Pego meu celular que estava no chão, havia comprado no dia anterior.
Ou pelo menos o que sobrou dele.
Junto com seus estilhaços, meu monitor de computador estava em pedaços.
E como sempre, você gritando na minha frente.
- Como você ousa continuar falando com aquele garoto, Jungkook? - Jimin diz, sorrindo, com o martelo em suas mãos, mirando no monitor, ou na minha cabeça. Não saberia dizer.
- Jimin, eu já falei, Taehyung é meu amigo, nada mais. Se você não acredita, não posso fazer mais nada. - Suspiro, tentando manter a calma, mesmo depois dele ter quebrado meu celular e meu computador. Além de ter lido minhas conversas com Taehyung. Tranquilidade me define agora, claramente.
Qual é o problema dele? Qual é o meu problema? Por que eu não termino com ele simplesmente?
De uma forma totalmente errada, no fundo, chamamos isso de amor. Ou será que simplesmente não queremos ficar sozinhos? Não importa no momento. Nada mais importa além dele.
Ele sorri de forma maliciosa, jogando o cabelo loiro para trás, de um jeito que sempre me deixa louco. As luzes do quarto estão apagadas, somente a luz pálida da lua ilumina seu rosto frio e peverso que me prende neste cômodo. Minha vontade é de puxar seus cabelos com força suficiente para fazê-lo chorar.
- Você sabe que eu sou ciumento, Kookie, você é só meu...sabe disso, não sabe? - Ele anda lentamente em minha direção, largando o martelo no chão e balançando levemente o quadril. Ele se move como uma cobra, pronta para atacar sua presa. Eu sou sua presa. Ele vai dar o bote. Eu sei disso. Eu não fujo.
- De qualquer forma, você não tinha o direito de ler minhas conversas, e nem de quebrar minhas coisas, Jimin, você é louco! - Tento controlar meu tom de voz, mas é impossível manter a calma com ele rindo abertamente de meu desespero. Jimin para na minha frente, analisando cada reação minha. Seus olhos perfuram cada canto da minha alma. Vê tudo, sabe de tudo, controla tudo.
Ele segura meu rosto com uma mão, ainda rindo. E mesmo em um momento como esse tenho que admitir, seu sorriso é maravilhoso, é uma pena que eu nunca consigo saber se é verdadeiro. Seus olhos tem um um brilho perigoso, suas unhas machucam meu rosto, mas eu não me importo realmente. Nem ele.
- Então termine comigo, Jeon, é isso que você quer? Você acha que eu sou louco, certo? Vamos, acabe com isso. - Ele derrama falsas lágrimas enquanto sorri, ainda apertando meu rosto a ponto de sair pequenos filetes de sangue. O líquido quente escorre pelo meu pescoço em pequenas gotas, machando minha blusa branca.
Minha cabeça está uma bagunça, não consigo raciocinar. Ele não vai terminar comigo, não quer sair do relacionamento como uma má pessoa. E ele sabe que eu não vou conseguir acabar com isso. Esse maldito me tem na palma das mãos.
Pego seu pulso que apertava meu rosto com tanta força que vejo seu sorriso vacilar por um segundo, só para aumentar logo depois. Empurro-o com força contra a parede escura do quarto e com a outra mão seguro seu cabelo com mais força ainda.
- Eu te odeio,Park Jimin. Você me priva de viver, me machuca, me deixa louco e não tem um pingo de remorso. - Puxo sua cabeça com força para o lado, deixando seu pescoço a mostra - Mas... Você sabe que eu não consigo deixar você ir. Você me enfeitiçou e me marcou como seu. Me prende nesse inferno e me leva para o céu com esse sorriso. Você me quebra, anjo, mas eu posso fazer pior com você.
Nossas peles estão queimando, consigo sentir seu sangue vibrando em seu pulso. Ele me olha com um misto de medo e dúvida, me lançando um um desafio. A tensão pode ser sentida no ar, nossas respirações estão descompassadas, nossa sanidade já se foi há muito tempo.
Então eu morro. E volto a vida só para morrer novamente com seu beijo. Seus lábios certamente são um veneno, seu cheiro está impregnado por todo lado e ao mesmo tempo somente em mim. A ponta de sua língua, que é como uma faca em meu coração quando ele fala, agora é minha âncora que existe somente para me afundar nessas águas escuras de prazer tortuoso. Me pergunto se quero realmente afundar.
Arranho sua nuca com força, ao mesmo tempo que minha mão esquerda deixa marcas brutas em sua cintura. Minhas unhas marcam sua pele branca, a ponto de machucar a carne, assim como ele fez comigo. É uma guerra de poder, é uma batalha sem fim. E só um de nós pode sair vivo.
Nosso destino certamente é a cama, nossas brigas sempre acabam assim. Ou em lágrimas. Ou os dois.
Ele faz questão de rasgar minha roupa, assim como ele faz com meu coração. Eu devolvo na mesma moeda, deixando marcas que demorariam semanas para sumir. Uma aquarela de roxo,vermelho e azul em seu corpo branco como uma tela nova. Todas as minhas frustrações são descontadas nesse pequeno ser maligno que meu coração insiste em "amar"
Nem a lua tem coragem de testemunhar essa loucura. Objetos quebrados, lágrimas derramadas e sangue impregnado em nossos corpos e no carpete. Ele me ofereceu uma corrente,com seus olhos oblíquos e sorriso manso. Eu me prendi, jogando a chave fora, mesmo sabendo que não haveria como voltar atrás. Ele me ofereceu um lugar no céu, com suas carícias e toques delicados. E Mesmo sabendo que ele não era anjo, o adorei como um, me entregando a essa tortura eterna,sendo seu pecador.
Nosso destino é só problema.
Quem se machuca mais?
Quem ama mais?•••
Postei e saí correndo, só escrevo fic angst, não é possível gente
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cold blood [JIKOOK]
Fanfiction× Jikook | short fic | angst × Who's hurting more? Who's in love more? Am I the crazy one? Are you the crazy one? Am I the crazy one for not being able to leave the crazy you? Na qual Jimin e Jungkook estão presos em um ciclo vicioso de torturas, ou...