Oito

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Acontece que ela tem ideias muito interessantes sobre o que significa "desacelerar".

Pela primeira vez, quando eu a chamo para o "closet" em meu escritório - pela primeira vez em muito tempo, desde que passamos a esperar até depois do horário - não sou apenas motivada pela luxúria, mas também pela curiosidade. O que ela acha que vai acontecer? Eu deveria pegar meu jornal novamente e fingir desinteresse enquanto trabalha entre minhas coxas?

Meredith fecha a porta atrás dela. Eu já tirei meus sapatos e calcinha, e estou sentada na cadeira. Ela ajoelha-se diante de mim.

- Coloque sua perna sobre o braço da cadeira. - Ela diz, e eu faço, espalhando-me bem diante de seu olhar. Seus olhos brilham avidamente.

Então ela me surpreende mais uma vez.

- O que você fez quando eu a deixei ontem à noite, Addison? - Ela murmura. - Você ficou frustrada?

Eu rosno. Ah, ela está gostando disso, tudo bem.

- Apenas comece, Grey.

- Não, acho que não. - Meredith diz, erguendo as sobrancelhas e olhando para o meu rosto. - Diga-me. Eu quero saber... você se tocou?

Eu pisco e sinto meu rosto tomar uma coloração vermelho-cereja. Estranho que isso me envergonhe depois de tudo o que fizemos. Eu balanço minha cabeça em um "não", sem palavras.

Ela esfrega as mãos consideravelmente nas minhas coxas.

- Você já se masturbou, Addison?

Eu engulo em seco.

- Não... frequentemente. - Eu digo. Não em anos, na verdade. Eu nunca achei que fosse um exercício particularmente satisfatório, especialmente quando eu tinha assistentes por perto, para fazer esse trabalho.

- Você deveria. - Ela diz ela. - É divertido. Faça isso agora.

- O quê? - Mas é claro que eu a ouvi perfeitamente bem.

- Está tudo bem. - Ela diz suavemente. - Não é difícil. Eu quero ver você. - Seus olhos brilham novamente. - Apenas siga minhas instruções.

- Seguir su...

Ela estende a mão e segura minhas mãos, que se fecharam em imobilidade.

- Sssh. - Ela murmura. - Aqui. - Ela coloca minhas mãos nas minhas coxas e dá um breve aperto antes de soltar. - Não se apresse. Feche os olhos. Relaxe. - Eu engulo em seco. - Feche os olhos. - Ela repete, com voz baixa e hipnótica. Eu obedeço. - Agora apenas esfregue suas coxas. Só esfregue. Suavemente.

Eu faço. A pele de minhas coxas é surpreendentemente sensível. Ou isso é só porque eu estou aberta diante dela assim? Aparentemente, meus piores medos estão tornando-se realidade: ela nem sequer tem que me tocar para me excitar mais do que qualquer um que já conheci.

- É bom? - Ela pergunta. Eu concordo. - Ok. Agora mova uma mão e toque-se. Não em seu clitóris. Não vá para dentro. Acaricie em qualquer outro lugar, apenas com as pontas dos seus dedos.

Minha respiração engata quando eu obedeço. Isso é bom. Alguns lugares sentem melhor que outros. Eu suspiro suavemente quando meus dedos encontram um desses pontos.

- Você gosta aí. - Ela murmura, parecendo satisfeita. - Você sempre fica louca quando eu chupo você aí.

Eu arqueio minhas costas em meu próprio toque, pensando em como eu sinto quando ela me chupa lá, de novo e de novo. Ela faz um som 'mmm' satisfeito.

- Você já está se molhando. - Ela diz. E é verdade. Eu estou. - Mergulhe seus dedos aí. Espalhe ao redor. E não toque em seu clitóris.

Eu suspiro pelo nariz, cerrando a mandíbula quando faço o que ela me diz. Parece incrível. Mas não o suficiente. Eu percebo que quero esfregar meu clitóris do jeito que eu mais gosto. Eu quero gozar.

- Ainda não. - Ela diz, e descansa a cabeça contra o interior do meu joelho, enquanto me observa. Sua voz é suave e afeiçoada. - Não seja apressada, Addison. Apenas espere. - Ela inala profundamente. - Eu gosto do seu cheiro. Sempre gostei.

Mesmo? Eu faço um barulho que soa como "hmmm".

- Eu gosto do seu sabor também. - Ela diz. - Você sabe qual é o seu gosto?

