Como esperado, corri até o studio enquanto Jay esperava pelo seu uber na frente de casa, decidi não comentar sobre o assunto. Meu pai era a única coisa que espera nunca mais ver. Pedi á Jason que trouxesse as caixas de meu quarto com o carro de Richard, não voltaria para casa tão cedo. Passei por Cathy, a cumprimentando com um aceno de mão; segui até a sala vazia, sabia que iria acumular mais aulas, a culpa não era minha se estava de cabeça para baixo. Era o horário das crianças, demorei á encontrar uma sala espelhada que não tinha algum indício de tules rosas.
Depois de meus treinos, Jay apareceu, e não foi sozinho. Trouxe Jason e as caixas. Eu me sentia uma péssima pessoa pois não sabia perdoar, ou era por que tinha tentado tantas vezes que me quebrei. A gente corre o risco de chorar um pouco, quando se deixa levar, mas naquela noite, não chorei. Não derrubei nenhuma lágrima enquanto estava com eles, desempacotamos cada caixa pelo resto do dia e tomamos um espumante refinado no final, que levou não só o meu dinheiro mas também boa parte do esquecimento. Esperei que estivesse sozinha, somente eu e meus pensamentos, para que pudesse desaguar.
O que eu queria dizer é, não estava chorando por que ele decidiu voltar. Sei que não foi por mim. Estava chorando, por que no passado, nada foi por mim, nem mesmo suas desistências. Chorei por que, passei metade de minha vida me perguntando, me rebaixando e me ressecando por alguém que nem florescia por mim. Pelo meu pai. É claro que o sentimento estava guardado lá no fundo, prometi que não iria chorar por mais de uma noite e foi exatamente isto que fiz. Chorei até onde pude e não pude, e acordei renovada no dia seguinte.
Tomei um banho quente, liguei para Richard e o confortei. Minha caixa postal estava cheia com lembretes, a abri enquanto me arrumava, lembrando que hoje tinha uma entrevista para fazer em um editorial de moda. Escorreguei em minhas jeans rasgadas, havia um rasgo novo logo abaixo de minha nádega esquerda, a minha meia arrastão aparecia, sentia-a prender em minha cintura. Minha blusa da vogue estava amarrada na cintura, meu scarpin preto transparente me esperava na porta de casa.
Mordi uma maçã e peguei minha bolsa, correndo até a estação de metrô. A livraria podia até ser perto do apartamento, mas isso significava que estava umas cinco estações mais longe da universidade. A minha fruta ainda estava grudada em minha boca, mordia alguns pedaços quando podia, os livros dentro da minha bolsa causavam um sobrepeso enorme. Teria que arrumar um carro logo. Graças a Jason, tirei minha carteira de motorista assim que fiz 16 anos, só me faltava ter dinheiro.
Cheguei em cima da hora para a minha primeira aula, correr de saltos não era muito seguro, não sei o que me machucaria mais: quebrar uma perna ou quebrar meu salto. Acho que a segunda opção era clara, uma perna eu consertava, já o salto eu teria que comprar. Desvantagens de ser uma completa viciada em moda. A primeira aula era da professora Stevens, e quando entrei pela porta principal da sala, fiquei com certo ressentimento de não ter me atrasado mais um pouco. Dormi metade de sua aula. A outra metade, tirei algumas fotos de suas anotações e terminei a minha breve dissertação sobre a entrevista com Harry. Mandei uma mensagem para ele, avisando sobre o meu imprevisto:
America
Bom dia Mr.Styles, temo que não possa lhe encontrar após meu horário de serviço; tenho uma entrevista de trabalho marcada neste horário. Podemos marcar nosso encontro para outro dia, me deixe saber qualquer coisa.
10:20 A.MHARRY STYLES
Bom dia baby, é uma pena que esquecestes de me contar sobre a entrevista. Iremos nos encontrar em breve, não se preocupe. Preste atenção na aula, pelo jeito.
10:25 A.MAquilo tinha sido estranho. Talvez muito estranho. Nos vemos em breve? Sorri para o celular, desligando o ecrã e focando no computador. Mandei meus trabalhos para o e-mail de Sra.Stvens, ela não estava dando a mínima para os alunos nesta aula, já que estava ocupada de mais fazendo anotações.
Em minha caixa de entrada tinha outra mensagem não lida da empresa aonde iria fazer a entrevista mais tarde. Cliquei duas vezes na mensagem.
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bad intentions h.s
Teen Fictione naquelas noites, éramos um; dois corpos suados sem nenhum vestígio de amor, transbordando em nossas almas cheias de adrenalina,convencidos que estávamos quebrados por dentro. CONTEÚDO EXPLICITO, LINGUAGEM EXPLICITA, se fores sensível não leias. Al...