Talvez saibamos, por definição, o que é o amor, não sendo, no entanto, possível defini-lo em palavras. Mas, afinal, o que será esse sentimento que nos torna parcialmente dependentes das pessoas que nos são mais próximas, ao ponto de, se estivermos longe delas, nos tornemos altamente infelizes e angustiosos?
POV SEOKJIN
Havia se passado um longo ano de estudo neurológico. O estudo atual sobre o "amor" é algo que foi deixado de lado pela maioria dos neuropesquisadores. Vi ali uma oportunidade, inédita , de fazer uma interligação psicológica do amor e como ele funciona com cada um de meus quinze pacientes.
Hoje eu vou análisar, em sete sessões, a minha última paciente.
Fui até a cafeteria ao lado de meu escritório, como todos os dias. Enquanto esperava meu expresso caputino, tentei não prestar a atenção, mas acabei ouvindo um pouco da discussão entre duas mulheres, uma talvez um pouco mais nova que a outra. "Eu não acho que um cara que eu não conheço possa me entender ou me ajudar!". Uma delas falou mais alto. Ignorei aquilo e fui até o prédio de meu escritório.
Chego em minha sala e minha secretária, a srt. Myung-hee, me cumprimenta.- Bom Dia Sr. Seokjin.
- Bom Dia srt. Myung
- A sua próxima paciente chega as 9h.
- Uhm, você conseguiu achar uma lavanderia boa para o meu palitó ?
- Ah, sim sr. ! Eu deixei-o em cima de sua poltrona.
- Obrigado. - Falo e vou até minha sala.(Sala de consultas)
Coloco meu palitó.
Tok tok (Alguém bate na porta)
"Pode entrar". Eu falo um pouco mais alto e a Srt. Myung abre a porta e uma garota de uns 21/22 anos entra.
- [...] O Sr. Seokjin será seu psicólogo.
Ela sai.
A garota era bonita, mas provavelmente não sabia disso. Andava muito largada. Sem muita maquiagem.
- Onde eu me sento ? - ela diz antes mesmo de se apresentar.
- Bom Dia. - Eu retruco. - Pode se sentar no divã.
- Prefiro a poltrona.
- Bom, é ai que eu costumo sentar, mas tudo bem.Ergo a mão, com o objetivo de cumprimentá-la e ela faz um toque de basquete bol com minhas mãos paradas na mesma posição.
- E seu nome é Rosemary, certo ?
- Rose, eu prefiro. E ai Jin.
- Só os meus amigos me chamam assim, mas sinta-se a vontade para me chaamar por esse nome.
- Olha, se você pretende querer saber da minha vida eu não estou muito a fim de ficar comentando.
- Ótimo, ótimo. - Eu cruso as pernas. - Esse não é o meu objetivo original, mas se você me falasse mais sobre sua pessoa seria mais fácil para mim.
- E qual é a fita ? vai brincar com a minha cabeça até me fazer desabafar ?
- Não.
- O que você pretende fazer nos próximos 40 minutos comigo então ?
- Que tal falarmos sobre amor ?
- Logo comigo ? Vai se descepcionar.
- E por que você acha isso ? - Eu continuo calmo e com uma expressão serena no rosto, buscando reconfortar mais a paciente.
- Por que o amor não existe!
- Acredito que não tenha chegado a essa conclusão do dia pra noite.
- Não mesmo. - Ela se acomoda mais na poltrona.
- Quem a trouxe pra cá ?
- Minha Unnie. Somos praticamente irmãs desde criança.
- E o que seus pais acham de você vir ao psicólogo ? - Fiz a pergunta já sabendo qual seria sua resposta.
- Meu pai morreu.
- Uhm... - A tranquilidade dela ao falar aqui poderia ter me assustado se ela não tivesse fraquejado as sombrancelhas no último segundo. - E sua mãe ?
- Ela está presa. - Ela olha para janela. Buscando o nada.Naquele momento, tudo que queria era dar-lhe um abraço de consolo.
- Isso está interligado ao fato de você não acreditar no amor ? - Eu esfrego o queixo com os dedos.
- É só o começo. - A mesma fecha o olhar. - O mundo está podre. Se o amor fosse real tinham mais pessoas ricas se preocupando em adotar crianças orfãs e não em fazer pesquisas sobre essas besteira.Senti uma pontada na sua fala.
- O seu relacionamento com sua "Unnie" não é uma demonstração de amor ? - Suplico.
- É uma relação baseada em respeito mútuo e carinho. É djferente.
- É ai que você se engana, querida. - Eu forço um sorriso acolhedor. - O amor, se configura como um conjunto complexo de sensações e comportamentos que são emitidos ou eliciados em uma relação estabelecida entre duas pessoas.
- Nem vem com esses papo não... - Ela se levanta e começa a andar pela sala.
- Esses comportamentos, - eu continuo - são aprendidos, por meio de condicionamento operante. Tipo fazer o prato preferido do namorado, fazer carinho de determinado modo... e o respondente, que pode ser exemplificado na situação em que o perfume que te faz lembrar imediatamente do amor.
- Ta, e se eu nunca tivesse tido esses "exemplos" - ela Faz aspas com o dedo - Na minha vida... gênio ?
- Talvez por que nunca achou a pessoa ideal para te proporcionar esse sentimento.
- Falô... eu vou dar é o fora dessa sala, não quero mais perder meu tempo. - Ela vai até a porta.
- Antes que vá... - Eu me levanto. - Pense mais nisso, eu posso te ajudar a ver sua vida de outro jeito.
- Eu não preciso de ninguém. - Ela olha por cima dos ombros.
- Mas eu preciso de você.Naquele momento, eu não parei pra pensar na gravidade daquela frase. Mesmo não tendo segundas intensões, talvez poderia ser a primeira vez que ela a ouvira. Mas não nescessariamente essa frase fora sem segundas intensões. Mesmo sabendo da existencia do amor, também nunca havia tido alguém na minha vida que fornecesse essas sensação de estar apaixonado. E algo, no fundo de meu subconciente gritava que isso não estaria tão longe de acontecer.
- Eu... eu vou embora. - Ela sai da sala.
Eu não podia a obrigar a ficar mas, queria. Queria saber mais de sua vida. Estudar sua pessoa e desvendar sua mente. Talvez ela não seja só mais uma fuck girl qualquer. E isso eu passei o resto do dia imaginando.
DUS SEMANAS DEPOIS
Chego no escritório como um dia comum. Porém, ela estava lá.
- Sr. Seokjin! - Ela se levanta eufórica. - Eu arrumei um namorado!
CONTINUA...
VOCÊ ESTÁ LENDO
♡The Psychology of Love♡ | KIM SEOKJIN & KIM NAMJOON |
FanfictionBuscando seguir os passos de sua mãe, Jin, um estudante de psicologia, está trabalhando na pesquisa para seu doutorado sobre a psicologia do amor. Uma de suas pacientes chama sua atenção : Uma jovem com problemas psicológicos consequentes de sua mon...