Daisies

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Era uma tipica manhã chuvosa de outono. Arco iris se formaram nos céus devido ao sol que abriu depois da chuva. E ainda que houvesse sol, estava frio. Um frio agradável, com ventos e brisas leves batendo em seu rosto.
Junmyeon estava em seu quarto, recém acordando e já indo dormir de volta,  quando recebeu a mensagem de Jongdae.
"Amor, é melhor você não vir aqui pra casa hoje. Aconteceu algumas coisas, mianhe."
Junmyeon murchou totalmente, visto que ver o mais novo era a melhor parte do seu dia. Levantou-se e preparou um café. Sua mãe desceu logo depois, de camisola e enrolada no cobertor.
-Você não vai na casa de Jongdae hoje? - Perguntou.
-Ah, parece que não vai dar pra ir.- Respondeu.
Junmyeon subiu pro seu quarto e se trocou. Botou roupas quentinhas e saiu.
Acabou indo a uma cafeteria ali perto, onde seu amigo trabalhava.
Ao ouvir o sino da porta se abrindo, Jongin virou-se rapidamente com a esperança de que fosse o namorado.
-Ah, é só você. Achei que fosse o Kyungsoo.
-Ingrato, agora tu só pensa nele.
-Hyung, eu sempre pensei só nele.
Junmyeon deu de ombros e pediu um croissant junto de um Cappuccino.
-Então, quais seus planos pra hoje? - Perguntou Junmyeon.
-Ir pra casa do Kyungsoo, amar o Kyungsoo. - Jongin fez uma carinha perversa. - Se é que você me entende.
-Meu deus,  não foi assim que eu te ensinei.  Isso é coisa do pai de vocês. - Os dois riram alto mas Junmyeon se calou logo depois, ao lembrar do menor.
Estava tão triste por não poder ve-lo que sentia uma angústia junto a uma enorme vontade de chorar. Junmyeon deixou Jongin na cafeteria e foi dar mais algumas caminhadas por ai. Foi quando a chuva começou e ele teve que se abrigar debaixo de uma loja de flores.
Ao entrar,  tombou com Kyungsoo e Jongdae saindo com milhares de rosas e margaridas, indo em direção ao carro de Jondgae que, por algum motivo, era Baekhyun que estava dirigindo.
-Chen? Soo? O que estão fazendo aqui ?
-Eu explico depois amor.
-Você quer ajuda ?
-Não, não.  Eu ja tenho o Soo e o Baek. - Jongdae saiu dali correndo, sem nem mesmo dar um beijinho de despedida, o que fez Junmyeon ficar mais melancólico ainda.
Assim que eles se foram, Sehun saiu da floricultura também e se pôs ao lado de Junmyeon.
-Baek me dispensou hoje. Chen dispensou você. - Falou. - Quer vir comigo e descobrir o que eles estão tramando ?
Junmyeon sorriu maliciosamente para Sehun e assentiu.
-É claro, meu caro Watson.
Os dois entraram no carro de Sehun e seguiram os três baixinhos.
Porém não demorou muito e os três os descobriram, visto que era obvio demais. Baekhyun conhecia o carro do namorado e eles nem estavam tentando disfarçar ou se esconder.
Acabaram voltando na cafeteria, o que alegrou Jongin, pois ele estava sozinho.

Junmyeon deixou Kai com Sehun e voltou pra casa.
Sua mãe sorriu so ve-lo entrar.
-Bem na Hora, querido. Venha, eu fiz bolo.
Junmyeon fechou a porta indo direto a cozinha, mãe e filho ficaram ali. Comendo e conversando até que fossem para o sofá e caissem no sono.

Depois de algumas horas de sono, foi acordado pelo barulho do seu celular tocando. Era umas seis da tarde, e Sehun lhe ligava freneticamente. Não conseguiu alcançar o celular a tempo de atender e, por preguiça, mandou uma mensagem.

Suho: O que foi ?
Sehun: Preciso de ti. É urgente.

Algo dentro se suho dizia que não era tão urgente assim mas não quis esperar para ver.
Vestiu o mesmo casaco de antes e saiu, deixando um bilhete para sua mãe.
A caminhada foi longa. E a cada esquina virada, era uma lembrança diferente passando em sua cabeça e todas elas envolviam Jongdae.

-Ah, o outono é tão triste, mamãe. - Escutou uma criança falar com sua mãe. - Todas as flores morrem. E ficam mortas até chegar a primavera.

-É realmente muito tempo, querido.  Mas algumaa coisas há de serem assim.

