriram.

Percebo o olhar do Christopher em mim, mas se ele pensa que teremos algo, ele está muito enganado. Eu sou muito para ele, acredite.