Era uma sexta-feira como todas as outras. Quando o relógio marcou 20h o carro de Lucas, meu melhor amigo de infância, apareceu no início da rua indicando sua chegada. Dei adeus a minha mãe, desviei de minha cachorrinha que queria brincar e, finalmente, entrei no carro. Seguimos em direção ao bar em um silêncio prazeroso, os barulhos da rua movimentada e as pequenas batidas da música que eu não reconhecia não me incomodavam. Ao chegar no local, fomos em direção à mesa dos nossos amigos que nos aguardavam com copos de cerveja. Com o passar do tempo, cada amigo saiu da mesa indo em encontro de suas parceiras da noite. Eu não tinha o desejo de me levantar da mesa do bar, meus olhos estavam pregados em uma figura loira. Lucas, me conhecendo perfeitamente bem, notou meu interesse e prontamente disse que a conhecia. Era Monalisa, prima de sua ex namorada. "É incrível // Nada desvia o destino //Hoje tudo faz sentido // E ainda há tanto a aprender // E a vida tão generosa comigo //Veio de amigo a amigo // Me apresentar a você"
6 anos se passaram. O encontro repentino no bar ficou marcado. Eu, o garoto que nunca tinha saído do meu estado do coração, Santa Catarina, hoje vivo em Paris. O que aconteceu com a Monalisa? Bem, daqui a pouco vamos nos encontrar no Louvre. Ela ama o museu, principalmente a obra que deu origem ao seu nome, a Monalisa. Poderia dizer que as duas tem pequenas semelhanças, seja no olhar carregado de intensidade e o sorriso ambíguo, que é segundo espectadores o que mais chama atenção no quadro, e o que mais me chamou atenção em minha Monalisa.
