De novo,estou aqui neste mesmo local,a mesma cena repetidas vezes contudo,agora os frutos da árvores estão aprodecidos,a suas flores com as pétalas caindo e com cores mortas.E desta vez, ninguém veio me socorrer,estou sozinha,com frio e com medo.Meu vestidinho agora é substituído por uma daquelas batas de hospital,e meus cabelos estão avermelhados de sangue.Escuto pessoas me chamando,acordo de uma vez,chorando e assustada,quando me acalmo olho para os lados estou em casa,no terraço,ufa,foi apenas um sonho ruim...Escuto meu pai me chamando.Desco correndo as escadas e o vejo falando com o policial... Aparentemente,sumi por 2 dias,eu estive dormindo este tempo todo e ninguém me achou?!O que ocorreu de verdade nestes 2 dias?Caso eu realmente estivesse dormindo todo este tempo,estaria com fome não?Meu pai,mãe me abraçam apertado e começam a chorar e perguntam onde eu estava:
-eu sempre estive e estou aqui,não sai nenhum momento de casa.
-nao mintas para mim,mandamos que lhe procuraste por toda casa e tu não estavas em canto algum!~pai
-hum,não sei do que estás a falar mas, não irá se repetir,até mais,tenho meus compromissos a realizar.Até mais ver.
Vou para meu quarto,tomo banho,minha ama me ajuda a me vestir.Antes que eu saia do quarto ela segura meu braço e me coloca para me sentar em seu colo.E diz:
-Deve de estás a passar por um momento difícil,se precisares de um abraço ou alguém para desabafar conte comigo okay?!
-Ah claro,tu sábias disto o tempo todo e nunca me disseras!?Eu sempre confiei tudo a ti,tu és como uma irmã para mim mas,pelo que vejo é como todos os outros,não é ama!?
-o que houvera contigo ?Tu nunca te comportaras assim,agora me deixarás deveras preocupada!!!
-Meio tarde para se importar não acha?Agora caso der-me licença,tenho muito que fazer para recuperar estes dias em ócio.Ate mais.
Saio do local sem dizer mais nada, nem sequer virar para trás...
Vou em direção a sala de jantar comer algo,lá todos estão reunidos.Nos sentamos e começamos a nossa refeição,o clima está meio pesado,ninguém se pronuncia, ninguém olha uns para os outros.Apos terminamos,meu avô me chama e me devolve a caixinha de música consertada.Eu agradeço e estava prestes a sair quando eles todos me abraçam e pedem desculpa.
-Quer escutar o que temos a dizer?~vó
-Ah,suas desculpas esfarrapadas para não terem me dito que sou adotada e estou para virar órfã? Não. dispenso.
-o que podemos fazer para que vos perdoe?~mãe
-talvez tipo assim,parar de me tratar como fantoche,deixar que pelo menos uma vez posso ser uma garota comum,que saiba pelo menos se vestir só!!!!
Saio do local com raiva deixando todos sem saber o que dizer ou fazer.
Corro para o terraço e me deito no chão,fico descalça,fecho os olhos por um tempo,e as imagens passam em minha cabeça como um filme,imagens cortadas, incompletas e sem sentido.Não consigo ver nada ou me mexer,apenas, escuto uma voz familiar a me contar uma história,escuto o ranger de uma cadeira de balanço,os passos de pessoas, provavelmente,estou num local agitado,tudo parece tão real,que parece que realmente aconteceu,e não que é tudo coisas da meu subconsciente.Quem está mentindo?Qual será a voz da razão?...
Abri os olhos desci as escadas correndo, bati de frente com minha "mãe", e disse eufórica:
-Eu já tenho uma condição//pensei por alguns minutos e decidir tomar a decisão mais sensata.//Quero frequentar uma escola,junto com outras pessoas da minha idade,chega de estudar em casa!
-Mas, por que? Você tem condições de estudar melhor,sem nenhuma distração,com uma professora particular!Para que ir para uma escola normal?
-Não te devo nenhuma explicação,saiba que esta é minha condição é ponto final.Entao qual sua resposta?
-Ta,vou reportar isto para seu pai,contudo, nós iremos escolher a escola,okay?
-claro, mamãe.//Falo num tom irônico.
Foram dois longos dias de discursão,e finalmente tive uma resposta.Meus pais aceitaram minha condição,a partir da próxima semana.Amanha papai vai falar com o diretor da escola,e viu junta para ele me ver e eu conhecer o local,tou super animada,ou pelo menos devo pretender estar para que ninguém desconfio das minhas reais intenções com esta condição que impus.
