Capítulo Quatro - A Verdade Jamais Contada

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"Lily estava no sótão onde ficava a lavanderia do prédio, em volta dela estavam algumas pessoas de mãos dadas e os olhos fechados, eles falavam palavras que Lily não conseguia entender. Caminhou por todo o circulo observando as pessoas, que usavam roupas de época, não conhecia ninguém ali, olhou para o centro do circulo, havia uma criança vestida de branco e um homem encapuzado de preto ali, com uma bacia de ferro ou prata, seja lá o que for, em mãos, as vozes foram ficando mais altas e então jogou o que tinha na bacia em cima da criança que dormia. Lily se aproximou, e o que fora jogado na criança era sangue, tentou gritar, mas sua voz não saiu. O homem deixou a bacia no canto da mesa de ritual e pegou uma adaga, levantou a e se preparou para acertar o bebê, quando estava próximo de acertar, Lily gritou apavorada..."

Acordou em um solavanco, havia sido o pior pesadelo de sua vida, se levantou e foi até a cozinha tomar uma agua, Alex estava no sofá dormindo. Lily foi até o banheiro e lavou o rosto, observou seu reflexo e sorrio, seus olhos brilhavam sem motivo aparente, e estava com apele mais bela. Voltou para cama, e se deitou, pensou na possibilidade de pesquisar sobre o hotel e seus antigos moradores, talvez achasse algo sobre rituais. Mas faria tudo amanhã de manhã, já que o sono a estava tomando novamente.

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Lily passou o dia no escritório, fazendo ligações e pesquisas em sites da net, achou coisas interessantes sobre o hotel e se recordou que o local do ritual em seu sonho era a lavanderia do prédio. Pesquisou sobre o que ocorria nos sótãos e porões de prédios antigos de Upper East Side. Alex passou o dia jogando vídeo game, estranhando o fato dela não ter falado com ele o dia todo, ficou receoso, ela deveria ter escutado algo ontem, pensou. Lily desceu até o porão durante a noite e o vasculhou, as luzes começaram piscar freneticamente e de repente o local não era mais uma simples lavanderia comum, ali estava ocorrendo um ritual, e quem estava na mesa de sacrifício era ela. Tentou chamar a atenção das pessoas em volta, mas ninguém a ouvia. O homem de pret6o encapuzado jogou o sangue em seu corpo e levantou a adaga, mas ele não a acertou, ele virou sua atenção para a Lily que estava ali tentando chamar atenção do pessoal e sorrio.

- É isso o que acontece com quem sabe demais. – ele disse e as luzes voltaram a piscar como loucas. E de repente tudo voltou ao normal, Lily estava em uma lavanderia comum de prédio antigo. Respirou fundo e subiu para seu apartamento, Alex parou em sua frente e os dois trocaram olhares.

- O que houve? – ela perguntou.


- O que houve? Eu que pergunto o que houve. – Alex disse serio.


- Eu to com sono, só.


- Lily qual é, eu te conheço. – Alex disse a olhando, Lily fez careta.


- O que Elenor estava fazendo aqui ontem? – Lily soltou de uma vez o que estava a incomodando.


- Aquela mulher é maluca, Lily ela é capaz de tudo para me ter, eu não aguento mais isso, amor. – Alex disse se sentando no sofá. – Ela já tentou de tudo para me beijar e me agarrar, mas eu sempre a empurro longe. Precisamos fazer algo sobre isso.


- E por que não me contou nada, amor? – Lily perguntou se sentando ao seu lado. – Eu faria algo.


- Eu sei lá, na hora não quis te incomodar. Achei que ficaria magoada ou coisa do tipo.


- Não ficaria magoada, de jeito nenhum, eu apenas tentaria mata-la. – Lily disse e os dois riram. – Mas vamos demiti-la. E tudo ficara bem.


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"Paciente, 26 anos, coma, sem explicações, entrada na emergência as seis e dezessete da manhã, acompanhante Alex Campbell, atual marido".

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⏰ Última atualização: Oct 11, 2019 ⏰

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