Holy Shit

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JungKook's ON

Esperando pacientemente Kim Taehyung tomar atitude pra gente se beijar, esse cu. Sempre fui um garoto de compromissos sérios, mas eu estava em uma fase da vida onde eu só queria trocar saliva, umas bactérias bucais e coisas do tipo. Claro, eu realmente esperava algo vindo de Taehyunie, mas no fundo eu sabia que ele nem ao menos pensava naquilo, eu era o único a querer algo a mais naquela relação.

Enquanto eu pensava sobre o que fazer sobre meus sentimentos quanto à Taehyunie, recebi uma ligação. Era de um detetive da cidade. Ele me dissera que tinha achado o provável suspeito do recente assassinato graças à algumas testemunhas do local.

Levantei de imediato pegando meu casaco e o vestindo, estava realmente frio fora de casa, chovia e ventava bastante, parecia até uma força do mundo contra mm para que eu não visse o suspeito.

Ao chegar na delegacia, o detetive me puxou contudo para que eu pudesse ver o retrato falado de uma das testemunhas. Aquele rosto não me era estranho, eu tinha a impressão de já ter visto em algum lugar.

Um detalhe daquele retrato falado me chamou atenção, a pálpebra única em um lado e no outro olho normal. Quando vi aquilo, a primeira pessoa que me veio a mente foi Taehyunie, mas eu não queria acreditar que ele teria feito tal atrocidade com uma vida. Ele não tinha um perfil de alguém com algum tipo de transtorno, claro, ele agia de forma estranha algumas vezes, mas isso é normal das pessoas em geral.

Eu voltei pra casa tão transtornado, eu não sabia como reagir. Talvez fosse ele, assim como talvez não fosse. Eu fui olhar meu celular e vi uma mensagem de Taehyunie. Ela dizia ''quero encontrar você, preciso te contar algo'', vou confessar que quando vi aquela mensagem, meu cu não passava nem bluethooth, nem wi-fi, nem gás saia naquela hora. Disse a ele que poderia vir a minha casa e em alguns minutos eu já podia escutar batidas na porta.

Estava de noite e continuava chovendo, aquele dia tinha sido feito para não sairmos de casa e ficarmos de baixo das cobertas, quientinhos.

Abri a porta e vi Taehyunie encharcado, mandei-o entrar rapidamente e tirar aquele casaco para que não pegasse um resfriado. Depois de se ajeitar, o mesmo se jogou no sofá dizendo coisas estranhas.

- Jungkookie, estou num caminho sem volta.

- O que? Não entendo, seja mais claro, Taehyunie! - Digo me sentando ao seu lado, porém no chão, enquanto observava sua expressão um tanto entristecida.

- Tenho a impressão...De estar cada vez mais louco.

- O que?...

- Estou ficando louco por ser uma pessoa ruim, mas mudar completamente de personalidade quando estou ao seu lado. Eu sou uma pessoa tão ruim, como Deus colocou um anjo como você na minha vida? - Taehyunie tinha dito isso enquanto virava sua cabeça para me olhar, mas logo voltou a encarar o teto - Acho que Ele ainda tem esperanças para mim, huh...

- Uma pessoa ruim? - Liguei os pontos, o assassinato, o retrato, tudo - Taehyunie...Foi você quem matou aquele homem?

Eu nunca tinha me visto com medo antes, eu estava apavorado. Eu estava tremendo tanto, mas tentei me controlar e passar uma imagem confiável para que ele pudesse falar sobre tudo.

- Sim, fui eu. - Ele se sentou encarando o nada, cruzou as pernas apoiando seu queixo sobre a palma de sua mão - O que vai fazer agora? Correr? Pedir ajuda em prantos porque está com um assassino dentro da própria casa? Faça-o, agora.

Eu não iria fazer isso, muitas coisas me impediam de fazer aquilo, o fato de eu gostar dele, minhas pernas estarem tão bambas ao ponto de eu não conseguir me firmar no chão, muita coisa. Eu sorri fraco e tentei me levantar, cambaleei muito, mas consegui me jogar no sofá em frente à Taehyunie.

- Você não é ruim, mas também não é bom. Talvez você seja um arcanjo! - Coloquei a mão em seu rosto enquanto soltava uma risada fraquejada.

- Não tem medo?

- Ter até tenho, tipo, pra caralho. Mas eu não vou deixar de gostar de você por algo tão...''Banal''.

Vi uma expressão de alívio no rosto de Taehyunie, seus ombros que estavam completamente tensos se soltaram, os olhos que mostravam uma alma inquieta se fecharam e pude escutar um suspiro tão fundo, como quando somos adolescentes e lembramos da pessoa que gostamos. Eu fiquei feliz em ver que ele tinha se acalmado por uma simples frase, talvez Taehyunie não fosse um grande assassino sem coração, mas sim uma pessoa com sérios problemas psicológicos ao ponto de matar, mas eu lidava com aquilo, eu podia tentar consertá-lo.

- Puta que me pariu, meu cu até afrouxou depois dessa...

- Credo, Taehyunie. Recomponha-se.

- Vai continuar saindo comigo depois disso?

- Vo-...- Eu estava falando como se o assunto tivesse acabado, mas ai eu lembrei da parte ''sou uma pessoa melhor quando estou com você'', eu corei e encarei Taehyunie, aquela encarada que arranca a alma da pessoa - VOCÊ GOSTA DE MIM CARALHO?

- Aaaaah, o que? - Taehyunie corou o mesmo tanto, ou até pior que eu, ele fez um movimento de esquiva e caiu do sofá com a bunda no chão - MAS QUE PORRA DE PERGUNTA É ESSA, SEU CU?

- RESPONDA. - Falei em um tom firme.

Taehyunie abaixou a cabeça e logo a levantou com uma expressão que não me agradou muito, eu até queria rir. Não consigo nem dizer o quão estranha e pervertida era aquela expressão.

- Só da sua bundinha. - Taehyunie fez uma voz de mongo.

- Eu te odeio, sai da minha house agora. - Digo apontando para a porta enquanto fechava os olhos.

- Poxa, Kookie, vai recusar meus sentimentos mais do que puros por você? - Senti algo se levantar a minha frente, quando abro os olhos, Taehyunie está se jogando contra mim - Poxa crush, por que não me nota? Olha como você deixou dura a minha piro...- O interrompi antes que ele pudesse terminar aquela baixaria.

- Tá, tá, já entendi. - Tive dificuldade em recitar aquela frase, afinal, tinha um homem pesado pra caralho em cima de mim.

- Mas...Sendo realmente sincero, eu gosto de você, gosto de como me trata como alguém normal, mais do que apenas um psicopata.

Eu o encarei, ele se ajeitou em cima de mim, sentando em meu colo. Ele me encarava de volta, suas bochechas estavam rubras, aquilo era realmente fofo.

- Então...O que fazemos agora? - Questionei levando minhas mãos até sua cintura.

- Diferentemente de você, eu não estou pensando em absolutamente nada que envolva tirar a roupa, eu só quero dormir, é isto.

- Se for dormir aqui, vai ter que tirar a roupa pra tomar banho, imbecil.

- Isso é sério? Vai me obrigar a tomar banho?

- Taehyunie, você deveria agradecer que estou te aceitando na minha casa sabendo das coisas que você fez. Tomar banho é o menor de seus problemas.

Taehyunie fez igual a uma criança birrenta e se tacou no chão, praticamente rastejando para o corredor que dava acesso aos cômodos da casa.

- Onde é esse caralho de banheiro afinal de contas?

- À Direita.

- Obrigado, GPS.

Ele adentrou ao banheiro como se estivesse fazendo um sacrifício. Confesso que depois dele ter entrando, fechado a porta e ligado o chuveiro, eu me acabei em rir.

Mesmo me divertindo horrores com a falta de decência de Taehyunie, algo me preocupava. O fator de eu estar acobertando um assassinato...

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2018 ⏰

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