Capítulo 4

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Durante todas as aulas Josh não se comunicou comigo, ele simplesmente nem olhou para trás, eu o cutucava perguntando algumas coisas e ele me ignorava absurdamente, que cretino!

O sinal para o intervalo bateu, e todos saíram da sala, como eu já estava brava e indignada, apenas fechei meu caderno com força e comecei a caminhar para fora da sala.

Ele simplesmente me ignora, tudo bem, eu o conheci hoje, mas ele deveria me ajudar. Droga, eu nem sei onde fica o refeitório. Passei as mãos pelo rosto, e fui seguindo algumas pessoas.

  — Que ridículo — Comecei a resmungar — Nem para me procurar — falei indignada.

  — Opa. — Acabo por esbarrar em alguém, com tudo...

Com o baque vou para trás com tudo, mas consigo me estabilizar e não cair no chão, quando me recupero, me preparo para insultar de todas as maneira essa pessoa desatenta.

— Vê se... —   Quando levanto meu olhar, encontro o dele assustado.

  — Me desculpe — Fala se aproximando de mim, fazendo com que eu dê um passo para trás. — Eu sou muito desastrado mesmo, mas me desculpe — Ele pede juntando as mãos.

Eu franzo o cenho, um pouco confusa com a sua reação.

  — De verdade, eu tropecei no meu próprio pé a um tempo atrás — Falou se abaixando para pegar alguma coisa no chão — Isto é seu? — Perguntou me estendendo uma pelúcia, meu chaveiro de tigre que amarrei na mochila. O olhei ainda confusa — É? — voltou a perguntar, assenti inerte as minhas ações. Ele gargalhou, deu mais um passo em minha direção, mas não recuei dessa vez, e se aproximou de mim pegando minha mão a estendendo, em seguida colocou meu tigre de pelúcia nela. — Desculpe se te assustei... — Ele ia voltar a falar, mas resolvi tomar as rédeas, não posso sair daqui como uma boba que não conseguiu nem se expressar.

— Desculpado, Obrigada, é meu sim e desculpado de novo — Respondi suas perguntas de uma vez. — Só cuidado com seus pés e com as pessoas da próxima vez — Acabei por dar uma piscadela para ele.  Ele me olhou surpreso, talvez pelo fato de eu só ter respondido agora e dessa forma.

  — Como quiser tenente — Falou fazendo uma reverencia.

— Soldados fazem continência! — Falei voltando ao meu caminho, que nem eu sabia qual era

  — Reverencia militar...   — O rapaz deu uma corrida parando na minha frente.

 — Chamado continência — Revirei os olhos  — Pode me dar licença?  — Apontei para frente.

  — A sim, claro — Deu um passo para o lado. 

Voltei a andar, sem rumo e direção, poxa vida é mesmo... virei-me lentamente para trás, o rapaz continuava me olhando...

  — Não sabe onde fica o refeitório né? —  Fez uma careta.

Eu acabei rindo de mim mesma e soltando um "é" estrangulado.

— Vamos tenente — Falou caminhando em minha direção —vou lhe apresentar meu humilde quartel — Segurou-me pelo braço direito e saiu me arrastando, me fazendo revirar os olhos novamente, mas com um sorriso bobo nos lábios.

Como conquistar o BOY errado.Onde histórias criam vida. Descubra agora