Eu sei para onde essa conversa está indo, e abro meus olhos.

- Sim. - Ela diz. - Lamba seus dedos.

Eu particularmente não quero. Acho que não gostaria.

- Lamba-os. - Ela repete, soando muito firme no assunto, e antes que perceba o que estou fazendo, já estou lambendo meus próprios sucos da ponta de meus dedos. Não é ruim. Um pouco salgado. Todas as mulheres têm esse gosto? Ela tem esse gosto? Eu daria muito, e talvez tudo para descobrir.

- Agora... - Ela diz, parecendo satisfeita. - Você pode penetrar-se. Use dois dedos. De uma vez só.

Eu percebo que isso é uma recompensa, mas ainda é surpreendentemente estranho, deste ângulo. Eu não posso inclinar meus quadris para frente, e então meus dedos estão deslizando para dentro. Eu suspiro. Ela faz um som contente, e isso me faz sentir ainda melhor. Ela está satisfeita. Ela está gostando disso também. Estranhamente, esta é a coisa mais comum que já fizemos.

- Puxe-os pela metade. - Ela instrui. - Basta acariciar o interior.

Oh. Isso... eu arqueio em minha mão novamente. Meu clitóris dói. Se eu pudesse chegar com o polegar...

- Não. - Ela diz bruscamente. - Agora, pegue sua outra mão. Acaricie seu corpo. Toque seus seios.

A essa altura, nem sequer estou pensando, só estou fazendo o que ela diz, o que quer que ela diga, porque eu sei, eu sei como será bom.

- Sim, é assim. - Ela diz. - É uma pena que você esteja usando sutiã.

Sim, uma pena... eu gostaria de tocar...

- Agora mexa as duas mãos. Lentamente.

Eu o faço, apertando e esfregando meu seio direito ao mesmo tempo em que deslizo dois dedos dentro e fora do meu corpo. Eu começo a respirar pela boca agora, enquanto tento não fazer nenhum som.

- Isso é bom? - Ela pergunta. Eu concordo. - Você precisa gozar? - Oh Deus, sim. - Você pode ir mais rápido. Mas não toque... - A porra do clitóris. Eu sei, pelo amor de Deus.

- Você está incrível. - Ela sussurra. - Eu poderia assistir você o dia todo. - Eu cerro meus dentes e choramingo. Talvez ela possa assistir, mas eu não posso fazer isso o dia todo, eu não posso suportar. - Ok. - Ela sussurra. - Você é linda, Addison. Goze agora.

Eu solto meu seio, estendo a mão, e esfrego forte contra o meu clitóris com o meu outro dedo indicador, me contorcendo em ambas as minhas mãos, e de maneira tão fácil, tão simples; eu gozo para ela. Não por causa dela, não por causa de minha própria liberação ou alívio, mas por ela, em exibição para ela, porque ela gosta de me ver, porque eu quero que ela queira me assistir. Eu só queria me atrever a fazer barulho; é sufocante não poder gritar como eu gostaria.

Por favor, eu penso quando termino, enquanto relaxo de volta contra a cadeira, por favor, diga que foi... por favor, diga que eu estava...

- Fantástico. - Ela susurra e beija meu joelho. Então sua voz se torna brincalhona quando ela diz: - Ei, me dê um pouco disso. - Ela toca meu pulso e juntas deslizamos meus dedos para fora de mim, para que ela possa lambê-los. Ela sorri para mim e seus olhos brilham de prazer.

Para minha surpresa, não me sinto insatisfeita. Eu costumo sentir, não importa o quão fisicamente satisfeita eu esteja; há sempre algo faltando, algo deixado por fazer. Mas ela sorri para mim agora, com prazer genuíno, como se o segredo que compartilhamos não fosse sórdido, ao invés disso, fosse algo... divertido. E em vez de me sentir vazia, sinto calor.

Eu esfrego meu polegar sobre seus lábios novamente e, em seguida, acaricio seu queixo com meus dedos pegajosos. Ela ri baixinho e levanta-se.

- Eu tenho que terminar de registrar a papelada do novo escritor.

- Papelada. -  Eu me sinto muito bem até para encará-la. Eu aceno minha mão e certifico-me que estou usando a minha calcinha uma vez que sai da sala.

Então nós desaceleramos. Interessante. Eu não estou decepcionada como eu pensei que estaria. Ela continua a me surpreender; me fascinar. E, como sempre, a me iludir.

TXIOnde histórias criam vida. Descubra agora