Airport

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Pov John.

Lá estava eu, me arrumando para buscar Katheryn Elisabeth Hudson no aeroporto, depois de cinco anos ela estava voltando. A menina que roubou meu coração aos dez e o partiu aos doze quando foi embora.

Eu sei, não foi culpa dela, os pais tiveram que mudar de cidade e ela teve que ir junto, mas na época eu não entendia isso, éramos melhores amigos desde que eu tinha meus cinco anos - que foi quando ela entrou na mesma escolinha que eu - então foi muito doloroso vê-la partir, e também confesso que eu era apaixonado por ela, mesmo sendo apenas uma criança, eu era apaixonado.

No primeiro ano em que passamos separados, nos falávamos quase todo dia, entretanto o tempo passou e acabamos perdendo o contato, isso me deixou abalado e eu comecei a ir mal na escola e em outras coisas que eu fazia, essa época foi quando eu aprendi a tocar violão e guitarra, já escrevi várias músicas baseadas nela, mas nunca as mostrei para outras pessoas além de mim. Eu nunca falei para ninguém o que eu sentia pela Katy, nem mesmo ela sabe, e a música foi uma saída de escape para me expressar.

O tempo passou e eu fui conhecendo outras meninas e comecei a ter curtos relacionamentos com elas, às vezes com mais de uma ao mesmo tempo (eu sei, isso é horrível, mas elas vem até mim e eu não resisto, sou humano e adolescente com os hormônios a flor da pele!) e acabei deixando a menina de olhos azuis se esvair da minha mente, entretanto quando meus pais disseram que os Hudson voltariam para Los Angeles, eu não consigo parar de pensar nela, e isso já faz mais de um mês, e os relacionamentos que eu estava tendo nesse período, não eram o mesmo de quando eu soube da notícia.

Às vezes eu me pego pensando se ela continua do mesmo jeito de quando foi embora; aquele cabelo loiro puxado para o castanho, os olhos azuis piscina, a voz mais doce que eu já ouvi na vida, é.... acho que lá no fundo do meu coração eu ainda sou apaixonado por ela.

Terminei de me arrumar rapidamente e desci as escadas correndo, queria ir logo para o aeroporto, queria a abraçar e sentir novamente o calor do seu corpo no meu, queria ver qual é o seu cheiro atualmente...

Ok John, deu de pensar na Katy!

Entrei na cozinha apressadamente e me sentei ao lado do meu irmão mais velho, todos olharam para mim com um sorriso estranho.

- Bom dia filho. – Disse minha mãe. - Acordou cedo sem ninguém chamar, ainda mais em um sábado. Algum bicho te mordeu?

- Esse bicho tem nome e sobrenome. – Disse Carl.

- Bom dia mãe! – Lhe respondi animadamente, acho que eu não sei esconder sentimentos.

- Que alegria é essa, Johnny? – Ela questionou.

- Não é nada, só estou feliz. Eu não posso acordar feliz agora? – Espero que ela acredite.

- Não é por isso... – Carl disse travesso. – É porque a namoradinha dele está chegando hoje. – Ele deu uma risada no final.

- Vai se fud... - comecei a dizer, mas fui interrompido pela minha mãe.

- Olha a boca, John! - Me repreendeu.

- Desculpa mãe! - Disse por fim, entretanto dei um soco no braço do meu irmão que estava sentado ao meu lado.

- Carl, meu filho, deixa seu irmão em paz, ele só está ansioso, pois os Hudson estão voltando para Nova York.

Minha mãe adorava os Hudson, claro assim como meu pai e meus irmãos os adorava também. A gente sempre foi muito próximos uns dos outros como eu disse eu e a Cat éramos melhores amigos quando crianças e crescemos juntos até seu pai receber uma proposta de trabalho em Los Angeles e se mudar para lá com a Katy, sua irmã e irmão e a tia Mary.

- Tá que seja! – Disse fazendo pouco caso para não demonstrar o quanto estava ansioso. - Que horas eles chegam mesmo? - Perguntei indiferente.

