CAPITULO 43

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ANA POV

Quando eu ia saindo a Vitória me chamou

"Ninha..."

Virei pra trás e vi a coisa mais linda sorrindo largo.

"Tu fica linda com esse meu moletom preto."

Foi impossível ficar ali parada. Dei um sorriso e fui correndo abraçar ela. Dei um beijo e subi pra sala, mas meu desejo mesmo era ficar ali naquele abraço casa pra sempre. Aquele abraço que parece que foi feito do pra mim.

Cheguei na sala com cara de paisagem e Bárbara como sempre não me deixou em paz.

"Vitória tá bem?"

Revirei os olhos mas sorri,a filha da puta me conhece mesmo. Só Bárbara Fermino mesmo pra saber que eu não fui no banheiro.

"Claro que tá. Ela tem eu,impossível não ficar bem."

Foi a vez de Bárbara revirar os olhos.

"Tu se chá mesmo em Anão."

Dei risada da cara da palhaça.

"Anda Babi,o que é isso que a professora tá passando na lousa?"

"Tu num tá vendo que é um texto?"

"Que é um texto eu to vendo,eu quero saber sobre o que é."

"Oxe Ana Clara,olha o título na lousa,eu hein."

"Credoooo aposto que se fosse com Flávia tu teria até copiado pra ela"

"Vai a merda Ana,num sou você não."

"Grossa!"

Eu disse mostrando a língua.

"Chata!"

Bárbara disse da mesma forma. Parecíamos duas crianças,mas eu amava aquela ruiva ridícula. Terminei a atividade. Bárbara pegou o fone e deitou a cabeça na mesa,disse que ia dormir porque estava cansada. Fiquei escrevendo qualquer coisa no final do caderno, eu adorava fazer isso sempre que me lembrava de Vitória.

Passou um tempo o sinal bateu, acordei Bárbara pra gente descer.

"Sis...Babi...Babixa...Bárbara Fermino..."

"Que foi Ana Clara? Posso dormir mais não?"

"Já deu hora do intervalo...Vamo descer..."

"Num quero,quero dormir."

"Sis conversa comigo...eu to aqui poxa,tu tá estranha faz um tempo."

Bárbara levantou a cabeça pra falar,mas olhou pra porta e desistiu. Me virei pra ver quem tava lá. Era Vitória e Flávia.

"Ninha tu não vai descer não?"

Vi disse me dando um beijinho na cabeça e me abraçando.

"Ah Vamo ficar aqui Vi,tá frio mesmo."

Vitória olhou pra Flávia que deu de ombros. Vitória e eu sentamos no fundo da sala. Sentei no meio das pernas de Vitória e deitei minha cabeça em seu ombro,e ela ficou fazendo carinho no meu cabelo. Pegou um fone e ficamos ouvindo música.

"Tu quer?"

Vitória me ofereceu biscoito integral.

"Quero não amor,obrigada!"

"Óia mas parece tu,gosto tanto dele que coloquei o nome de Ninha, aí sempre quando eu como eu lembro de tu."

Foi impossível não pensar besteira, ela falou de um jeito tão foto é simples,mas minha mente maliciosa não permitia escutar essas coisas sem pensar besteira. Dei risada e ela ficou sem entender.

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