Capítulo 1

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Laura

Acordo bem cedo, porque não tem nada melhor que correr em pleno amanhecer, sentir aquela brisa maravilhosa do mar, som dos pássaros logo, o vento a bater-te no rosto, e a melhor parte que é ver pessoas conhecidas como desconhecidas partilhar da mesma sensação.

Logo que levanto-me da cama, vou diretamente para o banheiro e lá faço a minha higiene matinal, depois de lá sair volto para o quarto e ponho o meu fato olímpico favorito, pego nos meus fones de ouvido e desço devagarinho para não acordar os meus pais e saio para a minha adorada corrida. Passado meia hora a correr, decido dar uma passada em uma lanchonete para tomar um café, e acabo por encontrar o Luís
—Laurinha meu amor—diz o Luís me dando em seguida um beijo na bochecha

—Já disse que não sou teu amor, mas sim teu docinho— repreendo-o fingindo uma cara de raivoso que logo se desfaz para um sorriso

—Se casasses comigo nada disso estaria a acontecer— diz ele e eu logo sou-lhe um morro

—Au! Estás a ficar mesmo forte, docinho—ele faz becinho

—Por causa da tua ousadia— digo-lhe e ele faz cara de anjo— Mas infelizmente é impossível resistir ao teu pequeno charme, aposto que a Márcia deve estar a ter um daqueles sonhos eróticos contigo— digo e ele faz cara de nojo

—Posso até ser "aputarado", mas me rebaixar com aquela "menina" nunca!

—Podes até ter uma ideia sobre ela hoje, mas quem sabe não vão acabar juntos ein?

—Tu sabes que só tenho olhos para uma mulher— ele diz eu eu logo désvio o olhar

—Tu sabes que comigo não terás nada além de amizade, e agora que penso nisso lembrei que tenho ainda nem me sentei para fazer o meu pedido

— Eu como já terminei o café vou andado, nos vemos mais tarde. E a princípio vais para o jantar do Mateus?

—Já tenho planos, mas de qualquer das formas mana um beijinho para ele e diz que depois ligo-lhe.

Depois que o Luís se foi pode enfim tomar o meu café em paz, não é como se eu não gostasse dele ou da companhia dele, mas o problema é que Luís e eu namoramos durante três anos e a nossa relação não foi lá coisa boa não, entretanto ele sempre insistia e insistia para que tentássemos, mas chega um momento em que já não dá mesmo e eu acabei com ele mesmo ele achando que ainda me terá.

Logo que saí da lanchonete, fui diretamente para casa e quando cheguei encontrei todos sentados à mesa

—Bom dia, pai!— dei-lhe um beijo da careca —Bom dia mãe— dei-lhe um beijo bem demorado também

—Bom dia, filha— responderam em quase um coro

— Como é que te podes esquecer do teu lindíssimo e querido irmão, ein?— Justin reclama e logo vira a cara como quem quer fazer birra

-Sabes que nunca me esqueceria de ti, meu maninho lindo e sexy— e logo enchi-lhe de beijos

—Chega, chega...estás toda suada

—Que belo irmão eu tenho—digo —mãe precisamos trocar esse menino

—Boa sorte na tentativa mal sucedida

—Justin, coma a almote antes que esfrie, e tu Laura não vais comer nada?- perguntou a mãe

—Não estou com fome mãe, antes de cá vir passei em uma lanchonete e aproveitei tomar um café o que já é mais do que o suficiente

—Ainda mais minha filha, tens de te alimentar, tu és a ficar muito magrinha, come pelo menos um pouquinho— a mamãe diz e não tenho como negar aquela senhora linda

—Só a fruta—digo e me sento na mesa. E logo ouço uma risada do Justin, então lhe dou um morro e logo se cala.

Depois de ser obrigada a comer quase que uma grande refeição, vou para o meu quarto, tomo um banho rápido, visto umas roupas confortáveis, pego alguns livros para as minhas pessoinhas metendo-os numa sacola e então saio do quarto, pego nas chaves do carro e vou despedir os meus pais

—Mãe, pai vou para o orfanato, então não contem comigo para o almoço

—Vai com Deus minha filha, e manda um beijo para aquelas maravilhosas do senhor-diz a minha mãe

—Será entregue, tchau

Assim que saio de casa, vou para a esquina onde se encontra o carro, entro e dou então partida para o meu lugar favorito.

Quando chego ao Orfanato Melina, Nana já vem ter comigo.

—Minha filha as crianças já estavam mesmo a perguntar por ti— ela diz me dando um daqueles abraços que apertados que só ela dá

—Vou fazer o tempo que terei com eles valer à pena

—És tão doce minha menina, é uma pena que não tenhas ainda encontrado o tal

—O homem certo chegará não tarda, se calhar chegará hoje mesmo— brinco com ela

— Se calhar minha menina linda...

—Vamos logo ter com as crianças que elas estão cheias de saudades-diz a Nana

Andamos pelo orfanato abraçadas, e assim que chegamos a sala onde as crianças passam o dia noto uma movimentação diferente, e quando olho para ver o que é... ou melhor quem, vejo um desconhecido olhar profundo sobre mim.

Caminhos para o coração Where stories live. Discover now