Fui me deitar cedo, porque amanhã é um grande dia.Mas, demorei a dormir,fui tomada por pensamentos, ideias, e principalmente,o medo do novo,de nao saber como reagir,de não ser aceita.Acabei não conseguindo dormir quase nada.Levantei mais cedo que todo mundo,tomei um capuccino e comi uma bela quiche.Apos isto,fui tomar banho e com a ajuda e Elisa , arrumei meus longos cabelos encaracolados de cor alaranjada e vesti um lindo vestido branquinho.E lindos sapatinhos prateados.Depois de ambos estarem prontos,eu e meu pai, juntamente com 2 seguranças,fomos numa Mercedes Benz até o colégio,que ficava há uma hora de minha residência.
Ao chegarmos lá,me surpreendi, é enorme,maior que minha casa,tem 3 andares,contando com o térreo,meu pai foi resolver a parte chata dos negócios e eu,acompanhada de meu segurança,fui conhecer a instituição de ensino escolar.Eu tava cansada de não ter privacidade, então,fui para o banheiro,e consegui enganar ele,saindo de lá com um longo casaco branco.E fui rodar pela escola,dessa vez correndo,sem aqueles sapatas desconfortáveis,fiquei descalça,fui até um dos jardins e me sentei na grama,de lá pude observar um céu límpido e azulado,folhas da árvores caiam a minha volta,era uma árvore grande , aparentemente antiga mas, bastante robusta e bonita.Levantei,a arrrudei e decidi tentar subir nela para ver melhor a escola.Demorou me arranhei mas valeu a pena.pude ver o colégio todo de lá,todos pareciam tão pequenos,pela primeira vez,me senti realmente livre,sem ninguém me controlando como uma marionete.Abri os braços,fechei os olhos , parece até que posso quebrar os limites da humanidade e voar como um pássaro para bem longe daq...Antes que pudesse concluir meu pensamento,uma fruta caiu em minha cabeça,perdi o equilíbrio e cai de lá,para minha surpresa,uma das pessoas lá de baixo me segurou,um garoto,que nunca vi antes,com uma farda,deve ser estudante daqui.
Ambos falamos ao mesmo tempo mas, não foram as mesmas palavras,não tinhamos o mesmo pensamento.Aquelas palavras certamente vão ser lembradas algum dia,porque foram especiais,mesmo sendo desconhecidos,foi como um efeito borboleta os tivesse unido,e só o tempo dirá o que irá ocorrer com estes dois estranhos.
Ponto de vista do garoto
Era um dia comum para muitos mas para mim não.Podem dizer que isto soa meio clichê,no entanto,todos temos inseguranças,lá estava eu,pela primeira vez longe por tanto tempo de minha família,numa nova cidade,que nunca vi antes,nova escola, totalmente desconhecida por mim.Novas pessoas,que irão "cuidar" de mim.Meus pais fizeram isso pelo meu futuro,por isso estou aqui.Porem,sei que terei de pagar um preço por esta chance,quem saiba eu raramente posso visitar minha família,ou eu não faça nenhuma amizade.Todavia medo ou insegurança não me levaram a canto algum, enquanto caminhava pelo colégio com intuito de conhecê-lo,pode parecer infantil ou uma mentira mas,asseguro que por alguns segundos,pode ser só um delírio de meu subconsciente,vi uma fada cair do céu,eu a segurei nos meus braços e vi,não era uma fada afinal contudo,não parecia uma garota normal também,seus cabelos ruivos e longos ,e cacheados em realce a sua pele pálida,davam lhe um ar de magia que tornava-se ainda menos realista com suas roupas delicadas e detalhadas,parecia ser pintadas a mão,como uma obra de arte.Preciso saber,quem seria esta garota misteriosa?
Ponto de vista da garota
Se eu fosse a mesma pessoa de alguns dias atrás diria que este garoto é o príncipe encantado que veio me salvar da casa de bonecas porém,no mundo real não existe finais felizes,não como nos contos de fada, hello,não estamos na Disney.Mesmo assim,sinto algo que me faz ter curiosidade a conhecer quem é esta pessoa é de onde será que ela veio???Pode ser que eu não consiga a resposta tão cedo mas,não sou uma pessoa de desistir fácil das coisas.
~Fim do capítulo a condição~
VOCÊ ESTÁ LENDO
a contadora de histórias
Teen Fictionuma história de uma garota que sempre vai ao mesmo local ,sem rumo,sem saber para onde ir,tenta fugir de suas obrigações ou pressão da sociedade,contudo há sempre uma cena,uma ocorrência que a faz mudar de ideia.Muitos diriam. que ela só quer chamar...