Rotina

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Ando tão atolada
Sem tempo, ocupada
Com a diária rotina.
Trabalho, dinheiro,
Agulhas no palheiro,
Álcool, cafeína...

De escrever me esqueço
De exaustão, enriqueço
Deixo a arte de lado.
Sou de mim, prisioneira
Do real, passageira
E o coração, exilado.

Um dia me canso,
Quem sabe, descanso
De toda essa loucura...
Só escrever poesia
E sonhar que um dia
Ela seja minha cura

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