Violência, assaltos e rotina no Rio

3 0 0
                                    

Gabriel, um menino de 10 anos, caminhava pela Rocinha, favela no Rio de Janeiro, quando foi abordado por um homem, que disse:

- Passa o celular rapá, é um assalto.

Assustado, o menino nem hesitou, entregou o aparelho e imediatamente correu para casa para contar o que tinha ocorrido à mãe, que o cria sozinho já que seu pai não o assumiu.

- Mãezinha, fui assaltado. O tio apontou uma arma na minha cabeça e pediu meu celular. Tô tão chateado porque não pude aproveitar meu presente de aniversário direito.

Maria, a genitora, tranquilizou o medroso Biel, e afirmou:

- Antes levem um bem material, do que sua vida, meu bem. Não sei o que faria caso um dia recebesse uma notícia de que você havia morrido por ter reagido a um assalto. Provavelmente, choraria uma noite inteira e teria que reconstruir a vida com um vazio no peito após sua precoce partida..

Inconformada com a situação, compartilhou com sua vizinha, Regina, o ocorrido. Maria contou a amiga que o sonho de seu filho é ser jogador de futebol e ter destaque como Neymar, mas que a realidade que a cidade se encontra, de constantes assaltos, faz com que acreditamos ser difícil atingir um alto padrão de vida, que consiga mudar a vida de uma família inteira.. Infelizmente, a cidade se tornou violenta demais.. "Rio 40 graus, Purgatório da beleza E do caos...".

Paris se torna um sonho distante para um menino que não conhece nada menos que a realidade da Rocinha, tiros, balas perdidas, insegurança, confronto.. mas que com o apoio da mãe tem certeza que conseguirá fazer a França conhecer um belo talento que merece tanto destaque quanto a obra da Monalisa no Louvre.  

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: May 16, 2018 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Violência, cotidiano e rotina no Rio de JaneiroWhere stories live. