Caminhei em direção a sala e como eu esperava você estava lá.
Com a cabeça na classe e os fones no ouvido, você nem percebeu minha presença.
Sentei na cadeira ao lado e fiquei te observando.
"O que eu fiz?" era o que eu me perguntava todos os dias.
Desde daquele dia...espera!
Você lembra daquele dia ou esqueceu isso também?
O dia que você me tratou mal do dia pra noite, como a água e o vinho que a bíblia fala que Jesus transformou.
De uma coisa clara você se tornou escura.
Não te culpo.
Não quero que pense que eu estou aqui porque quero.
Estou aqui porque meu coração quer.
Minha razão está pra fora dessa sala.
Aqui, apenas habita meu coração e meu emocional, falando mais alto como sempre.
Ela, a razão, falou que eu não deveria conversar com você.
Mas
fazer o que
se isso é meu ponto fraco?Eu viciei nas suas palavras
No modo como você as escrevia
Nos seus pensamentos.
Ah, eu amava eles.Eu ainda amo.
Eu não vejo motivos para isso.
Tem alguma razão?
Você tem motivos pra isso?
Me fale!
Eu preciso saber quais são.
Eu tentei te entender
O problema foi que você não conseguiu me compreender.
Você disse que não, teimosia da sua parte dizer que está tudo bem quando não está.
Mania chata essa sua.
Não me fale o contrário do que pensa
.
Joga as cartas na mesa, baby.Eu decido o que fazer depois.
Você já deveria saber que mamãe não vai estar sempre aqui pra te defender.
Mostra as garras.
Cadê sua força agora?
Ontem mesmo você disse, após um copo da bebida que aquele barzinho serve nas quartas, você disse que se arrepende de estar arrependido.
Eu não entendi nada no momento.
Mas depois eu entendi que, o que aconteceu naquela cidadese foi com o vento.