As batidas do seu coração.

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(Avisinho: tayrone é como eu chamo o reverse dipper. ¯\_(ツ)_/¯)

 O dia dos namorados...uma data comemorativa idiota que somente serve para pessoas estúpidas e apaixonados ficarem agradando umas a outras além,é claro, de garotas cheias de hormônios encherem o meu armário de cartões cor de rosas em formatos de corações perfumados com frases vazias de declarações de amor sem cabimento.
 Realmente...eu odeio essa data. Um dos motivos do meu ódio podia ser visto agora com essas garotas retardadas me perseguindo em meio as lojas. Quando me virava para encara-las, elas saiam correndo ou se escondiam atrás de alguma coisa mas não eram rápidas o suficientes para que eu não as visse.
 Caminhava com calma enfrente as vitrines com decorações comemorativas: os corações vermelhos, cupidos e rosas tomavam contas das vitrines. Vez que outra parava para olhar algum artigo sem muito interesse.
 Deixei meus pensamentos vagar na tentativa de esquecer o incomodo que era essa data. Em meio a eles me veio a mente um lindo par de olhos azuis juntamente a o rosto de feições delicadas, a pele pálida e os cabelos azuis claros.
 Um demônio. Will Cipher para ser mais exato. Doce e meigo com o sentimental fraco o que o fazia chorar com frequência. Já fazia um tempo que vinha tendo um caso com essa criatura dócil e delicada mas não passava disso, apesar de eu sempre sempre aceitar as carícias em meus cabelos(coisa que não deixo ninguém fazer).
 Talvez dar algo a ele hoje seja uma boa ideia, afinal, eu o deixo dolorido por dias sem ele sequer poder reclamar mas...o que eu deveria dar? Normalmente, quando queria conquistar alguém para passar a noite, eu dava algo que a pessoa gostasse, o problema era que eu não sabia o que Will gostava.
 Eu gostava da companhia dele por causa do jeito silencioso e tímido que ele tem mas, por causa disso, eu não sei muito sobre ele.
 O que garotas normalmente gosta? Jantares românticos...mas ele não gosta de sair para lugares cheios de pessoas...
 O que Mabel ganha de seus admiradores secretos? Saltos, vestidos, saias, jóias... Nada que seja do gosto dele...
 Mas que inferno! Desse jeito vou demorar toda a minha existência! Eu poderia perguntar para ele mas dai deixaria de ser uma surpresa:
-Quem diria?! O grande Tayrone anti-social nos presenteando nesse dia dos namorados com sua humilde presença!
 Olhei para o lado encarando a loira que havia me tirado de meus pensamentos. Pacífica, junto a Gideon, estavam parados ao meu lado carregando sacolas de compras(provavelmente todas da loira). Iria ignora-los mas acabei por perguntar:
-Pacifica, o que gostaria de ganhar de dia dos namorados?
 A dupla ficou tão vermelha quanto as capas dos diários enquanto digeriam a pergunta:
-Tayrone! Você sabe que eu namoro a sua irmã! Além disso-
-Não é por isso que estou perguntando.
 Deu pra ver a confusão nas faces de ambos, revirei os olhos entediado com a lerdesa deles"acho que acabo de ficar alguns neurônios mais estúpido":
-Eu estou gostando de uma pessoa mas eu não sei o que dar para ela...
 Consegui falar sem expressão nenhuma mas por dentro eu estava morrendo por ter de depender daqueles idiotas com problemas mentais.
 Quando os encarei vi que ambos tentavam em vão segurar suas risadas mas não demorou para a maldita loira comessa-se a gargalhar:
-Quer saber?! Eu não deveria nem ter dado atenção para vocês! Se me dão licença eu tenho mais o que fazer!
 Senti a raiva me consumir enquanto me virava para seguir meu rumo:
-TAYRONE! ESPERA!
 Ela conseguiu me alcançar ainda limpando as lágrimas que escorriam pelos olhos:
-Desculpe! Mas é que não dá para sequer sonhar que um dia você estaria sem saber o que fazer para conquistar alguém...
-Você vai me ajudar ou não?
