Capítulo V - O comunicado

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Após algumas orientações ofertadas pela Sr

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Após algumas orientações ofertadas pela Sr. Loover, e alguns agradecimentos também, Catherine finalmente assumiu o novo cargo que ansiava. Diariamente, perdia-se em contas deliciosamente desafiadoras, buscando de alguma forma cooperar para a prosperidade do local ao qual era acolhida. Em realidade, depois de Olivia (e seu pai, é claro) aquela era a primeira vez em que sentia-se agraciada pela benevolência de outra pessoa.

Desde que perdera a mãe, Catherine havia se tornado tão independente que não se recordava da última vez que necessitou do auxílio de outra pessoa. Sempre buscava resolver-se com autonomia e ter o controle de suas atitudes. De certa forma, isto era bom. Apesar da noção de solidão por vezes a assombrar, ela sabia que saber "virar-se" neste mundo era uma boa qualidade. E, além disso, sentia-se plenamente orgulhosa ao ver por inúmeras vezes Olivia pedir-lhe conselhos e auxílios. Era como se, apesar de Olívia ser a mais velha, Catherine fosse sua protetora.

Fosse...

Todo e qualquer termo que referia-se a Olivia era conjugado como passado agora. Estes golpes de consciência sempre faziam Catherine deixar a caneta e as anotações alguns instantes. Algumas vezes rumava para a janela do delicado escritório doméstico, disposto para seus afazeres, e observava as verdes e extensas terras da propriedade até sua respiração voltar a normalizar-se e seus olhos secarem.

E lá ia ela novamente, retornar ao incessante e grato afazer.

Duas semanas depois, acreditava já ter-se até mesmo integrado a uma nova rotina, feliz em perceber a forma como agradava á Sra. Loover seu auxílio na administração da casa.

Quanto ao Lorde Griffinwood, este havia viajado para tratar de negócios referentes às suas propriedades mais afastadas há vários dias, sendo impossível para Catherine desvendar se gostaria ou não do trabalho por ela realizado que encontraria ao chegar.

- Não sabe o quanto me faz feliz, menina! - A governanta felicitava-a a cada entrega de registros prontinhos do administrador. - Não fazer as contas já é maravilhoso, mas não ter que ver a face do rabugento Sr. Hunter... Oh, é estupendo! - Brincava com certo exagero.

- Considero-o muito gentil, senhora Loover, já lhe disse. - Catherine não conseguia deixar e rir um pouco do exagero da senhora.

- Ora, Catherine... E como ele seria tolo de não ser com você?

- Eu não a entendo... - O cenho de Catherine era de plena incompreensão.

- Pensa que escapou ao Sr. Hunter que a senhorita é graciosa e solteira? Olhe para si... Que bela pele jovem... Que lindos cabelos negros... Ele deveria ser mais tolo do que eu o julgo se a deixasse sem suas gentilezas.

Os olhos esverdeados de Catherine contrastaram imensamente com o rubor de suas bochechas.

- Oh, Sra. Loover! Não diga uma coisa destas... Tenho completa certeza de que o administrador desta propriedade só e gentil comigo porque sou eu quem faço-lhe as contas necessárias para seu trabalho... - Buscou explanar, sentando-se por fim em uma banqueta da cozinha.

Protegida - Série "As irmãs Moore" Livro 1. [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora