distance • kacchako •

distance

Bakugou nunca se importou com sentimentos, muito menos se o que fazia machucava alguém. Ele vivia por si mesmo e sempre seria assim, ele era suficiente.

Mas mesmo tendo certeza de sua convicção, ele nem por um segundo deixou de pensar na expressão triste que Ochako fazia ao vê-lo. Ele sabia que sua companhia não era agradável, ele não queria que fosse.
Porém mesmo assim, queria que ela o desse um daqueles belos sorrisos, tão brilhantes como o sol do meio dia.

Não que Bakugou reparasse neles, obviamente não. Bakugou só reparava na matéria que o professor explicava, e assim devia ser.

Mas Uraraka não se importava realmente em aprender sobre o uso das transformações químicas, ela sempre preferia, por alguma brincadeira do destino, olhar para os olhos vermelhos e intensos de bakugou exatamente nas horas que eles estavam focados em sua boca.

Sempre que aquilo ocorria os dois sentiam borboletas voando por seus estômagos, os pelos da nuca se arrepiarem automaticamente e claro, a intensa corrente emocional que os cruzava.

Mas Ochako sabia que nunca poderia ser assim, Bakugou nunca iria se importar com nada além dele mesmo. Entretanto não importava quantas vezes ela repetia isso em sua mente, era sempre nele que pensava quando ia para o mundo da lua. O modo agressivo deveria assusta- lá, mas ela conseguia ver além e Bakugou sabia disso.

Ele não queria alguém para quebrar suas muralhas e ela não precisava de alguém para quebrar seu coração.