Prólogo

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- Charlie, acorda amor, vamos pro hospital.

- Ahn? Mãe, que horas são? - Pergunto me levantando lentamente.

- Ainda são oito da manhã. O Jonny não tá se sentindo bem.- Jonny é meu irmão mais novo e meu xodózinho.- Levanta e se arruma.
- Tá... mas eu disse que era melhor eu ter vindo sozinha.

- Você não viria sozinha de jeito nenhum. E seu bolinho não ia aceitar ficar em casa.

- Eu só me mudei pra fazer a faculdade e parece que nunca mais vão me ver.

- É você só se mudou pra fazer uma faculdade em outro país. Você é muito insensível. - diz saindo do quarto.

- Não sou. - respondo mais pra mim do que pra ela.

Me levanto e vou em direção ao banheiro, tomo um banho e escoco os dentes. Volto para o quarto e troco de roupa. Coloco uma blusa com as mangas cumpridas que chega na metade da coxa, branca com um panda na frente , uma calça jeans preta e meu par de All-star também preto. Faço um coque deixando algumas mexas ruivas soltas, e desco para tomar o meu café da manhã.

Encontro minha mãe terminando de arrumar a mesa.

- Bom dia dona Sophie.

- Bom dia.

- Fez o que pro café? - Pergunto abraçando-a por trás.

- Panquecas, suco, café e também tem bolo e uns dois ou três tipos diferentes de pães. - Diz abrindo seu famoso sorriso largo que me conforta tanto. Sentirei falta desse sorriso.

- Caprichou eim Dona Sophie! - Falo já na me sentando.

- Nós vamos embora depois de amanhã e você já vai estar na faculdade, então por que não caprichar?

- Vocês não podem ficar mais tempo?

- Não. Seu pai e eu não podemos faltar no trabalho e o Jonny tem a escola. Mas a gente vem visitar você.

- Vou sentir saudade do meu bolinho.

- Falando assim parece que vocês nunca mais vão se ver.

- Essa frase é minha dona Soph.
- Fica quieta e come logo.

- Pode deixar! - Falo já abocanhando um pedaço de bolo. Chocolate com nozes. Meu preferido. - Cadê o Jonny?

- Tá descendo.

- Oi bolinho! - Digo ao ver o moreno aparecendo na cozinha.

- Oi.- diz se sentando no meu colo. Mesmo com 18 anos, eu ainda o trato como um bebezinho, e ele adora isso. Não sei como ou se vou conseguir ficar longe do meu Bolinho.

- O que você tem?
- Não sei.

- Come. - Digo lhe entregando o pedaço que está em minhas mãos. - É o nosso preferido.

- Oba!

- Ai mãe, não vejo a hora de começar a estudar! Eu vou ter um colega de quarto?
- Vai. Seu pai queria um dormitório individual mas não tinham mais vagas.

- Ah não tem problema, eu sou super amigável - Me olham com ar duvidoso. - Tá isso não é totalmente verdade. Mas prometo ser a partir de hoje.

- Chega de papo, vamos logo pro hospital. Não quero que você vômite de novo mocinho.

...

Estamos no hospital esperando a consulta dele começar e graças graças Deus uma enfermeira loira surge.

Roommates | H. S.Onde histórias criam vida. Descubra agora