 Perguntei curto e grosso, um pouco menos irritado diga-se de passagem. Ela sorriu dócil:
-Sim, eu vou te ajudar! Você poderia dar um cartão...
-Simples demais.
Ela riu:
-Desculpa Sr.EuNãoPossoSerSimples...
-É que essa pessoa é muito importante para mim...
 Deixei escapar em um sussurro, não demorou para que eu nota-se a expressão de surpresa na face de ambos por minha revelação:
-Sei lá... Assim fica difícil! Você podia dar flores ou bombons do agrado da pessoa...
- Sim, claro,não sei como não pensei nisso antes...
-Espero ter ajudado.
-Obrigado. Acho melhor eu continuar o que vim fazer aqui.
 Nós despedimos e eu tomei meu rumo. Eu odiava falar com aqueles dois e minha irmã, eram idiotas de mais para o meu gosto.
 Sobre a ideia que ela deu...quem sabe bombons? Não...ele não precisa comer. Flores? Mas quais? É comum dar rosas vermelhas mas...ele se machucaria com os espinhos...com certeza nada de rosas! 
 Isso estava se tornando problemático...
 Uma gritaria me tirou de meus pensamentos.
 Vinha correndo em minha direção uma garota albina com uma pelúcia em mãos, atrás dela vinha um segurança um tanto quanto fora de forma mandando ela parar em nome da lei. Como se ela se importasse com a lei.
 Eu poderia para-la e ser um bom samaritano mas...eu não estava afim. Ela ia passar direto do meu lado, me virei para dar mais espaço para ela passar e assim ela fez, passou correndo em alta velocidade ao meu lado. O segurança quase desmaiou por falta de ar ao ver o quão rápido ela passou por mim, não que eu me importe se ele morrer por eu não ter a parado.
 Não demorou muito para que eu me arrependesse dos meus atos já que, quando passou por mim a praga albina tacou a pelúcia que segurava na minha cara. Por não esperar o impacto da coisa macia em minha face, acabei por me desequilibrar e cair direto para o chão.
 Cai sentado de forma vergonhosa...isso,é claro, se fosse outra pessoa. Já que era eu que tinha caído pode deletar a parte do "de forma vergonhosa".
 Consegui ver o momento que ela saltou agarrando uma escada de incêndio para subir pro segundo andar, obrigando,assim, que o guarda chamasse reforços.
 Vasculhei com o olhar a minha volta, procurando pela possível loja dona da pelúcia roubada não demorando para encontrá-la. Era uma loja grande que vendia somente bichos de pelúcia tendo sua vitrine lotada de ursos segurando corações vermelhos com declarações de amor bordadas em branco neles. Me levantei logo me dirigindo a loja para devolver o maldito brinquedo.
 Entrei e devolvi ao atendente no caixa:
- agradeço a sua bondade de devolve-lo, já deve ser a oitava vez só nessa semana que aquela garota faz isso!
 Reclamou o caixa indo devolver o objeto ao seu devido lugar. Ia sair daquele hospício de mine Pacíficas para voltar a minha busca quando deixo meu olhar recair sobre as pelúcias comemorativas dessa maldita data; talvez um urso fosse um bom presente para will: não tinha como ele se machucar, não era algo simples que ele guardaria em uma gaveta e esqueceria e era algo do agrado dele.
 Era isso! Daria uma pelúcia fofinha para ele! Mas...qual?
 Olhei para os ursos com corações vermelhos na vitrine, nos corações falsas palavras como eu te amo estavam bordadas; não. Só de pensar em dar isso eu já sinto vontade de vomitar o meu café da manhã todo.
 Muito meloso para o meu gosto. Melhor eu procurar por outra coisa...voltei a caminhar até me deparar com um urso de quatro metros em um dos cantos da loja. Quem sabe se eu...?...NÃO! Isso seria muito exagerado! Se bem que as garotas adorariam...mas will não é uma garota!
 Balancei levemente a cabeça para colocar as ideias em ordem, quem diria que comprar um presente seria algo tão difícil?
 Caminhei entre as prateleiras olhando as pelúcias multicoloridas de bichinhos. Uma pergunta muito importante me passou pela cabeça:"como escolher?" São tantas e tão diferentes! Se bem que eu podia comprar a loja toda se eu quisesse...
