Capítulo Único: Sober

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Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Eu voltei hoje com mais uma fic do meu OTP supremo amores da minha vida Korn e Knock. Para se situarem, o enredo da história gira em torno da primeira vez de Korn e Knock no dorama, logo no primeiro episódio.

Espero que gostemm!


Sober

By: Sr. Artie

Capítulo Único

Parecia uma piada de mal gosto. Talvez realmente fosse. O destino estava brincando com ele de forma tão imprudente e imatura que se perguntava onde aquilo tudo terminaria.

Aquele dia, apesar de atípico, não teve acontecimentos anormais. Os eventos ocorridos se desdobraram ao longo tempo sem que Korn desconfiasse de absolutamente nada, até o momento em que se viu preso em um impasse – indeciso sobre dar ou não um passo adiante na oportunidade que surgiu para si.

Estavam Knock e ele sentados na mesa do bar, e seriam apenas os dois a noite toda ali, bebendo e comendo, despreocupados quanto ao que acontecia ao entorno, não fossem aquelas duas meninas que pediram para se juntarem a eles. O seu amigo de infância, afoito, não pensou duas vezes antes de afirmar positivamente.

A dupla de amigos tornou-se então um quarteto. Mais bebida, mais comida. Em alguma hora, o dono do estabelecimento os expulsou para fechar o local. Contudo, aquele grupo não queria parar com a diversão. Korn sugeriu que continuassem na casa dele.

Foi ali, na casa dele, que tudo começou a sair dos eixos. Os quatro alcoolizados estavam brincando com cartas de baralho: aquele que tirasse o Reis deveria decidir uma prenda para que dois números sorteados cumprissem.

Numa certa rodada, Korn pegou o reis. "Número 2 e número 3, beijo!". Essa foi a sua ordem. Os números escolhidos pertenciam às duas amigas que tinham se juntado a eles. As meninas relutaram, fizeram um pouco de encenação, mas no fim beijaram-se.

Carma é uma vadia, e ninguém poderia dizer que não. Exatamente na rodada seguinte, uma das garotas tirou o reis, e imitando o jogador da parada anterior, disse: "Número 2 e número 3, beijo!". Entretanto, dessa vez os números tinham como donos os dois garotos.

Aquele era o impasse de Korn.

Estava indeciso sobre beijar o rapaz ao seu lado ou apenas manter a pose de hétero. Ele não possuía dúvidas sobre a sua sexualidade, longe disso; sabia que era gay. Contudo, ainda não assumido. Sua família extremamente rígida não o aceitaria. Apesar disso, Korn desejava beijar Knock desde o momento que o reencontrou.

Só que ele sabia a orientação sexual do seu amigo de infância. O rapaz não sentia atração por homens, e o desgosto explícito no rosto dele ao perceber que teria que beijar um homem deixava isso bem claro.

Korn manteve-se calado, observando aquele que deveria beijar resistir fervorosamente em pagar a prenda. Em contrapartida, as meninas eufóricas gritavam pedindo para que se beijassem logo.

Divagou um pouco mais o sobre beco sem saída em que estava preso e chegou a uma decisão. Colocou a sua melhor máscara de mentiroso, e fazendo pouco caso – embora não estivesse –, puxou o rapaz pelo pescoço, selando seus lábios. As bocas ficaram unidas por poucos segundos, até que o outro afastou-se, fazendo careta. Como se desejasse lavar o gosto que o beijo deixou em sua boca, Knock virou uma dose de vodca, enquanto Korn mantinha um sorriso leve nos lábios.

A noite e a bebedeira decorreram depois desse momento ímpar sem mais nenhuma ocasião de significância.

Em alguma hora caíram no sono, lado a lado, tão alheios ao mundo à sua volta que não perceberam que as duas garotas com quem beberam alegremente os roubavam dinheiro.

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