Blindspot | Camren Version

Capítulo 1

Times Square, NYC, May 10th, 8:00PM.

- Com licença, a mala é sua?

- Não senhor.

- Senhora, sabe de quem é essa mala?

- Não policial, desculpe.

Merda...

- Charlie, olhe. Tem um recado preso ao fecho.

- "Chame o FBI."

- O que faremos, Sargento?

- Comunique a central, ligaremos para o FBI.

Times Square, NYC, 9:15PM

Rádio Comunicador

- Estão me ouvindo? Vou me aproximar agora. Certeza que todos já saíram, Zapata?

- Alto e claro. Não se preocupe, já evacuamos a área, pode seguir em frente.

- Palvin...

- O que houve Elliot?

- A mala... A mala está se movendo!

- O quê? Elliot? Acalme-se.

- Mas... O que...

- Meu Deus.

- Todos também estão vendo isso?

- Sim Elliot, estamos...

-Droga Palvin, é uma mulher! - Mãos acima da cabeça! Mãos acima da cabeça ou eu atiro.

- Elliot, acalme-se. Abaixe essa arma e a traga para a sede do FBI. Aqui é a Mayfair e isso foi uma ordem.

Chicago, 9:30PM.

Lauren Jauregui points of view

É estranho pensar na rapidez que a vida passa, passa com uma rapidez absurda e deixa todos os tipos de marcas em nós. O tempo muda nosso corpo, nosso rosto, nosso jeito de ver a vida. E no final das contas a única coisa que vai importar nos últimos dias de nossas vidas são almas intactas. A dinamicidade do tempo se expressa na rapidez cronológica dos dias e na lentidão emotiva da espera.

Tenho trinta anos e posso ousar dizer que estou no auge da minha carreira como agente do FBI, recentemente completei oito anos servindo o departamento de justiça dos Estados Unidos. Meu pai, Michael Jauregui foi um dos mais conhecidos e importantes agentes dessa organização, quando completou seus cinquenta anos resolveu que já estava na hora de aposentar seus distintivo. Sempre quis honrar nosso sobrenome e continuar o legado, era um sonho de infância que agora estou vivendo.

- Contra a parede, agora! - ordenei assim que encontrei o suspeito que estávamos perseguindo pelas ruas. Era um homem de estatura média e que aos olhos de qualquer outra pessoa era apenas mais um cidadão comum dos Estados Unidos, mas na verdade não, este homem estava mantendo duas jovens presas em um dos quartos de sua casa para sabe-se lá o motivo, sorte nossa que recebemos uma denúncia anônima dizendo ter ouvido gritos e pedidos de socorro.

- Desgraçado. - esbravejou ofegante Normani assim que nos alcançou, logo pedindo reforços pelo rádio para encaminhá-lo para cadeia.

- Eu só queria cuidar delas, vocês não entendem! - disse o homem atropelando as palavras, certamente não se preocupando em esconder seu nervosismo.

- Andando. - o ignorei, apenas firmando minha mão nas algemas que o prendiam.

Normani e eu corremos alguns quarteirões depois da casa do criminoso por ele ser o típico infeliz que acredita que se correr algo vai adiantar.