Cap.7

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O Rio é enorme,eu tô me sentindo deslocada aqui.
Não conheço ninguém,as pessoas não te dão bom dia quando você sai de casa,e tem um vício danado no celular,nunca tive até porque nunca precisei de um, lá na ilha a gente mora pertinho não é necessário essas coisas.

Tentei arrumar um emprego,mas é mais difícil do que eu pensei,só tenho certeza de que pra Ilha eu não volto tão cedo.
Sinto muito a falta dos meus pais,do Bernardo e até da chata da Alice,mas tá na hora de buscar outros caminhos.

Graças aos céus essa cidade é enorme e a probabilidade de encontrar com o Lucas são mínimas.

Gabi como a chata que é,meu deu roupas.
Que dizendo ela são melhores que as roupas que usamos na ilha.

-O Olívia deixa de ficar aí nas nuvens e cuida em se arrumar.-Gabi me chama.

-Eu não quero ir.-Protesto me sentando no sofá.

-Nem começa, você tem que se divertir,mexer a raba,beber.-Ela diz gesticulando com as mãos.

-Mexer a raba, Gabriela ?-A encaro.-Eu pareço um ser humano que faz isso ?

-Não,mas a gente pode se divertir.

-Tô bem aqui,lendo meu livrinho.-Digo focando no livro.

-Nossa Olívia, você parece aquelas avós, chatas e velhas.-Ela diz e vai em direção a cozinha.

-Isso é um elogio, não ser a que mexe a raba já é um elogio.

-Qual o seu problema Olívia, você tem 18 anos ou 70.-Ela me encara na porta.-Acho que até uma senhorinha se diverte mais que você.

-Mas eu não quero ir me divertir.

-A gente sai, dança,toma uns drinks e você pega uns boys pra esquecer o gatinho jogador.

-Esquecer o Lucas ?-Penso.-Preciso.

-Então,uma oportunidade maravilhosa de esquecer ele,bem na sua frente.

Me levanto ainda pensando se isso era o certo.

Vesti a roupa que ela escolheu pra mim,bem estravegante por sinal.
Uma maquiagem forte,nada com que eu tô acostumada, além do salto que machucava o meu pé.

Mas pra Gabriela,eu estava linda,arrasando, gostosinha no azeite.
Não fazia ideia que a minha prima era tão louca.

Quando mamãe dizia que a Gabi tinha uma personalidade peculiar,eu não imaginei que ela era o poço da loucura e das aventuras sem sentindos.

Na minha mente só passava "Isso não vai dá certo!","Você deveria ficar em casa"

Mas não,a criatura Maria vai com as outras resolveu ir esquecer o Lucas em uma boate.

•••

Se eu tinha certeza que ia me arrepender de ir pra essa boate,tive total certeza minutos depois de chegar lá.

As músicas eram extremamentes altas, pessoas bebendo e se agarrando por toda parte.

Sem contar que a Gabi me abandonou no meio da multidão pra ir dançar no meio de um monte de gente,e eu ali deslocada.

Resolvo procura um lugar mais calmo pra me sentar, então vou até o Bar.

-O que a gatinha vai querer ?

-Só me sentar mesmo.-Digo olhando pro homem na minha frente que rir.

-Uma água ?

-Só me sentar, literalmente.

-Se precisar de algo.-Diz e volta servi as bebidas.

Fico ali observando a multidão frenética pulando ao som de uma música que eu não entendia absolutamente nada,por que eu desisti do curso de inglês ?

Ah lembrei,era horrível não entender nada que o professor falava.

Fiquei analisando todas aquelas bebidas coloridas.

-Você quer uma ?-O moço pergunta.-Por conta da casa.

-Pra que serve ?-Ele rir.

-A Felicidade engarrafada.-Ele diz.-Serve pra quem quer se divertir ou pra quem tá sofrendo por amor.

-Então me vê umas 40 dessas,quem sabe assim eu esqueça ele de vez.-O moço rir.

-Me chamo Henrique,e pode ter certeza de que se a bebida não te fizer esquecer ele,eu te faço esquecer rapidinho.-Rir.

-Me vê uma por favor.

Ele trás uma garrafinha verde.

-Vamos devagar,uma bem de leve pra você.-Me entrega e volta a atender umas moças com roupas mil vezes mais estravagantes que a minha.

Dei um gole pequeno na bebida é o gosto era bom.

Já tava na terceira garrafa,nunca tinha ficado tão animada na minha vida.

Gabriela não sei nem onde andava.

Comecei a achar as músicas melhores e me arrisquei a dançar, até que normalmente pro meu estado.

Quem diria ? Olívia Valtez dançando/pulando no meio de um monte de gente desconhecida.

A música acabou e eu voltei pro bar.

-Se animou gatinha?-Henrique pergunta com um sorriso largo.

-Um pouco, mas uma por favor.-Digo animada batendo no balcão.

-Não sou de dizer isso mas,acho melhor não gatinha, você já bebeu demais.

-Não enche,quero da vermelha agora.-Ele nega com a cabeça mas pega a bebida.

Depois de muito beber,muito dançar lá estava eu no meio da multidão chorando ao som de Gustavo Mioto,eu não sou tão burra a ponto de não conhecer músicas.

Era pra mim esquecer o imbecil né ?

Deu tudo errado.

Peguei o telefone do Bar Men gato.

Precisava ir embora dali,ou sei lá.
Mas não fazia ideia de onde a Gabi tinha se metido.

🌸🌸🌸

Um grande amor-Lucas PaquetáOnde histórias criam vida. Descubra agora