Junmyeon riu pela fofura do garoto, mas aquilo não era verdade.
Flores nasciam no outono e nem todas  elas morriam.
Foi no outono que floresceu o amor para Junmyeon. No meio das margaridas, uma linda e enorne flor nasceu.
Tão linda que parecia um anjo, está sempre brilhando e sempre sorrindo.
E

que sorriso.  Ilumina toda a alma, e encanta a tudo que o olha e o que vê.
E que olhar. Nunca viu mais brilhante, cintilante...
Junmyeon se considerava sortudo demais por poder ver o anjo acordar e nascer feito flor todos os dias.

Quando chegou na casa de Sehun, o menor não o deixou falar nada. Apenas disse para que entrasse no carro imediatamente.  Junmyeon não ousou discordar e entrou.

-Para onde estamos indo ? Por que tu ta tão serio?

-Você vai ver hyung.

Quando Junmyeon se deu conta eles já  haviam chegado na casa de Jongdae.
Riu irônico, e olhou para o menor com cara de "Você ta brincando com a minha cara?"

-Sehun, ele não está em casa.

-Como você sabe ?

-Ahn, você e eu encontramos eles na floricultura indo pra algum lugar desconhecido?

-Esse era o lugar. Eu segui eles de novo. Eles vão dar uma festa sem nós. - O mais novo falou serio, não tinha nada em sua postura que indicava uma brincadeira. - Eu não acredito nisso, Byun Baekhyun.

-Uma festa ? Com milhares de flores ?

-Decoração uai. Eu to curioso, sei que tem a senha, abre logo hyung. -Fez bico.

Junmyeon riu com a determinação do menor e botou a senha.
A sala estava normal, exceto por algumas pétalas de rosas e alguns balões preenchidos comgás Hélio.
Sehun balbuciou um "Eu sabia" em silêncio para Junmyeon, que agora estava começando a cogitar a idéia.
As vozes dos meninos estavam vindo do quarto, e Sehun foi logo na frente querendo uma satisfação de Baekhyun, mesmo com Junmyeon dizendo para esperar mais um pouco.
Junmyeon foi atrás do menor.

-Byun Baekhyun. - Sehun entrou no quarto, que estava com margaridas por toda a parte e com balões igualmente na sala. Eles estavam posicionando algumas velas quando Baekhyun virou-se para Sehun. - Você pode me explicar o que diabos está acontecendo aqui?

-Querido, eu só vim ajud-
- Vocês iam dar uma festa sem nós. O clubinho das flores é ?
Foi quando Junmyeon chegou no quarto e puxou Sehun pelo casaco.

-Eu disse pra ti esperar, sua porta. Agora não saberemos o que vai acontecer no final.

Acabou que todos sairam do quarto e foram se sentar no sofá.
Jongdae olhou para Junmyeon rindo muito.

-Você não consegue ficar longe de mim nem por um tempinho? Só para eu arrumar as coisas, poxa. - E riu novamente. Logo Kyungsoo e Baekhyun se juntaram a Jongdae na risada. - Isso tudo era que, eu ia te pedir em casamento. Era pra ser uma surpresa pra você.

Junmyeon corou com a revelação, fazendo Jongdae rir e depositar um beijo em sua testa.
Os meninos foram embora, deixando o casal sozinho, Sehun susurrou um "Desculpe" antes de fechar a porta.

A casa estava um completo silêncio e permaneceu assim por alguns minutos, até Jongdae se pronunciar.

-Então, apesar do que deu errado - Soltou uma risada timida - Você quer se casar comigo? - Junmyeon corou novamente e assentiu com a cabeça. - Eu não ouvi.- Jongdae chegou mais perto com a mão na orelha.

-Sim. Eu quero me casar com você, Jongdae.

Jongdae sorriu novamente. Ele estava sempre sorrindo quando perto do mais velho. Era incrivel a influência que Junmyeon tinha no dia de Jongdae. Ele conseguia deixar tudo mais alegre, mais vivo, mais intenso.
Junmyeon era o homem na qual Jongdae queria passar o resto de sua vida. Era a borboleta do seu jardim.
Tão delicado. Junmyeon era precioso demais.

Selaram seus lábios que ja estavam sedentos pelo toque. Embolotaram-se até que se tornassem um só e ambos achavam incrivel como tudo parecia a primeira vez. O beijo de agora despertava as mesmas emoções e tinha a mesma magia de quando começaram a namorar. E só tinha uma explicação: amor.

-Eu te amo, Jongdae.
-Eu te amo, Junmyeon.

4 Seasons: Autumn | Suchen Onde histórias criam vida. Descubra agora