Preso

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Edson começa a pensar em o que vai fazer e, mesmo ele estando nervoso, um sorriso não sai do rosto dele. Ele se pergunta porque está com aquele sorriso, mas depois de alguns minutos ele para de se sentir nervoso e começa a ficar normal.

O carro se abre dentro da instalação, os guardas olham para o Edson e vêem ele com um sorriso bobo no rosto e desconfiam.

Ei moleque, o que você tá tramando ai?

Eu? Nada. Só me senti feliz do nada.

Edson dá uma pequena gargalhada.

Aí, cara, não sei porquê, mas não consigo me sentir com medo agora. Eai podemos ir?

Os guardas se olham, um deles manda um rádio falando que eles já tinham chego sem problemas aparentes e que iriam nos levar para a recepção. Um dos guardas coloca uma algema em edson e nos outros 3 dentro do carro e começa a levá-los pela prisão. Dois guardas andam na frente guiando os presos e dois guardas atrás de edson para prevenir que eles não surtem e tentem escapar. Eles passam pelo local de descanso dos presos. Alguns eram bem fortes e estavam malhando, os mais magricelos estavam deitados no canto, jogando ou até mesmo conversando, mas todos tinham uma coisa em comum. Uma pulseira preta no braço esquerdo. Alguns mais fortes tinham de 2 a 3 pulseiras no máximo.

Ei, guarda! O que aquelas pulseiras fazem?

O guarda sem olhar para trás responde grosseiramente:

Você por acaso acha que eu sou uma babá? Não tenho motivos para te responder nada. Agora fique calado e continue a andar.

Ok!

Edson, com seu sorriso bobo, continua a seguir o guarda. Eles passam por algumas centenas de outros guardas pelo caminho e entram em um prédio dentro que aparenta ter só 3 andares contando com o terraço. Entrando lá, Edson vê muito mais guardas e até alguns médicos. Alguns médicos estão levando alguns presos para algumas salas, outros carregam coisas pelo local. O guarda chega na recepção e fala com uma mulher loira que o atende, ela aparenta ser uma presa também já que ela também tem uma pulseira.

Eu vou acompanhar vocês até a sala da Dra. lamia.

Uma Secretária guia os guardas até a sala da Dra. eles passam por alguns laboratórios e Edson fica impressionado por ter mais coisas que no laboratório da júlia. Edson para por alguns segundo para olhar para dentro do laboratório, mas um dos guardas o para com uma porrada na cabeça o fazendo bater no chão.

Ai! Que porra foi essa cara?

Quem te deu ordens para parar de andar?

Eu só fui olhar o laboratório.

Edson é chutado e mandado a levantar. Ele fica com um pouco de raiva, mas nada se compara à raiva que ele ficou antes. Ele fica pensando o que irá fazer, mas depois de alguns segundos passa a olhar em volta com um sorriso descontraído no rosto. Eles andam por alguns minutos até chegarem à uma sala onde a Dra. estava sentada em sua cadeira virada para a janela atrás dela.

Com licença, Dra. Lamia, esses são os novos prisioneiros.

Obrigada, eu vou me apresentar agora. Podem esperar lá fora enquanto eu tenho uma pequena palavrinha com os prisioneiros agora.

Sim, senhora!

Os guardas se retiram da sala enquanto a Doutora se vira e levanta da cadeira começando a retirar as algemas dos presos.

Eu me chamo Doutora Lamia Crow. Sou a chefe geral dessa instalação. Eu já tenho a ficha de cada um de vocês e sei os motivos, objetivos e capacidades de cada um.

A Dra. lamia Crow veste um jaleco grande que quase se transforma em um vestido, usa um par de luvas brancas para esconder a mãos, tem um cabelo bagunçado com uma faixa totalmente branca no meio, seu olho esquerdo é de um azul bem claro enquanto o direito é coberto por um tapa-olho em formato de flor negra.

Um dos presos esticando o pulso e vira para Dra. Crow com um olhar meio ameaçador enquanto ela está de costas para ele.

