Oi sou Mandy, vou contar a minha versão do meu ponto de vista sobre a vida...
.... aposto que quando minha mãe me viu pela primeira vez deve ter pensado:
_ Mais uma que vai sofrer em nossa família.
já o meu padrasto ( se é que eu posso chamar ele assim), deve ter dito:
_ Que bom mais uma garota para infernizar a vida.
quando tinha apenas três anos eu me lembro bem aquele dia.
estava com meus irmãos dando comida para o burrinho, enquanto minha mãe ficava sentada em uma cadeira tomando um Sol. até aí me lembro ( sobre o dia).
batendo a noite lembro do meu padrasto ter chegado em casa bêbado e com raiva, pediu a todos para saírem, menos eu. Todos estavam sentados no chão frio lá fora, enquanto dentro eles não podiam imaginar o que estava acontecendo comigo.
estava meio confusa do que ia acontecer comigo. até que ele veio em minha direção e bateu em meu rosto. senti a mão gelada passando em meu rosto lentamente, parecia um vento de neve forte batendo em meu rosto, só que pior. depois jogou a garrafa que estava em sua mão na parede. depois veio o pior que ninguém imaginaria que aconteceria comigo. ( fui abusada).
no dia seguinte acordei, calada como se tivessem colocado uma fita em minha boca, ou apontado uma arma para minha família toda.
meu padrasto assim que me viu pegou três garrafas de cerveja, pegou pelo meu braço e me puxou com uma força que deixou marcas depois. quase não deu para enxergar onde estávamos indo, até que ele parou de repente e olhou fixamente para mim. deixou duas garrafas na grama e ficou só com uma na mão. a intenção dele naquela hora era de me matar jogando na minha cara, mas ele morreu ali mesmo na minha frente, não chorei, não pedi ajuda. apena olhei fixamente para ele caído no chão, como não sabia como voltar para casa fiquei ali mesmo, esperando algum milagre acontecer. no outro dia minha mãe me encontrou e me levou de volta para casa.
me lembro até aí. o resto seria uma van pegando eu e meus irmãos. nos levaram para um orfanato que não foi tão legal. existia uma casa rosa que so podia entrar meninas, uma azul para meninos, um esverdeado que não entendia muito. tinha uma amarela que era a filha do dono do orfanato, na qual era proibido falar com ela, mas sempre a tinha como minha verdadeira amiga. naquele lugar era pior de onde eu vivia, levava cinturada por nada, ficava de castigo por tudo, a comida não era lá gostosa. eu sempre queria ficar com meus irmão, mas eu mal podia olhar para eles.
nós fomos se separando aos poucos, primeiro foi minha irmã mais velha, depois minha irmã do meio, meu irmão pequeno. só sobrou meus outros dois irmãos que até hoje não sei onde estão. um deles era muito próximo de mim, hoje até acho que eu tinha talvez uma queda por ele, quem sabe. espero um dia ver eles.....
......naquele tempo minha mãe biológica queria a gente de volta mas não deixaram a gente ficar com ela. eu sempre pensava, mesmo que eu sofresse, mesmo que morresse de fome eu queria aceitar de volta aquele tempo, pois ainda estaria com eles. agora a única coisa que faço é tentar me matar. todos ao meu redor me criticam, me xingam, fazem bullyng comigo. não entendo isso e talvez nunca vou entender, quem sabe.
agora está assim. todos separados, vivendo uma vida boa ou ruim, sem lembrar dos outros membros da família, só eu. ( pelo menos é o que eu penso e o que me dizem sempre). eu sempre me culpo por ter acontecido isso, pois acho que verdade, mas espero que estejam bem, se for para se esquecerem de mim e do passado, mas tiverem uma vida boa, que assim seja. não tenho do que reclamar. tentarei o máximo, para aproveitar minha vida.
uma coisa que soube da minha vida que não estive presente:
minha irmã mais velha fez faculdade.
minha mãe teve dois filhos gêmeos casal, mas foram tirados imediatamente da guarda protetora dela,
assumo que eu queria conhecer muito eles dois, mas sempre tento imaginar como eles são a cada ano.
minha historia é bem parecida com um filme, mas garanto que no filme, você sofre bem menos. até hoje não esqueço disso tudo, estou sempre triste, com depressão, tomando remédio, um dia vou melhorar quem sabe.
no momento em que enviei essa minha história eu estou com meu segundo plano de me matar fracassado, pois estou com uma lamina em meu estomago prestes a sair pelo jeito ruim. a primeira vez eu tomei mais de 100 comprimidos e passei na UTI, fui expulsa da escola e minha vida não para de piorar por aí. espero que sua vida seja melhor que a minha.
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como vejo a vida
Spiritualcada um tem um ponto de vista sobre sua vida, eu tenho meu ponto feliz, obscuro, colorido, depressivo. contarei como eu me sinto por ver somente a tristeza. muitos vão se identificar aposto.