 Uma garotinha chamou minha atenção. A pequena tentava pegar um gato cor-de-rosa da prateleiras altas. Os dedos da pequena nem sequer chegavam perto de alcançar o tão almejado animal de pelúcia.
 Até que a prateleira era alta...eu alcançava tranquilamente mas will não alcançaria. Ele precisaria ficar na ponta dos pés e ainda assim seria com a ponta dos dedos.
 Sorri dócil e me aproximei dela:
-Quer que eu pegue pra você?
 Perguntei com tranquilidade vendo os olhos se erguerem para mim com curiosidade. Consegui ver a mãe dela olhar para cá e chamar o marido com pavor estampado na face, ignorei a cena ridícula deles e peguei a pelúcia rosa entregando a pequena garota que agora sorria alegremente com a conquista:
-Obrigada sr. Gleeful!
-De nada.
 Passei minha mão nos cabelos loiros os bagunçando e a fazendo rir agarrada ao gato rosado. Os pais dela pareciam mais calmos ao perceber que estava tudo bem:
-Angela, quantas vezes tenho que dizer para não falar com estranhos?
-Desculpa mãe.
 Se desculpou a miniatura de Pacifica:
-Me desculpe se minha filha o atrapalhou, sr. Gleeful...
 Ela mantinha os olhos baixos enquanto falava comigo, sempre gostei dessa submissão mas ela havia sido ganha com o medo e isso tornava as coisas um tanto quanto irritantes. A nossa má fama de explosões de raiva foram conquistada pela minha querida irmã Mabel, mas como somos irmãos gêmeos as pessoas acabam por achar que um é igual ao outro. Agora que ela namora coma Pacifica sua personalidade mudou um pouco e todos acham que quando eu começar a namorar vou sair por aí jogando florzinhas e sendo gentil.
 Tão irritante que eu poderia morrer:
-Tudo bem, não fora incomodo.
 Falei. Estava pouco interessado em prolongar aquele assunto previsível e maçante.
 Ia me afastar quando senti um puxão fraco na manga da minha blusa, encarei a pequena cabeleira loira:
-Tayrone, o que você está fazendo em uma loja de brinquedos?
 Agora eu entendi porque todos na loja estavam me observando nem que fosse por canto de olho. Realmente não era de meu feitio entrar em loja cheias de crianças irritantes berrando por todos os cantos.
 Sorri dócil:
-Estou procurando um presente para uma pessoa muito especial para mim...
Ela abriu um sorriso gigantesco e seus olhos passaram a brilhar:
-Eu posso te ajudar?!
-Se não for atrapalhar seus pais, pode.
-Mãe...
Ele ergueu as orbes verdes que tinha olhando com uma carrinha que eu conhecia bem. Aquela cara de cachorro sem dono que caiu do caminhão de mudança com um leve toque de fofura e meia tonelada de manha. Ela hesitou por alguns instantes antes de suspirar derrotada perante aquele olhar, realmente previsível:
-Desde que não saiam da loja não vejo porque não...
 A loira comemorou e assim partimos por entre as prateleiras:
-Então Tayrone...como é a garota de quem você gosta?
 Ela me olhou com os olhos brilhando em curiosidade, engoli em seco:
-Por que você quer saber isso?
-Pra que eu veja qual combina mais com ela.
-Isso é realmente necessário?
-SIM!
 Falou severa.
Não tinha jeito. Puxei ela para um canto da loja que estava pouco movimentado e impedia que alguém nos visse. Me abaixei ficando da altura dela e peguei o celular abrindo uma foto que tinha com Will.
 Nela ele colocava a mão na frente da câmera na tentativa de não aparecer na fotografia. Passei para a seguinte, nessa ele tinha os dois pulsos agarrados por uma de minhas mãos e olhava um pouco para atrás reclamando,( uma vez que ele estava com as costas contra o meu peito, ele era obrigado a olhar para trás para me ver) na próxima foto eu tinha meus lábios contra os dele, os tomando para mim com um beijo singelo mas mesmo sendo somente um beijo o rosto dele estava totalmente vermelho como um tomate.
