Redefinindo O Amor Pt2

2°

POV's Kim Namjoon

Alguns meses depois ainda naquele ano...

Korean
11:34 AM
22° C

Os últimos meses foram marcados por mudanças que eu não soube lidar muito bem. Safira e Jimin se aproximaram consideravelmente, algo que parecia natural, dado o quão bem os dois trabalhavam juntos. Contudo, essa proximidade também trouxe uma distância entre mim e Safira. Um afastamento que eu não conseguia evitar, mas que me incomodava de formas que eu não entendia completamente.

Era uma tarde comum, e eu estava organizando alguns papéis quando ouvi vozes alteradas vindas do corredor. Levantei-me, curioso, e me escondi atrás de uma folhagem próxima para observar a situação.

— Você nem pense em voltar aqui novamente. — A voz firme de Safira cortava o ar. Ela estava discutindo com um homem que não reconheci de imediato.

— Eu só não gosto de você com esse cara. — O homem retrucou, a voz carregada de ciúme e irritação.

— Você não tem que gostar de nada. — Ela cruzou os braços, enfrentando-o sem hesitar. — Eu faço o que eu quiser.

— Ou é ele ou eu. — A ameaça estava clara em seu tom.

— Então você pega as suas pernas e sai da frente de onde eu trabalho, porque Jimin é meu amigo e eu não vou simplesmente largar meu serviço por você estar com ciúmes. — Sua voz era tão segura que me fez admirar ainda mais sua coragem. Ela fez uma pausa antes de continuar, o tom carregado de desprezo: — Não me confunda com as mulheres do SEU país.

— Ora sua... — O homem avançou, levantando a mão como se fosse agredi-la.

Foi nesse momento que, em um impulso, dei um passo à frente, pronto para defendê-la. Mas o que vi em seguida me deixou completamente boquiaberto. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Safira segurou seu pulso com força, imobilizando-o no ar.

— Quem você pensa que é? — Ela o encarou, a voz carregada de autoridade.

Eu assistia, incrédulo, enquanto ela dominava a situação.

— Nunca mais ouse levantar a mão para mim ou para qualquer outra mulher. — Sua voz era firme, sem tremor algum. Então, em um movimento rápido e habilidoso, ela deslocou o pulso do homem, que gritou de dor. — Agora vá embora antes que eu chame a polícia. — Ela soltou o homem, que saiu correndo sem olhar para trás, desaparecendo do meu campo de visão.

Safira respirou fundo e se virou, caminhando em minha direção. Na tentativa de disfarçar que eu estava assistindo tudo, me escondi desajeitadamente atrás da folhagem.

— O senhor, como espião, daria um ótimo estilista. — Ela disse com um sorriso gentil, mas seus olhos denunciavam o cansaço.

— E-eu não vi nada. — Passei a mão na nuca, sentindo o nervosismo tomar conta de mim.

— Está tudo bem. Já esperava que alguém visse. — Ela parecia compreensiva, o que só aumentava minha admiração.

— Você está bem? — Perguntei, tentando parecer calmo.

— Estou, sim. — Ela respondeu com naturalidade, como se o que acabara de acontecer fosse algo comum.

— Você é muito corajosa, sabia?