Mais uma vez o silêncio me cala. Tantas sensações transmitidas por apenas um olhar. Olhar aquele que me hipnotizara. A mente vazia, mas o coração transbordando. Palavras silenciosas, mais baixas que a respiração e batimentos cardíacos. Batimentos esses que diminuíam sua frequência a cada segundo. Me derramei então na escuridão, que de repente virou colorida, recheada de lembranças que há tempos foram esquecidas e de lembranças que ainda se tornariam lembranças, momentos provavelmente futuros, uma pista deles, ou até mesmo grandes nadas martelando minha cabeça enquanto procuro o porque de algo que não tem resposta. Me pergunto agora o porque de estar escrevendo isso. Talvez porque eu não tenha o que fazer, corrigindo, talvez porque eu não quero ter o que fazer. Apenas escrevo coisas que vieram, vem e virão pela minha mente. Mente...mentir, mentira. O que é uma mentira? Uma forma de proteger alguém. Ou talvez uma traição. Também pode ser uma brincadeira onde todos saem rindo ou chorando. Por que a palavra mente tem dois significados tão diferentes? Talvez não sejam. Mente, mentir e mente, mentalidade. A mente mente? A mente é uma mentira? Ou somos nos que mentimos para nós mesmos em nossas próprias mentes? Por isso a mente esvazia? Pelas mentiras terem acabado? quer dizer que a mentira não existiu em mim no momento início deste texto? "A mente vazia, mas o coração transbordando*. O coração seria uma mente secundária? Da qual não teríamos o controle? Sejamos inconscientes perante ela?
