Guardiã Negra

Capitulo 1: Desespero

Estou no chão deitada vendo vários anjos e demônios caídos em minha frente e minhas asas estão quebradas, e eu não conseguia me levantar, estava fraca demais, e só via minha mãe também caída, inconsciente eu queria ajuda-la mais não conseguia, pelo menos tinha conseguido acabar com meu padrasto, mais isso não é coisa de um verdadeiro anjo da luz, mais a maioria deles estavam caídos e machucados, e toda aquela destruição em volta, quem dera eu poderia voltar no tempo.

12 de julho de 2015, mais um dia idiota da minha vida, hoje só pra ajudar eu tenho uma prova maldita e uma consulta com o orientador da minha escola, ai como eu odeio isso, não quero dividir meus problemas com ninguém, só eu devo saber deles e suporta-los já é difícil imagina dividi-los com qualquer um , mas essa é minha vida aturando tudo ao máximo, e fazendo de tudo pra continuar viva, afinal tenho três irmãos pra criar e proteger, uma mãe idiota que se chama Ana que aceita apanha de um gay que não saiu do armário que é meu padrasto Angelo, mais ela que gosta de apanhar, eu já denunciei ele quatro vezes pra policia mas ela sempre nega e diz que eu sou louca e da ultima vez eu provei mostrando as feridas dela e liberaram o mesmo e ela voltou pra ele, por mais duro que seja ouvir os gritos dela, tenho que segurar minha raiva, tenho que concentrar nos meus irmãos Alex o mais velho, agradável e inteligente com 14 anos, Leonardo o pestinha sempre aprontando com 12 anos e por ultimo o bebe da casa, Daniel com seis anos, meu meio irmão, e meu pai Guilherme um soldado há oito anos falecido, lutou com bravura e honrou seu próprio nome eu gostaria de ser como ele um dia.

Desço para preparar o café Alex esta preparando cereal para Daniel, e eu começo a fazer as toradas para mim e para Leonardo,quando todos terminam minha mãe desce com os braços machucados e chorando tentando disfarçar a dor,e vai com meu padrasto comer, arrumo meu material e ajudo meus irmãos com os materiais deles e coloco-os no ônibus e vou ao meu após todos já terem ido e como sempre fico sozinha.

Ao chegar à sala de aula, o professor entregou as provas e eu comecei a ler e responder, felizmente estava fácil, mas também eu fiquei a madrugada inteira estudando, durante o intervalo todo mundo conversando e fazendo bagunça enquanto eu ficava lendo meu livro, e ouvindo minhas musicas com o celular. Ao tocar o sinal, o professor avisa que hoje iremos ter uma aula a menos por causa do tempo com o orientador e que assim que acabássemos a lição era para entregar e ir à fila para falar com ele, eu já havia tentado fugir várias vezes mas nunca deu certo então agora eu devo encarar.

Na hora da saída, eu entreguei minha lição e fui para corredor falar com o orientador Marcos,ele estava me esperando eu fui a ultima a sair:

-Olá Lana como você esta? - disse Marcos com um sorriso no rosto.

-Estou levando como sempre- Eu disse.

- Que tal começarmos de onde paramos? Na ultima vez que seu padrasto gritou com sua mãe - Disse Marcos.

- Ele a pegou pelo braço e bateu nela, eu já disse isso eu não sou cega nem louca como você pensa eu vi eu vejo todos os dias mais ela é idiota e deixa ele bater nela - Respondi quase gritando.

-Lana, eu não acho que você seja louca, eu acredito em você, eu sou seu vizinho lembra? Mas o que agente pode fazer se sua mãe nega e a policia o libera? Nós temos que arrumar provas, e  mesmo assim ainda podem soltar ele se sua mãe não registrar queixa - Disse ele tentando provavelmente me acalmar.

-Nada. - Eu disse olhando para chão.

-Agora você deve se concentrar nos seus irmãos como eu já disse- Disse Marcos.

-Eu sei. -Respondi ainda olhando para chão.

-Bem, mesmo com tudo isso lembre-se que sempre poderá confiar em mim, mas agora, como você demorou mocinha, acabou nosso tempo você já pode ir-Disse Marcos.

- Obrigado-Eu respondi enquanto o abraçava e ia embora.

Chegando em casa, não ouço nada só silencio, quando vou pro meu quarto,ouço choro, do Daniel e o Alex tentando acalma-lo e entro no quarto, e vejo-os chorando desesperados e eu começo a ficar assustada também e pegunto:

-Onde esta o Leo?

- Nosso padrasto o levou e ele bateu demais na mamãe - Disse Daniel chorando.

-Eu vou atrás dele e vocês não vão sair daqui ouviram?

- Ta bom - disseram Alex e Daniel.

Fui olhando a casa fui para a cozinha e peguei uma faca e fui ao cofre do meu pai onde ele guardava uma arma, me lembro do dia que ele me mostrou a mesma, eu tinha 06 anos, isso aconteceu alguns meses antes de ele morrer, meu pai me deu a chave do cofre e disse para eu usar só em ultimo caso, e acho que essa era a hora de eu usa-la.

Peguei a arma e subi até o quarto da minha mãe no terceiro andar abri a porta e ela estava na cama que estava cheia de sangue, eu entrei em desespero, fiz de tudo pra tentar acorda-la mais não conseguia fui tentar sentir seu pulso mais não havia nada, ela estava morta, e eu só conseguia chorar, e me perguntar por que ela não me ouviu, mas já era tarde demais para salva-la e então tranquei a porta, e fui procurar meu irmão e pude ouvir  gemidos de dor, no quarto de hospedes, então abri a porta e meu padrasto me viu e meu irmão estava com ele, sem roupa e chorando, perdido, desesperado, ele havia abusado do meu irmão e matado minha mãe, naquele momento uma fúria incontrolável tomou conta do meu ser,  eu apontei a arma na cabeça do meu padrasto e mandei-o largar meu irmão ou ele iria morrer ali, ele soltou meu irmão e deixou-o ir, e na mesma hora pegou uma arma e partiu pra cima de mim tentando me sufocar até que eu peguei a faca e enfiei na perna dele enquanto ficava sem folego, ele caiu no chão manco e eu peguei as duas armas e atirei nele duas vezes quatro balas e ele morreu na mesmo hora.

Meu vizinho que havia chego lá, ligou para a policia assim que viu minha mãe morta foi atras de mim e me viu com duas armas na mão e viu meu padrasto morto e me tirou dali no mesmo momento,eu abracei meus irmãos e vi que nós quatro meu vizinho e todos da vizinhança estávamos em completo e total desespero.