Como Ter o Seu Perdão?

CAPÍTULO - 02

No momento em que estou descendo os degraus da escada, ouço uma conversa entre meus pais vindo da sala, onde falam sobre um jantar na casa dos Almeida, e sinceramente não faço questão alguma de ir nesse jantar. Quando penso em retornar para meu quarto, sem que ninguém perceba, vejo que é tarde demais no momento em que ouço a voz de minha mãe me chamando. Não vai ter como fugir dessa conversa. Paraliso no pé da escada e escuto uma reclamação de dona Raquel.

--- Eros Roberto!! Não tente fugir. - como se fosse possível escapar de minha mãe. --- venha aqui garoto. - com este tom ameaçador, me direciono para a sala.

--- Já ouvi tudo e não estou afim de ir nesse jantar, principalmente sendo na casa dos Almeida. - o olhar de minha mãe é mortal. --- nem me olha assim, eles são extremamente chatos, só de pensar em ficar algumas horas na presença deles já me dar dor de cabeça.

--- Não podemos deixar de ir nesse jantar, fomos convidados a 1 mês atrás. Ah e mais, exigiram sua presença. - isso é coisa da Virgínia. --- Eu também não suporto ficar muito tempo na presença deles, porém nos conhecemos á anos e seria muito feio essa desfeita.

--- Até porque a Virgínia iria inventar qualquer coisa para justificar a nossa ausência, até porque ela é uma fofoqueira Master, fala da cidade toda, mais como ela faz parte de uma das famílias tradicionais da cidade, por respeito ninguém diz umas boas verdades para ela. Prometo não demorarmos, até porque eu também não quero. - mamãe fala isso porque a última palavra que prevalece é a dela.

--- Ok,  não tem outra alternativa então vamos. Que dia é mesmo a tortura? - falo e meu pai começa a rir. --- Espero que não seja no final de semana, já tenho compromisso.

--- Será na quarta - feira não irá atrapalhar seus planos. - me lança aquele olhar de que já sabe o que vou fazer. --- Mudando de assunto onde está sua irmã? Que cheguei mais cedo e ainda não á encontrei pela casa.

--- Ela se arrumou e disse que iria sair, para a casa de uma amiga.

--- Já sei onde ela está, na casa da Ana. Você deve lembrar dela, vivia aqui em casa, é um doce de menina, também tem a Gabi outra amiga dela. - me recordo de 3 criaturas correndo no jardim. --- Ela é a neta de dona Izabel e seu Augusto, deles você lembra tenho certeza.

--- Sim, como não lembrar deles são pessoas maravilhosas. As meninas eu lembro vagamente, mais não sei se reconheceria agora. - me pego pensando em alguns anos atrás quando seu Augusto arrumava a minha bicicleta, e também dos bolos de dona Izabel, bons tempos, sou disperso dos meus pensamentos com minha mãe me chamando.

--- Acorda menino, para de sonhar em pé. Quero que vá buscar sua irmã na casa deles, lembra onde fica ainda? - confirmo com a cabeça, e ela continua. --- Já está na hora dessa menina vim pra casa, olha são 19:00 horas. - minha mãe fica resmungando.

--- Aquela menina quando sai pra casa das amigas esquece que tem casa, parece que tem a cabeça na lua. - fala seu Alexandre apenas para não contrariar mamãe. A Mariana sempre conseguia convencer ele à fazer tudo que ela queria, pelo que estou vendo até hoje ela  faz isso.

--- Estou de saída, pai pode me emprestar seu carro, o meu está na oficina problema no motor.

--- Tudo bem - me joga a chave e sobe as escadas junto com a mamãe. Enquanto isso mando uma mensagem para a Mariana avisando que irei busca - lá, recebo sua resposta instantaneamente com um OK.

(.....)

Quando chego na frente da casa, apenas buzino. Penso melhor e decido descer para comprimenta-los, mesmo sabendo que sei dona Izabel irá nos chamar para jantar, e apesar da comida dela ser uma delícia não poderemos ficar. A questão é que minha mãe nos espera para jantar e hoje foi ela que preparou. Minha mãe adora cozinhar pra família, ela cozinha uma vez por semana, desde quando eu era criança ela faz isso, é sagrado, não tem um dia certo, quando ela quer ela faz. Então não quero confusão com dona Raquel. Bato na porta e sou recebido por um sorriso de dona Izabel.