The Hope

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Sério, eu tive um sonho com essa one-shot, pode parecer maluco mas eu fiquei pensando nisso e resolvi escrever, espero que gostem. Ah, a one se passa depois do ep. 13, mas a Clarke e os outros não foram capturados, a nave se abriu e eles virão tudo destruído.

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Todos estavam trabalhando e se esforçando para tentar reunir qualquer coisa que tenha resistido a explosão. Clarke sabia que deveria estar ajudando, mas estava esgotada, física e emocionalmente. 

Principalmente depois de terem encontrado Finn, vivo, com o remédio de Raven, ela salvou a garota, que agora estava descansando em sua barraca. Além de tudo isso, ainda tivera uma conversa muito séria com Finn, onde ela deixou claro que ela não o amava do mesmo jeito que antes. Na verdade, Clarke não fazia a menor ideia se havia amado Finn realmente, mas tinha se apaixonado por ele.

Porém, ele mentiu para ela, a machucou, no entanto, isso também já estava resolvido. Pelo menos para Clarke. 

Mas havia um problema muito maior do que qualquer outro: Bellamy. Bellamy Blake. Clarke chutou uma pedra pequena de seu caminho e bufou. Se controlando ao máximo para não gritar e desabar, chorando desesperadamente, o que foi exatamente o que ela fez assim que achou um local longe do acampamento, mas que também era seguro o suficiente se ela tivesse que fugir.

Encostou-se em uma árvore e se sentou vagarosamente, não acreditando no que estava acontecendo. Então, desabou. Chorou e gritou. Socou o ar. E no fim? A dor que sentia era a mesma e ela sabia o porquê: Além de ter sido a pessoa que fechou Finn e Bellamy do lado de fora, ela não tinha se despedido, não tinha dito a ele que ela o amava.  Encostou a cabeça na árvore novamente e pensou: “Se existe um Deus, e eu sei que existe, porque, caso contrário, eu estaria morta, o traga de volta, não preciso que ele me ame de volta ou de qualquer outra coisa, só o deixe vivo! Por favor”.

Além do mais, ela merecia isso, eles mereciam. Bellamy estava se esforçando, para ser um líder melhor e ela só queria continuar o ajudando a fazer isso.

Clarke respirou fundo e se levantou, limpando a roupa e o rosto, agora, com Finn acidentado e Bellamy... Desaparecido. Ela era a única líder daquele lugar. Tinha que ser forte, precisava, desesperadamente.

-Ah, Meu Deus, me ajude, por favor. –Murmurou, porém ouviu um barulho atrás de si e virou-se, correndo os olhos pelo lugar.

Bellamy não podia acreditar no que tinha visto: Era Clarke, viva e segura, mas com os olhos um pouco vermelhos e, com esperança, imaginou se o motivo seria ele, se poderia trazer algum tipo de paz para a garota quando ela finalmente o avistasse. 

-Princesa, eu estou bem aqui, caso esteja procurando algo. –Ele disse, tentando, com todas as suas forças ser totalmente firme e insensível, mas até mesmo ele pode sentir a onda de carinho emanada pela frase. Então, ela também o viu. Os cabelos loiros voaram como vento quando ela virou-se para a direção da voz, os olhos azuis brilharam ao reconhecê-lo e ele se sentiu o ser mais vivo e feliz de todo o universo. 

O coração de Clarke pulou uma batida, ou talvez ela sequer tivesse prestado atenção nele quando ouviu a voz da única pessoa que queria ver. Quando o achou, sorrindo discretamente e a chamando de princesa, Clarke não pode nem quis se controlar, correu para ele, e se viu sorrindo, o melhor e mais sincero sorriso de toda a sua vida. Bellamy mal acreditou quando sentiu os braços de Clark envolver seu pescoço e suas pernas se enrolarem sua cintura, ele cambaleou a até uma grande rocha e apoiou Clarke lá, segurando fortemente suas coxas, já que machucou o pé em meio a fuga desesperada do acampamento em guerra.

Clarke corou ao notar onde estava, mas a sensação era tão boa, verdadeira e única, que isso não a atrapalhou e quase agradeceu aos céus quando Bellamy a prensou ainda mais na rocha.

-Bem, deixe-me adivinhar: Andou sentindo a minha falta? –Ele arfou.

-Talvez, Blake. Talvez seja por isso que quase nos fiz rolar ladeira abaixo quando pulei em você, Bellamy. –Clarke ironizou, tentando disfarçar o quanto gostava do corpo de Bellamy contra o seu. –Não vai me colocar no chão? 

