Fourth Chapter

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-Ficou maluco!?-

As palavras saíram como um tiro da minha boca.

Desesperada,eu, estava ali nos braços de um Vampiro que nem de tão longe queria ver o meu bem.

-Me contestando, denovo?-

E lá se vai outra cintada em meu traseiro. 

-Ahmm..-

Grunhi. Me estremeci em seus braços e ele me puxa pelo cabelo, Me jogando novamente no sofá:
-Sua Inocência me cativa um pouco, Tão bobinha..Porque acha que eu não iria te fazer mal!?.-
Ele diz se aproximando novamente e eu me afasto um pouco ofegante, Finalmente consigo olhar diretamente em seus olhos e reparar cada detalhe de sua face.
  Os seus olhos em uma imensidão de tons de azul, Os seus cabelos quase caindo ao rosto e sua pele com sua barba miserávelmente falhada.
Sinto como se meu coração fosse pular para fora do peito.
Ele segura forte em meu queixo depositando um beijo ali.
-Está nervosa,Violet..!?-
Neguei com a cabeça e ele me deu um leve puxão de cabelo
fazendo-me olhar fixamente para ele:
-Posso ouvir seu coração pulsando forte, Amor. Não minta.-
O seu cheiro me sufoca deliciosamente.
-Sua mãe não te ensinou que é feio mentir!?-
Ele faz um caminho de beijos suaves em minha nuca me fazendo ficar arrepiada mais com raiva.
-Me solta Jack, Já fez o suficiente e eu já entendi.-
Ouço sorrir baixo e olhar para mim novamente:
-Olha, Vejo que sua marra era questão de tempo.-
Ele diz e solta meu cabelo.
Fico imóvel vendo ele se levantar e pegar uma maçã em cima da bancada. Ele me olha de Relance e sorri, saindo da sala.
Sento no sofá e enterro meu rosto em minhas mãos, Me permitindo pela primeira vez chorar.
Meus soluços são constantes e altos, deixando que ecoe por todo o apartamento.
Sinto a presença dele atrás de mim novamente. Mas logo se desfaz rapidamente deixando uma lufada de ar no lugar onde estava. Como se tivesse corrido.
Me levanto lentamente e ando devagar até o meu quarto. Onde me tranco e me jogo na cama, Choro a metade da noite e logo adormeço...
Acordo meio dolorida pela posição em que dormi, Ouvindo lentamente batidas atrás da porta:
-Violet?.-
Ouço a voz rouca de Jack atrás da porta, Me levanto e caminho lentamente até a mesma, Encosto a mão na chave e  penso seriamente se devo abrir ou não.
-Não estou aqui porque quero. Tenho um recado da Kat. E então se puder abrir a porcaria da porta, Eu agradeceria por não me fazer perder tempo.-
Respiro fundo e dou um passo para trás:
-Quer mesmo brincar de casinha? Porque eu não estou muito afim. Consigo ouvir seus passos, Anda, Abre logo essa merda.-
Respiro fundo e Tomo a inciativa de Abri-la:
-Pensei que teria que arromba-la, Se Arruma. Katniss fez uma reserva em um restaurante aqui perto, Vamos almoçar fora. E não pense que estou feliz por isso.-
Diz e sai andando pisando duro.
Eu não estava preparada emocionalmente para sentar em uma mesa e disfrutar de um almoço, Onde eu não me sentia confortável. Além da presença que mais estava me atormentando.
Se eu quisesse reencontrar a minha mãe e me livrar logo deste inferno, Necessitava encarar aquilo de cabeça erguida. Portanto me permitir sair dali e caminhar até a mala onde estavam minhas roupas, Peguei uma das primeiras peças de roupa em que vi é me dirigi ao banheiro.
Tomo um longo banho frio para poder engolir a ideia de ir almoçar com um Vampiro, e vou para o closet do quarto para me arrumar melhor.