 Na ultima foto ele estava encolhido contra o meu corpo escondendo do nariz pra baixo pra dentro da gola alta do agasalho que ele usava, o rosto vermelho de vergonha e as orbes azuis voltadas para o lado aonde se encontrava meu rosto escorado contra a face dele.
 Uma das delicadas mãos dele tinha os dedos encostados contra minha bochecha e um dos meus braços envolvia a cintura delicada de Will carinhosamente.
 A garota pareceu surpresa:
-Esse é Will, é para ele que vou dar a pelúcia...
-Vocês formam um casal bonito...
As palavras tinham sinceridade mas seu rosto ainda demonstrava surpresa e isso me incomodava por algum motivo:
-Você pareceu bastante surpresa com as fotos...
 Ela ergueu os olhos para mim:
-É que com esse monte de garotas correndo atrás de você e pensando como lhe conquistar eu achei que você estaria com umas mas o que realmente mais me surpreendeu foi que...
 Ela apontou para a foto exatamente para o meu rosto que tinha um sorriso realmente feliz exibindo os dentes brancos.
 Eu estava sorrindo de verdade.
 Eu não costumo a sorrir assim, de verdade, por pura felicidade; são sempre sorrisos falsos ou maliciosos e até mesmo psicopata mas os de felicidade...nunca:
-Vejo que ele te deixa feliz...isso é bom. Você parece gostar dele e ele de você.
-Vamos, quero escolher logo a pelúcia. Devo lhe pedir que não conte isso a ninguém, se isso se espalhar pode ser perigoso para Will. Posso contar com você?
 Ela sorriu e fez que sim com a cabeça.
[…]
 Devemos ter passado uma ou duas horas revirando a loja quando ela teve que ir embora. Fiquei mais um tempo procurando e acabei ficando entre um coelho e um gato ambos azuis claros.
 Conseguia ver as garotas na vitrine olhando pra mim cheias de falsas esperanças de que fossem para elas. Enquanto isso eu estava em um gigantesco e complicado conflito interno, talvez o mais difícil da história da humanidade:
"Coelho ou gato?"
 Olhei para o coelho e imaginei Will abraçando ele, as orelhas felpudas caindo sobre os braços dele enquanto ele sorria abertamente para mim:
"Obrigado mestre!<3"
 Passei meus olhos para o gato: Will o abraçava delicadamente, escondendo o rosto contra a pelúcia com as bochechas coradas:
"N-não precisava, m-mestre!"
Grunhi.
Aquilo era mais difícil do que eu imaginava! Corri os olhos pela loja parando com eles em uma pelúcia azul pastel, era um pequeno unicórnio tendo a crina e a cauda de um tom rosado. No lugar dos olhos haviam delicados botões negros.
 O boneco estava na área de defeituosos, provavelmente seria jogado fora.
 Engraçado; haviam dúzias de prateleiras cheias com pelúcias exatamente iguais e "perfeitas" enquanto essa era única por conta do seu defeito e por isso seria descartada.
 "Ame-me apesar de meus defeitos."
 A voz chorosa ecoou na minha mente. As imagens me vieram a cabeça com força e intensidade avassaladoras.
 A primeira noite noite de amor que me derreterá o escudo de gelo que havia colocado envolta de meu coração, com beijos, carinhos e palavras doces que so poderiam sair de seus lábios ele derreteu o gelo fazendo com que essa noite se multiplicasse: a noite que o tomei para mim de forma egoísta e bruta.
 A noite que senti meu coração bater acelerado e descompassado como nunca antes batera.
Os olhos azuis profundos transbordando em lágrimas,os cabelos bagunçados, a pele marcada e um sorriso triste e tímido nos lábios; os mesmos lábios que se machearam lentamente e que por eles escorregaram palavras doces que jamais pensei que ouviria ele dizer para alguém como eu.
"Eu te amo"
Patético! Depois de tudo que eu fiz, ele fala que me ama! Ridículo!
 Mas...
 Essas três palavras que escaparam de seus lábios de forma ridícula, patética e sem sentido fisgaram meu coração e ameaçavam não soltar.
 "Por isso peço o impossível"
 Essa declaração insignificante que já havia ouvido milhares de vezes me fizeram lhe amar...
