Colin
Meu trabalho era somente dançar, arrematar os corações das adolescentes iludidas e ganhar meu cachê por isso. Eu fiz faculdade de economia, obrigado por meu pai, mas nunca foi a minha praia tomar conta de um banco. Meu pai construiu o banco com muito suor depois te termos passado bastante dificuldade, com os anos as coisas foram melhorando e ele afirmou que eu devia seguir seu exemplo. Mas eu não queria tomar conta de um banco, a empresa de família. O negócio subiu a cabeça dele de modo que ficar perto dele era insuportável. Tive de fugir de Londres onde eu tinha uma vida perfeita e ir para os Estados Unidos, onde eu não conhecia exatamente nada, apenas o que via em televisão, eu tinha 21 anos, dois anos depois Carl, se juntou a mim e começamos a dividir as coisas, o apartamento e as contas. Ele trabalhava numa empresa de arquitetura já que estudou e exerceu a área, mas escrevia seus romances idiotas nas horas vagas. Quando eu tinha 25 anos, Carl descobriu um câncer maligno cuja não teria solução nem com quimioterapia e nem cirurgias para remoção, estava tomando todos seus órgãos e só podia ver meu amigo se entupir de remédios. Cuidei dele até o final de sua vida. Mesmo deitado em cima de uma cama, precisando do seu melhor amigo para tudo, sempre o vi com um sorriso no rosto. Era uma lástima o mundo perder alguém como ele.
Voltando a mim, quando cheguei aqui em Nova York, comecei a trabalhar como "gogoboy", eu ganhava o suficiente para rachar a grana com Carl. Mas quando ele morreu naquela cama de hospital, senti muito por ele, afinal éramos como uma família. Só tínhamos um ao outro. Ele nunca realizou seu sonho de ser um grande escritor, tinha dois livros terminados e o terceiro pela metade. Eu nunca tive o hábito de ler livros dramáticos, mas mesmo que levasse uma vida inteira eu iria publicá-los. Mas como eu faria isso? Não sei. Estava juntando algumas economias para o grande momento, mas sempre que eu pensava em fazer, algo surgia. O aluguel, minha alimentação ou para outra coisa que era de extrema necessidade.
Cacete, eu preciso dar um jeito! Eu vou dar um jeito, irmão! Segura as pontas., penso.
Eu já estava me preparando para mais um espetáculo para as loucas do salão lotado. Muitos aqui não iam com a minha cara mas eu não estava nem aí. Eu só queria meu dinheiro para me sustentar. Estava sentado de frente ao espelho em meu camarim, bagunço meus cabelos escuros, e pisco para meu reflexo. Estava usando uma fantasia de policial para enlouquecer as garotas com fetiche. Coloque a boina e o óculos escuros para dar um tchan no visual caótico. O pouco tempo que me sobrava eu ia para a academia fazer meus exercícios, afinal no ramo que trabalho todos esses anos desde minha vinda, eu tinha que zelar por meu corpo. O movimento do corredor estava tenso e agitado, mas nada era mais importante que minha concentração.
Estou prestes a levantar quando um dos seguranças do estabelecimento bate na porta.
– Pode entrar. – digo firme me analisando no espelho.
– Sr. Sanders, faltam quinze minutos para sua volta. – anuncia ele.
– Estou sabendo, sr. Palmer. – ralho.
Apesar de esta profissão ser vista com maus olhares, não posso negar que eu me divirto com isso. Eu antes queria ser personal trainer, ainda continua sendo um desejo, porém não será por agora. Quando dou meia volta, vejo a porta se abrir abruptamente e o sr. Palmer ser forçado para trás. Ou empurrado. Uma ruiva furiosa quase desesperada entrou na minha sala e me olhou de cima a baixo e sacudiu a cabeça e colocou as mãos ao seu quadril. Será mais uma a pedir autográfo? Isso era bastante comum aqui.
– Agressão a um funcionário, mocinha? – brinco de um jeito sensual. – Sabe que pode ser presa por um ato tão violento?
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Contratado Para O Prazer (+18) DEGUSTAÇÃO!
Romance#83 em aventura - 25/05/18 #69 em aventura - 26/05/18 #34 em Aventura - 30/05/18 #2 em Fogo - 26/06/18 Alice Carpenter é uma mulher de 28 anos e editora-chefe de uma editora renomada. Seu grande sonho é ser escritora e ter uma grande família feliz j...