Passei uma leve maqueagem no rosto para tirar um pouco das olheiras, E finalmente soltei os cabelos que estavam preso em um coque, em frente ao espelho.
Eu não estava feliz, Minha vida mudou tanto do dia pra noite que se caísse um meteoro na minha cabeça eu não me surpreenderia.
Me Arrumei um pouco mais e felizmente eu estava pronta. Não estava com Ânimo, Para nada. Porém, estamos em Londres e fazer um pequeno agrado em minha própria aparência era bom.
Me olhei uma última vez e sai para fora do quarto e caminhei até às escadas para descer.
Ao chegar no final da escada, Vejo Jack parado, Em frente a sacada de braços cruzados fumando o seu cigarro, Deveria estar admirando a bela vista que tínhamos de Londres. Se uma pessoa como ele admira-se alguma coisa. Dei um passo em sua Direção e soltei um suspiro caminhando até ele.
Segurei na barra da sacada e olhei na mesma direção que ele olhava, Para o trânsito da cidade.
-Violet..-
Pronunciou o meu nome, Em quase um sussurro, Me estremeci ao ouvir meu nome sair de sua boca. Até então, Depois de ontem, Eu tinha medo.
-Sim?.-
Ele sugou mais uma vez o seu cigarro entre dedos e finalmente me encarou, O seu cabelo estava uma grande bagunça caído em sua testa.
Ele soltou a fumaça que estava presa em sua boca e desviou o seu olhar novamente para o trânsito.
-Quero que seja sincera, Tem medo de mim!?.-
Ele perguntou baixo encarando o seu cigarro em mãos.
Eu não acreditava que ele estava me perguntando isso. Ele sabia oque ele causava em mim quando me fazia mal.
-Sim, Jack. Eu tenho medo de você.-
Disse tão baixo que quase nem eu me ouvi.
Vejo ele gargalhar um pouco alto e olhar para mim novamente com o sol refletido em seus olhos azuis.
-Minha querida..-Disse colocando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha- Tão ingênua as vezes..Me diga, Amor. Oque imaginava em seu futuro medíocre?.-
Disse frio olhando diretamente para mim.
-Eu me imaginava me formando numa faculdade em Boston. Depois iria arranjar um emprego e logo depois comprar o meu próprio apartamento.-
Ele continuava me observando atentamente, Até ele jogar o cigarro fora e aumentar a distância entre nós.
Vejo ele sorrir e ir andando até a cozinha, eu o segui. Apenas na tentativa de onde ele queria chegar com aquela conversa sem sentido.
-Vamos.-
Disse firme e pegou o seu celular ligando para alguém o qual eu não vi.
Ele foi andando para fora do apartamento e eu apenas fui atrás.
Saímos do apartamento e fomos para o elevador, Descemos e ficamos parados em frente ao prédio esperando o táxi.
O Táxi chegou e fomos até o tal restaurante.
Quando chegamos Jack foi falar com a Recepcionista e logo ela indicou um lugar para nós.
Sentamos numa mesa próxima a janela e logo um garçom veio nos atender.
-Boa tarde, Senhores. Sou Alberto, Estou a disposição. Oque vão querer?.-
Jack o observou sério e me olhou:
-Peça oque quiser, Não estou com fome. Quero Apenas um Gin com Whisky, Por favor.-
Eu o olhei pensando e passei os olhos no cardápio.
-Acho que não vou querer nada por enquanto, Mas mesmo assim obrigada.-
Sorri largamente educada e Jack me observou. O Garçom saiu e ficamos um pouco em silêncio.
-Jack?.-
Chamei, Antes que me arrepende-se de fazer a seguinte pergunta:
-Hm?-
Respondeu, Seco.
-Porque seu Pai quis que nos casássemos!?. Pelo que vi ele e minha mãe tinham um passado.-
-Acho que esse assunto não lhe interessa, Querida.-
Disse em um tom de deboche, oque despertou mais ainda minha curiosidade.
-Acho que você não queria esse casamento tanto quanto eu, Pelo oque percebi, Jacob.-
Disse com o olhar firme.
-Pela primeira vez acho que falamos a mesma língua.-
-E então..Vai me dizer ou não?-
Ele me olhou sério e então sorriu, Me desarmando. E dessa vez a minha sanidade mental foi parar água a baixo.
-Você não está se achando muito não garota?.-
Disse, Sarcástico.
-Acho que não, Jacob. Tratamos de um assunto que sei que é do seu interesse também.-
Ele franzi a testa e assenti.
-Ora, Não conhecia esse seu lado chantageador para tentar roubar algo de mim.-
-E você realmente as vezes me assusta. Por seu comportamento bipolar.-
Disse, sem mesmo antes de pensar. Eu tinha medo dele, Mas mesmo tempo eu queria descobrir algo além do que existia nessa postura que ele adorava manter. Diante do seu olhar frio.
-Violet, Não me diga coisas que eu mesmo, não sei responder. E explicar o porquê. Quer saber a verdade sobre o passado? Então vamos..Talvez seja a hora certa.-
Fiquei o observando, esperando ele prosseguir e assim o fez.
-As nossas famílias eram separadas por mundos diferentes. Por classes e poderes. A sua mãe era uma bruxa, E como você sabe nós somos..-
O interrompi.
-Minha é oque!?-
Exclamei surpreendida.
Ele me olhou e levantou a sobrancelha por eu o ter cortado.
-Desculpa..Eu só..-
-Somos vampiros. Na época a União da Supremacia jamais admitiria termos qualquer tipo de relação que não fosse pessoas da nossa própria Classe. E Vice e versa.
Mais muitas pessoas, como nossos Pais, se atreviam de atravessarem os portais e trocarem de mundos. E Foi ai que eles se conheceram.-
Disse ignorando totalmente o meu pedido de desculpas.
Olhava atentamente para ele e esperando ele terminar de falar. E quando ele não prosseguiu,Eu prossegui.
-Só sabe isso!?. Desde quando a minha mãe é uma bruxa? Porque eu só fui saber disso agora?.-
Ele revirou os olhos e o Garçom trouxe a sua bebida.
-Para que tantas perguntas? A sua voz é extremamente irritante.-
Revirei os olhos e ele me encarava furioso.
-Não são muitas as vezes em que você está com o seu bom humor em dia..Eu só estou curiosa em saber..-
-Saber de que? Violet!, Hum?
Que sua mãe te escondeu a vida toda quem realmente você é!?, Porque isso está bem explicado e talvez só você não tenha notado ainda. Deveria parar de confiar em todo mundo, e deixar de ser tão tola.-
Disse firme e sério por fim me fazendo encarar a sua bebida que ele virava garganta abaixo.
-Oque você queria que eu fizesse? Não iria confiar na minha própria mãe quando foi ela, A primeira pessoa a me ajudar quando eu precisei. E isso não é uma Opção, Jacob.-
Disse por fim e vi seus olhos mudarem de cor e o seu tom frio retornar ao rosto.
-As pessoas não são bem como você pensa, Você nunca sabe se elas realmente valem a pena, E nem se o momento que você passa com elas são uma mentira ou não.-
Talvez poderia estar vendo coisas, Mas enxerguei uma ponta de dor em seus olhos..
Quando ia lhe responder percebi sua concentração em algo atrás de mim, Virei-me para ver do que se tratava, Mas logo uma voz doce e aguda foi invadida no ambiente...





A VIRGEM DE UM VAMPIRO- EM REVISÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora