O exterior da casa era simplesmente incrível. A casa era branca, com dois andares e as pilastras que seguravam a varanda eram feitas de pedra clara. Minha mãe olhou para mim e disse:
-Então, o que você achou da casa?
Eu não conseguia responder, apenas acenei com a cabeça, observando a casa de boca aberta.
-Isso é resposta suficiente. Vem, vamos entrar, você precisa conhecer a casa por dentro ainda. – Disse minha mãe segurando meu braço esquerdo com as duas mãos, enquanto eu segurava a mão de Nagisa com a direita.
Meu pai abriu a porta da casa, que era feita de madeira trabalhada, e assim que entramos, Nagi e eu ficamos simplesmente encantados com o hall de entrada. A parede esquerda era composta por pedras desregulares, deixando com um ar mais rustico. Já a parede direita era branca e tinha um quadro enorme (sem desenho algum) composto pelas cores verdes, amarelo, castanho e laranja. E em baixo do quadro se encontrava um aparador feito de tronco de madeira.
-Os senhores poderiam me entregar os casacos para eu os pendurar. – Disse uma voz feminina, fazendo Nagisa e eu nos assustarmos.
-Carla? – Pergunto, olhando para a figura feminina á minha frente.
-Olá menino Karma. – Respondeu ela, sorrindo para mim fazendo suas rugas ficarem mais visíveis.
Eu corri até ela, a abraçando. Eu estava com tanta saudade dela. Carla era quem cuidava de mim quando meus pais estavam viajando, por conta do trabalho de empresários. Ela foi como uma segunda mãe para mim e eu a amava como se fosse uma.
-Eu tava com tanta saudade Carla. – Digo a abraçando um pouco mais forte.
-Eu também estava, meu menino. Olha só como você cresceu, está maior que eu. Ah sim, parabéns pelos seus 18 anos. – Disse ela beijando minha testa.
-Obrigado. – Respondi.
-Bem, me deem seus casacos, para você poder ir conhecer a casa, sim? – Disse Carla, me ajudando a tirar o blaiser.
Quando todos tiraram os casacos, ela os pendurou e disse que podíamos continuar que ela ia mandar fazer um café para os pais de Nagisa e para os meus e mandar fazer chá para Nagisa e para mim.
Assim que ela saiu, minha mãe começou a andar novamente acompanhada por Hiromi, Nagi e eu íamos atrás delas enquanto nossos pais iam atrás de nós. Andamos um pouco e paramos em frente a uma porta de madeira. Minha mãe a abriu e eu vi que era a porta que levava para a sala de estar. A sala era enorme e as cores que predominavam eram preto e branco, duas das minhas cores preferidas. A sala era constituída por um sofá branco com almofadas prestas e brancas em cima dele, uma mesa de centro branca, com um vaso preto por cima e, em baixo, um tapete castanho e em frente ao sofá estava a televisão fixada na parede.
Depois de lá, Hiromi nos guiou até á sala de jantar que era constituída por uma mesa que tinha a capacidade de 10 pessoas se sentarem. A mesa era de madeira e o estofado das cadeiras era em um tom de bege claro com luzes em cima da mesa.
Nó continuamos a visita e desta vez fomos para a cozinha. Ela, assim como a sala, era em tons brancos e pretos, com vários aparelhos que eu não fazia a mínima da ideia do seu propósito. Carla estava lá, juntamente com uma outra mulher, sendo esta alguns anos mais nova que ela. Assim que Carla me viu, ela sorriu para mim, enquanto que a outra mulher se curvou para mim e para os outros e voltou ao que estava fazendo.
-Karma esta é Marina, ela será sua cozinheira, já que você é um desastre na cozinha e aposto que não faz a mínima ideia do propósito de metade dos aparelhos que estão aqui. – Disse minha mãe, com uma cara engraçada, como se estivesse se segurando para não rir. E ela estava mesmo. Já os outros nem se importaram e riram.
-Mãe! – Exclamei indignado, mas sorrindo com a brincadeira dela.
-Bem ainda tem o andar de cima para você ver, então vamos. – Disse ela, se virando em direção à porta pela qual nós havíamos entrado.
Nós subimos as escadas, que por sinal eram muito bonitas, feitas de mármore branco. Passamos uns 4 quartos e 2 banheiros muito bem decorados, até chegarmos no "quarto master" como minha mãe chamou-o, no caso o meu quarto.