-Não, eu gosto muito mais de você aqui. –Ele respondeu, desinibido e corajoso. Mas por dentro, estava totalmente inseguro. –Clarke, eu tenho algo para te dizer. –Ele respondeu, a colocando no chão, o que quase fez a loira suspirar de desapontamento. –Acredite, se fosse qualquer outro garota aqui há algum tempo atrás, você sabe o que teria acontecido.

-Sinceramente, Bellamy, eu achei que você estava morto e, sim, fiquei muito triste, mas não é motivo para me tornar sua confidente, ok? Muito menos para esses assuntos. –Clarke indagou.

-Pode me deixar terminar, Princesa? –O apelido saindo dos lábios dele de forma tão carinhosa, derreteu Clarke totalmente. –Eu disse há algum tempo, e sabe por que quero falar disso agora? Porque eu acabei de quase morrer e isso me fez pensar que eu sou um grande covarde, porque há semanas, eu preciso te contar algo e não consigo. –Ele suspirou, chutou uma pedra e caminhou para alguns metros longe de Clarke, o que pareceu quilômetros para alguém que sentiu o calor daquele corpo há poucos momentos. –A verdade é que eu não sei como dizer.

-Então, me deixe falar antes, porque sabe que eu não tenho medo de falar o que eu penso. Bem, geralmente não. O caso é que... Eu fechei aquela maldita nave. Eu te deixei para morrer. Eu! Então, quando aquele maldito portão se abriu, só havia esqueletos e eu tive tanto medo de que um deles fosse você. Tanto. –Clarke sentiu seus olhos se encherem de água e mordeu o lábio. Bellamy a olhava em expectativa. –Então, encontramos Finn, salvamos Raven e a maioria de nos sobreviveu, mas... Ainda doía. Sabe por quê? Porque... Eu... Porque eu amo você, Bellamy. Amo você, Bellamy Blake. Não Finn. Não qualquer outro, está bem? Você. E isso é totalmente estúpido, porque eu sou diferente de você e vice-versa. Mas que se dane, que se dane o fato de você provavelmente não sentir o mesmo... –Mas ela não completou a frase. Bellamy correu e a puxou para ele e, mais uma vez, ela amou aquilo.

-Ah, Clarke Griffin, preste atenção, por favor, apenas escute: Eu te amo. Eu te amo. –Bellamy sorriu, Clarke sorriu. Os olhos negros deles se contrastavam com os olhos azuis dela. 

-Eu quero muito que você me beije agora. –Clarke admitiu, rindo.

-Se você insiste... –Bellamy deu de ombros, limpou uma lágrima de Clarke e fechou os olhos, gesto repetido pela loira. O moreno se aproximou vagarosamente e mordeu levemente o lábio inferior de Clarke e encostou seus lábios. Uma leve pressão, que se encerrou quando Bellamy pediu passagem, que foi rapidamente concedida. Ele se sentou em uma rocha e ela por cima dele. Clarke invadiu a camisa de Bellamy com as mãos e sentiu sua barriga lisa e magra, obviamente não apenas por causa da desnutrição que haviam passado na Terra.

Bellamy arfou sobre os lábios de Clarke e sorriu, enquanto a pegou no colo e a levou até a parte escondida da enorme rocha, que ficava longe da vista de todos. Ele também invadiu o tecido da camisa de Clarke e a acariciou na barriga. Ele obviamente não passaria disso, não queria a primeira noite com Clarke fosse ali e sabia que ela também pensava o mesmo e confiava nele, pois em nenhum momento se afastou ou ficou tensa.

-Ah, Bell, eu te amo. –Clarke suspirou quando Bellamy beijou seu pescoço, ele riu sobre a pele dela.

-Bell? 

-Seu nome é grande demais, Bell. –A loira riu e aproveitando o momento de distração dele, o empurrou e ficou por cima.

-Eu te amo, Clarke Griffin. –Ele falou lentamente, como se saboreasse a frase. Ela se sentou em suas pernas e ele se levantou, a encaixando nele.

-Você já pediu alguém em namoro? –Clarke questionou e ele negou. -Ótimo, porque tenho certeza que nunca foi “convidado”. Bellamy Blake, aceita namorar comigo, Clarke Griffin? –A loira disparou.

-Eu aceito. –Ele respondeu, surpreso, e Clarke o puxou pelo colarinho da camisa e o beijou. Naquele momento, ela se sentia mais viva e feliz do que nunca. E aquele sentimento de felicidade... Ela sabia, era esperança.

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