Parte III: Por que o céu há de chorar.

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À noite, a pequena folha encolhia-se ao frio. Sentia o sereno escorrer dentre sua textura irregular. Ao raiar do sol, caiu uma garoa. Quieta e encolhida, observava as irmãs bailarem e cantarolarem ao passar do vento e o cair das pequenas gotas d'água.

Geladas gotas d'água, balançavam-na de um lado ao outro, desajeitada e indefesa. As irmãs deslumbravam-na ironicamente; ela sem o que fazer encolhia-se envergonhada. Ao passar da garoa, o céu se abriu em luz. Os pássaros cantarolavam sobre os galhos.

- Ó irmã – Falou para a folha ao lado – Por que o céu há de chorar para nós?

- Pergunta tola, calo-me à esta sua miserável inocência. – Respondeu-lhe friamente a folha.

A pequena folha permaneceu calada pelo resto da manhã. Ao cair da tarde, cá vinha desajeitada e rastejante a lagarta.

- Venha cá doce amiga – Gritou para a lagarta.

- Diga minha amável e suculenta folhinha.

- Por que o céu chora por nós?

- Que pergunta tola, óbvio que ele chora és por ti e esta sua doce e suculenta graça. – Respondeu a lagarta.

Feliz ponta a ponta a pequena folha despediu-se da lagarta.

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⏰ Última atualização: Apr 08, 2018 ⏰

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