(26 anos atrás)
-Bleeeyyk!- gritava entre risos pelo garoto atentado.- Venha logo, estamos apressados, querido...
-Aahh mãe, eu não quero ir agora,eu estou ocupado.- ela olha para o garoto que brinca com o pequeno avião de ferro.
-Venha meu anjinho - ela pega o garoto em seu colo e o encara -, prometo que não vamos demorar muito.
- Vamos comprar meu presente?- diz sorrindo de orelha a orelha.
-Ahn, não sei, nós vamos?- diz sorrindo.
-Mamãe?!- ele insiste, sabendo que ela está escondendo algo. Ela sabe que ele sabe. Os dois riem.
-Vamos ver seu avô...era para ser surpresa mas, você sabe que não sei guardar segredo. Ele vai lhe dar uma coisa.
-Um presente???
-Talvez, querido, eu não sei. Agora anda, e pega sua mala, deixei em cima da sua cama.- ela abanou as mãos em sinal de pressa para ele.
Em disparada, louco de saudade de seu avô, o pequeno Bleyk corre como se não houvesse amanhã. Suas bochechas branquinhas agora estavam vermelhas, ofegando e suando, a criança sobe as escadas entra no quarto e puxa a mala preparada por sua mãe.
Bleyk desce as escadas glorioso, com um enorme sorriso no rosto, pensando em seu avô.
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-Vôoooooooo!- Bleyk corre em direção ao velho bem conservado, que se encontra encostado no batente da porta.-Bleyk! Oh, por Deus, você está enorme! Feliz aniversário, leitãozinho!- Rick olha para o menino, e ri.
- Obrigado, vovô! - Bleyk ja tinha se acostumado com o apelido carinhoso.- mamãe disse que...
-Pai, temos que conversar.- ela interrompe a fala do garoto, que olha para ela tentando fazer uma cara de bravo.
- Mamãe por que a senhora sempre me interrompe quando eu falo?- Rick ri da pose que o garoto faz.
-Filha, que saudade! Ue...por que não avisou que Bleyk vai posar aqui?- Rick fala apontando para a pequena mala com o nome "Bleyk" costurado no couro- Eu teria arrumado o seu quarto para ele...
-É sobre isso que tenho que falar com você, pai... Podemos conversar em outro lugar?
-Claro... Claro.- Bleyk os encara confuso, mas logo se destrai com a caixinha embrulhada com papel manteiga, que seu vô arremessa para ele.
O garoto tira o embrulho e abre a caixinha.
É um anel.
Um grande anel.
Com uma pedra negra no centro.
Era lindo, e Bleyk amou.
Ele se levantou e foi até a porta que separava a sala da cozinha, em passos leves e lentos, enquanto apreciava o anel que nem cabia em seu pequeno dedo gordinho, ele estava encantado.
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(Dias atuais* sexta-feira, noite)
- Ei, Bleyk, você vai ficar aí?-Não. Eu tenho que resolver uma merda aí... Já estou de saída.
-Quer ajuda? - ele me olha com ânimo- Eu posso ir junto, se quiser...
- Olha, pra falar a verdade, acho que vou precisar de você sim...
Max me olha, acho que ele percebeu que a coisa é pior do que ele pensou que seria. Deve ter sido culpa da minha cara.
-Limpeza? - ele diz cruzando os braços
- É...algo do tipo.
- Dá pra você ser um pouco mais específico?
- Descobri quem é o filho da puta, e onde ele está.- encaro Max que me olha e faz brotar um sorriso nos lábios.
- Você fala do cara que robou o bagulho e matou o José?- a vóz de Max falha quando ele diz o nome de José.
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Motel
ActionContém: violência, sexo, palavrões, drogas, drama, ação e aventura. Aventurar-se nesta história será como se jogar ao vento e voar. Eu lhe garanto que aqui você encontrará todo o conteúdo citado a cima... A história deliciosamente picante, e suavem...