37.

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Aqui vai mais um (:
Obrigada pelas 37,050 leituras e 1,963 votos 

- Magda 

P.s: Podem ir ver a história que vou começar quando esta terminar, obrigada !  Chama-se Rejected at first sight .

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Seth e ao seu lado com uma enorme quantidade de sangue á volta, Alfa Jeremy. Não ! Olho para Seth e também ele não parece grande coisa.

" Seth ? Estás bem ?" 
" Ariel ! A minha perna está quase rasgada ao meio mas o Alfa Jeremy  tens de o ajudar, por favor." - suplicou
" Eu vou tentar." 

Ajoelho-me ao lado do pai de Justin e tento ver o seu pulso. Está fraco, muito fraco. Tento procurar o sítio no seu corpo de onde saiu todo aquela sangue e quando o destapo da sua rasgada camisa, nem quero acreditar.... Ele tem um corte de cima a baixo no peito. Uso a camisa para tentar estancar o sangue mas... 

" Seth consegues chegar até aqui ?" - pedi
" Posso tentar." - Seth arrastou-se até mais perto de nós
" Segura aqui e mantém a pressão." - expliquei 

Seth segurou no tecido. Acho que nunca tinha pedido tanto para salvar alguém na minha vida. Olho em volta para encontrar Justin mas só consigo ver corpos no chão sem vida, ninguém que eu conheça pessoalmente e ainda bem. Continuei a andar. Eu tenho de encontrar alguém, por favor, não o deixem morrer. 

Sabem aquele ponto em que há retorno ? Eu cheguei a ele. Eu não aguento mais mentalmente. A minha cabeça está prestes a explodir, tudo isto por mim. Pessoas morreram por mim, pessoas ás quais não iram voltar para as suas famílias. E tudo isto por minha culpa, a que custo vale a minha mísera vida ? Eu não valho mais que a vida de ninguém. Eu sou ninguém. Somos todos iguais, humanos ou lobisomens, Alfas ou ômegas. Pais que não iram ver os seus filhos, mulheres serão agora víuvas, irmãos que não voltaram para um última discussão. Tudo isso por mim e eu nada posso fazer para ajudá-los. Pela primeira vez na minha vida sinto-me impotente. 

Caio de joelhos no chão. E debaixo do meu, agora ferido, joelho esquerdo está uma fotografia. De um senhor de cabelo ruivos a sorrir com uma menina que tenha talvez oito anos, também ruiva e muita parecida com ele. Eles estão felizes, ela está no colo do seu pai com o meu maior sorriso. E ali, eu desabo em lágrimas. Antes eu chorava porque era uma forma de deitar todo o que sentia para fora, agora choro porque tenho motivais reais para o fazer. Eu tinha tirado o pai a uma menina, ele nunca vai vê-la crescer, dar um raspanete no seu primeiro namorado, apoia-lá e abraca-lá quando precisar, achar sempre que ela terá sempre cinco anos e tratá-la como um joia preciosa que precisa de ser protegida. Ficar triste e ansioso quando ela saísse de casa para começar a sua vida. E esta menina não irá ter o seu pai para leva-lá ao altar no dia do seu casamento. 

Eu não tinha tirado a vida ninguém com as minhas próprias mãos mas parecia que o tivesse feito. A culpa iria ser o maior obstáculo que eu tiverá de ultrapassar até hoje. E com os meus últimos pensamentos, tudo ficou escuro. E eu queria ter agradecido por isso.

The inner wolfOnde histórias criam vida. Descubra agora