- Logo após o almoço.

Olhei no relógio e ainda eram oito e meia. Droga, pensei que já iríamos para o aeroporto agora, mas pelo visto vamos só mais tarde, bem mais tarde.

- Sendo assim, vou para o meu quarto matar o tempo.

Me levantei da mesa e segui em direção ao meu quarto para tocar um pouco de guitarra. Passou um tempo e eu olhei no relógio e pareceu que a hora estava congelada ou algum ser mágico entrou no meu quarto e atrasou o relógio, pois ainda eram oito e dez, passou só dez minutos, DEZ!

A manhã de hoje seria longa.

***

Finalmente chegou a hora de ir buscá-la, peguei meu celular em cima da cama para checar novamente as horas e sim, estava na hora. cliquei no botão inicial para ver se tinha alguma mensagem e realmente tinha era de um número desconhecido o que me fez estranhar, mas assim que eu desbloqueei o aparelho e comecei a ler eu tinha certeza de quem era.

"Oie, consegui só agora conectar no Wifi do avião...

Espero que ainda se lembre de mim, pois eu estou morrendo de saudade de você Johnny :) Xoxo."

Senti meu coração errar uma batida não acredito que ela tinha conseguido meu novo número e ainda por cima estava com saudade?

Não vejo a hora de reencontrá-la, de ver novamente a pequena Katheryn.

- Que cara é essa, John? – Meu irmão me questionou assim que eu botei o pé para fora do meu quarto com o telefone em mãos.

- Que cara? – Perguntei indiferente.

- Essa cara aí, com um sorriso bobo. – Disse apontando para o meu rosto.

- Ah... eu só estou um pouco feliz. – Dei um pequeno sorriso.

Carl deu uma risada – John, você só fica assim quando pega alguém... – disse seriamente.

O que ele disse me fez bufar com a sua criancice - Cala a boca Carl!

- Vamos logo que a mamãe e o papai estão esperando a donzela terminar de se arrumar para encontrar a namoradinha dela.

Entrei no carro e não conseguia parar de mexer as pernas, tinha que achar um jeito de acalmar essa ansiedade toda, minha mente estava somente nela, não pensava em outra coisa, estava sentindo muito a sua falta, e espero que esse sentimento seja recíproco.

O trânsito estava um pouco carregado, entretanto chegamos a tempo no aeroporto, o avião já havia pousado, e pelos meus cálculos eles já deveriam estar pegando as malas. Eu já estava suando frio, sabia que a veria em alguns minutos.

Mãe, sera que eles vão demorar muito? - Perguntei para minha mãe que estava ao meu lado.

Não tive resposta dela, já que assim que terminei avistei tia Mary saindo da grande porta do desembarque, e assim que meus olhos avistaram a menina de olhos azuis, apareceu que eu estava flutuando.

Ela estava mais linda que antes. O cabelo que era loiro, agora estava preto, algo que particularmente achei lindo. Seu corpo amadurecido e lindo.

- Johnny! - Fui invadido pelo som doce de sua voz e seu cheiro me abraçando de uma forma maravilhosamente gostosa. - Que saudade eu estava de você!

- Olá Kitty! - Por eu ser maior que ela, sua cabeça estava apoiada em meu peito e eu fiz uma pequena carícia no local.

Nosso abraço durou um tempo maior do que o esperado e como de esperado ouvimos nossos irmão dizendo algo do tipo:

"Olha lá, o casal se reencontrou."

O comentário fez eu e ela mandarmos um lindo dedo do meio para os quatro que estavam nos zuando, nos entreolhamos e rimos com tal atitude que não foi combinada e ambos fizemos sincronizadamente, entretanto ganhamos uma repreensão de nossos pais. Nos separamos e meu corpo reclamou a falta do seu.

Merda, o que vai ser de mim agora?

Eu com toda certeza do mundo ainda sou apaixonado por essa garota.

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⏰ Last updated: Mar 19, 2018 ⏰

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