Ele era relativamente grande, mas simples ao mesmo tempo, sendo constituído por uma cama de casal com lençóis brancos e um armário de madeira clara. Sobre a cama, encontravam-se dois abajures prateados e dos dois lados da cama estavam as mesinhas de cabeceira com a cor preta. A parede atrás da cama era em um tom muito bonito de azul e um quadro com tons de cinza, preto e branco que, assim como o quadro do hall de entrada, não apresentava desenho algum.
Fiquei encarando a cama até que senti alguém tocar nas minhas costas. Olhei na direção da pessoa (que eu já sabia quem era), e vi seus grandes olhos azuis que eu tanto amava.
-O que foi, daddy? Nossos pais já desceram, eles disseram que era para nós os encontrarmos lá em baixo, já que eles perceberam que você estava admirando o quarto. Eu disse que ficaria com você aqui. – Disse Nagisa me abraçando pelas costas.
-Só estava admirando a cama baby. – Respondo, vendo ele ficar confuso.
Me viro, ficando de frente para ele, abraço sua cintura o puxando para mais perto de mim e sussurro em seu ouvido:
-É que eu estava imaginando o modo como eu vou te fuder nessa cama, até você não aguentar mais, ao ponto de esquecer o próprio nome e perder a voz de tanto gritar.
Senti ele estremecer nos meus braços e agarrar minha camisa mais forte. O beijei com luxuria, sentindo ele retribuir da mesma forma, nossas se entrelaçando em uma batalha sem vencedor. Desci minhas mãos até suas nádegas, as apertando com vontade, ouvindo ele gemer entre o beijo. O peguei no colo e andei até à parede mais próxima, o prensando contra ela. Ele arranhava minhas costas por cima da camisa, enquanto gemia baixinho. O falta de ar se fez presente e nós separamos nossas bocas. Ele distribuía selinhos pelo meu rosto e eu acariciava sua cintura o colocando no chão. Nós dois sabíamos que não poderíamos fazer nada por enquanto, só quando eu me mudasse, para não correr nenhum risco.
Descemos até o primeiro andar de mãos dadas e encontramos nossos pais conversando na sala. Carla nos chamou e mostrou a piscina que brilhava com uma luz verde.
Nos despedimos de Carla e fomos cada um para sua casa. Nagisa e os pais foram para a casa deles e os meus e eu fomos para nossa casa.
Acordei cedo no outro dia, me troquei, tomei café da manhã com meus pais e fui para a escola. Encontrei Chag, Sophie e Kayano no portão do colégio. Contei a eles sobre a casa que meus pais compraram para mim e eles ficaram mega felizes, e eu disse que no fim-de-semana eu os levava lá. Mas o que eu achei estranho foi que Nagisa não estar com os outros lá, mas quem sabe ele apenas não se atrasou né?
Não, ele não se atrasou, ele simplesmente não apareceu no colégio hoje e isso estava me preocupando. Kayano disse que talvez ele tenha ficado doente, então nós quatro decidimos ir até sua casa para ver se ele estava bem.
Nós saímos do colégio e fomos direto à casa do Nagisa, mas uns metros antes de chegarmos lá avistamos dois carros da polícia, além do carro dos meus pais e isso me deixou ainda mais preocupado. Corremos até lá e vimos a mãe se Nagisa aos prantos sendo amparada pela minha mãe que se encontrava no mesmo estado que a amiga.
-Mãe, o que aconteceu? Por quê vocês estão chorando? E por quê caralhos a polícia está aqui? – Pergunto, encarando todos os presentes na sala, sendo seguido pelos outros três que estavam comigo.
-M-meu amor... senta, por favor. – Pediu minha mãe, ainda chorando.
-Não, muito obrigada. Eu estou bem em pé. Agora, o que está acontecendo? – Pergunto novamente.
-Q-querido... o Nagisa ele...
-Ele o quê mãe? – Pergunto entrando em desespero.
-E-ele foi... sequestrado. – Respondeu ela, voltando a chorar, mas desta vez sendo consolada pelo meu pai.
Mas, o mais importante... como assim ele foi... sequestrado?!?
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Amor Incondicional
FanfictionKarma é um adolescente normal, como todos os outros... ou ao menos seria, se não fosse apaixonado pelo seu melhor amigo.