Capítulo Único

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Pegando um impulso, Thomaz escala a grande árvore que fica a beira de um riacho qualquer. Sua dor interna já o anestesiou e não o permite pensar se realmente o que está prestes a fazer é a coisa certa.

O corpo frio e ensangüentado de sua mãe invade seus pensamentos, e a risada maléfica de seu pai ecoa em sua mente, abafando seu choro amargamente salgado.

Essa lembrança lhe dá o impulso para jogar sua mochila – que já lhe acompanhou para vários lugares – no chão.
Logo em seguida, se levanta. Equilibra seu peso em um galho forte. Cada movimento é meticulosamente calmo, sendo assim, de uma maneira ou outra, proveitoso. Suas lembranças internas e dolorosas o invadem.

Ele encara o riacho de águas cristalinas que está logo abaixo da árvore, pensando que este poderia ser um lugar que renderia boas fotos e bons momentos. Mas claro, em outras circunstâncias totalmente diferentes.

O som dos pássaros cantarolando se torna mais abafado, a medida que seu choro e seus soluços vão piorando.

Sua ultima visão antes de se jogar no abismo que o riacho parece ser, é um campo de girassóis.

Do outro lado do campo, Sky, uma moça desconhecida até então para Thomaz, escuta um barulho de mergulho vindo do riacho que sempre está inerte. Uma tamanha curiosidade a invade, fazendo-a correr rapidamente para o local.

Sua primeira reação ao ver um corpo no fundo do riacho, é pular dentro dele, para tentar bancar uma de salva-vidas.
Depois de um tempo, ela volta a superfície com um rapaz estranhamente bonito e desconhecido pendurado em seus ombros.

Ela repete o que aprendeu nas aulas de primeiros socorros com o rapaz, que corresponde tossindo e abrindo os olhos.

E quando Thomaz se depara com aqueles olhos exóticos, – um azul e outro castanho – sente sua dor indo embora devagarzinho. Ele ainda não tinha conhecimento de que cabelos ruivos e sardas poderia cair tão bem em alguma garota.

Ele logo a associou como uma sereia.

— Quem é você? — ele perguntou, com a voz embargada.

— Meu nome é Sky — ela respondeu, ofegante.

E ali ele entendeu que nada acontece por acaso, ou até mesmo destino. Ele ainda tinha uma chance de viver. Ainda iria poder desfrutar das coisas mais belas existentes no mundo, iria poder ser livre. Livre do seu eu passado, aquele que o acorrentava.

Logo o significado do nome da garota fez sentido. Céu. Ela o conquistou sem querer instantaneamente. Ele sabia que ela seria um céu em seu inferno interior. E o mesmo serviu para ela, quando fitou aqueles olhos azuis da cor do mar. Ou melhor, azul da cor do céu.

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⏰ Última atualização: Feb 21, 2019 ⏰

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