 "Ame-me apesar de meus defeitos. Nem se for somente por um instante minúsculo , ame-me..."
Como poderia recusar esse sentimento tão puro? Bom...já havia feito isso tantas vezes antes mas... Quando abri a boca para destruir os sentimentos dele, nenhum som saiu.
 Eu só deixei que as lágrimas escorcem marcando minha pele, deslizando pela pele de meu rosto até que caíssem sobre a face dele, as misturando umas nas outras as tornado uma só.
 Abracei o corpo pequeno e quente escondendo meu rosto na curva do pescoço do azulado. 
 Não queria que ele me visse assim..
 Ele iria usar minhas fraquezas para fugir para longe de mim.
 Senti as carícias delicadas em meu cabelo:
"Disse algo de errado?"
 Havia preocupação na voz dele:
"sim disse várias coisas!"
"M-me desculpe.."
"Como pode amar alguém como eu? Que tanto lhe fez mal?"
 Deixei escapar em um sussurro ao pé do ouvido dele, o corpo abaixo do meu estremeceu e meu lábios foram tomados, um sussurro ecoou demoro da minha mente:"um dia Shakesper disse: o meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade.
 Todos erram um dia, por descuido, inocência ou maldade... Sabe qual foi o meu erro?"
 Eu encrava aqueles enormes olhos azuis que sempre me encantaram.
 Ele sorriu.
 Sorriu ao ver a dúvida em meus olhos, não era zombadeiro, era um sorriso dócil e meigo diria até apaixonado.
 "Meu erro foi não ter dito que te amava antes"
 As palavras saíram firmes de seus lábios mas seu rosto que ganhava tonalidades de vermelho denunciando a vergonha que sentia de pronunciar isso em voz alta:
"Seu erro foi ter se apaixonado por alguém que te machucou de tantos modos e que nunca seria capaz de mostrar afeto por algo ou alguém...alguém como eu"
 Ele refletiu por um momento antes de esboçar o mesmo sorriso carinhoso de antes, de antes não! O mesmo sorriso carinhoso de sempre mas que só agora eu percebi.
 As mãos pequenas me puxaram para perto. As testa se tocaram, ficando uma escorada na outra. As mãos deslizaram para meu peito sem que perdêssemos o contato visual:
"Eu sinto...as batidas aceleradas do seu coração. Por que bate tão depressa?"
 Me mantive em silêncio apesar de saber a resposta; não queria ele perto de mim somente para machuca-lo com minha insensibilidade.
 Ele pegou minha mãos e botou sobre seu peito. Batidas aceleradas. Tão aceleradas quanto as minhas:
"Nunca lhe pedi que demonstrasse afeto. Desde que me ame, tudo estará bem, não importa o jeito que fará isso".
 Acabei por dar uma chance a esse sentimento que até então era desconhecido.
 A verdade é que a pelúcia agora em minha mãos não representa Will. Não é ele que tem defeitos.a verdade é que eu que tenho defeitos, mais defeitos do que eu consigo contar.
 Foi por isso que não escolhi os outros presentes:
As rosas atraem a todos com sua beleza, mas machucam com seus espinhos.
As jóias também atraem com sua beleza, mas com o tempo perdem o brilho e são trocadas por outras mais bonitas e brilhantes.
 Cartões são lidos cheios de emoção para depois serem esquecidos em um canto qualquer ou jogados fora.
 Doces são comidos com gosto e felicidade, mas depois são esquecidos aqueles que o deram.
Jantares são eventos sócias em lugares abertos...onde qualquer um pode ver e julgar.
Pelúcias são presentes fofos mas são coisa de criança que seriam guardadas em uma prateleira qualquer.
E todos eles são como eu.
 E a pelúcia em minhas mãos ainda por cima é defeituosa me lembrando o quão patético ela e eu somos.
 Acho que deveria desistir dessa ideia ridícula...
Mas...
Will não é como os outros.
Ele viu meus piores lados mas conseguiu achar algo de bom em mim pelo qual se apaixonou.
Sorri.
Esse unicórnio estúpido de pelúcia defeituoso é como eu, por isso Will vai gostar!
Porque...quando olhar para ele...lembrará de mim.
Continua... 

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