Capítulo 4

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Junho,2018.

O relógio marca 19:55 quando eu esperava sentada na varanda, o mais perto possível de estar arrumada, para Amy arrumada seria estar com um vestido florido, com tons de azul marinho e blá blá blá. Estava com uma calça Jeans mom com lavagem escura, um vans old skool vinho com a faixa branca, uma blusa preta de gola alta e uma jaqueta jean. Sei que Amy vai querer me matar quando me ver assim, mas quer saber? não to nem aí, quem mandou ela arrumar esse encontro duplo, agora vai ter que passar vergonha. Só espero que isso de certo no final, pelo menos pra Amy. Se ela desencalhar eu me livro de passar por essas situações e ainda ganho mais tempo jogada no sofá assistindo netflix e enchendo meu c* de chocolate quente.
Pego meu celular e vejo que nele marcava 19:59 tenho certeza que esse embuste vai se atrasar de novo, como pode ser tão difícil chegar no horário marcado. Certeza que ela deve estar se emperiquitando inteira, passando um reboco reforçado naquela cara de asfalto que ela tem. Não sei por que ainda sou pontual. Quer saber não vou ficar aqui parada.
Peguei minha jaqueta e desci as escadas da sacada. Apanhei meu fone que estava no bolso da minha jaqueta e dei um play no aleatório. Começou a tocar "Sleepover da hayley kiyoko", acendi um cigarro dei alguns tragos e continuei caminhando, aquela noite estava agradável o céu está limpo e batia uma briza fria, não ao ponto de precisar de uma blusa de frio ou jaqueta, mais tarde, talvez eu precise da minha. Nunca entendi por que as pessoas fumam, comecei a fumar quando um dia Amy apareceu com um maço, ela disse que só iria experimentar, hoje em dia se ele passar uma hora sem dar um trago, vamos dizer, que ela entra em abstinência, eu fumo no máximo dois cigarros na semana e o resto do meu maço Amy fuma por mim, ela diz que está me ajudando a viver um pouco mais de tempo, um argumento, invalido já que quem Morrera primeiro e ela é isso não seria legal.

Já havia dado uma volta no quarteirão, e aquela filha de uma porca não havia chego, será melhor ligar para ela vai que aconteceu alguma coisa. Quando estava digitando o número escuto o som do carro, que estava virando a esquina. Comecei a ficar nervosa até aquele momento eu poderia desistir, agora não poderia mais.

- E ai bunda mole - Amy gritou no carro - vai amarelar? - a minha vontade era de pegar o cigarro que estava fumando e apagar na testa dela.

- haha como você e engraçada - disse jogando o cigarro no chão e pisando em cima dele.

Caminhei até o carro, quando coloquei minha mão na maçaneta para abrir a porta, percebi que minhas mão estavam soando, não estava nervosa por ser um encontro mais sim, 1- que não foi eu que o organizei e não faço a mínima ideia de quem será a pessoa com quem vou sair, 2- quero que isso de certo para Amy, não posso estragar tudo, 3- que não seja nenhum psicopata.

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