Dra. Crow, o que você faz aqui? Por que tantos laboratórios? isso não é uma prisão?

A doutora com uma cara serena responde a ele calmamente enquanto vai em direção à mesa dela.

Esses laboratórios são para testes com alguns presos, por que? Está com medo?

Edson dá uma pequena risada e é surpreendido pelo olhar sério da Dra.

De que você está rindo?

Edson toma um susto com a mudança súbita do olhar da diretora.

N-nada não. É que eu achei engraçado o que você falou.

A diretora pega algumas papeladas na mesa dela.

Qual é seu nome?

Edson.

Ela olha por uns minutos algumas folhas até pegar uma e começar a ler. 10 segundos depois ela coloca o papel na mesa de volta.

Então é como dizem. Você é idiota até em momentos de perigo. Não achei que você fosse tão rebelde a esse ponto. Quem te deu o direito de rir de algo aqui? Tá achando que isso aqui é brincadeira?

Não. Eu não acho nada disso. É que eu fico rindo muito facilmente.

CALADO. EU FALEI PARA VOCÊ ME RESPONDER? QUANDO EU QUISER QUE UM ANIMAL FALE COMIGO EU VOU AO ZOOLÓGICO.

Edson fica de cabeça baixa por alguns segundo em silêncio, mas após alguns segundos Edson começa a tremer em pé. A Doutora abre um sorriso grande mostrando um pouco dos seus dentes.

Bom é assim que eu gosto,Vocês iram me obdecer a todo custo,quando eu falo uma coisa você obedece sem questionar,não quero ninguém rindo aqui, em nenhum momento,se eu ver alguém rindo que nem ele irá receber uma punição.

Edson ainda de cabeça baixa, tremendo um pouco, levanta o braço e fala com a voz meio travada

HA-D-Dra Lâmina, Q-Que tipo de punição e essa ?

Edson fica fazendo alguns grunhidos e a Dra. Lamia olha para Edson com uma cara meio desconfiada. Ela começa a andar em direção ao Edson.

O que você está murmurando ai?

Edson de cabeça e braço abaixados e coloca as mãos na frente do rosto.

N-Nada senhora.

A doutora começa a ficar irritada.

Levante sua cabeça!

Edson relutante, mas responde rapidamente.

N-Não Vai dar não senhora.

A Dra. com ódio levanta o rosto de Edson na marra fazendo-o tirar os pés do chão. Ela o levanta tão alto que faz com que as mangas do jaleco escorreguem um pouco, mostrando os antebraços dela. Eles pareciam ser compostos pelos dois ossos que ligam o pulso ao cotovelo, os ligamentos do pulso são feitos por uma espécie de linhas negras grossas como uma raiz.

A Dra. nota Edson com um imenso sorriso no rosto e, quando nota que as mangas da blusa haviam caído, ela solta Edson no chão. Ele se encolhe no chão para esconder o rosto e começar a rir descontroladamente.

A Dra. vai para a cadeira dela e chama os guarda para que levem eles para suas celas.

Edson é arrastado pelo corredor até chegar na cela dele. Todos podiam ouvir Edson rindo. Qualquer um com um pouco de audição conseguia ouvir ele rindo. Alguns segundos depois eles chegam nas celas e passam por alguns presos no caminho. Edson, ainda meio risonho, anda até a cama dele e quando ele chega lá ele vê outra pessoa na cama de baixo. Edson continua a rir um pouco e após alguns segundo em pé olhando para as camas ele para de rir.

Eai, a cama de baixo é sua né?

Uma voz masculina fala com um pouco de preguiça pra responder

Se eu estou deitado nela, o que você acha?

Sei lá, vai que você só quer fazer charme.

Ele se vira e começa a dormir sem mais nem menos. Edson sobe na cama e tenta descansar para se preparar para o próximo dia.

Caça: A Historia de uma ruína.Onde histórias criam vida. Descubra agora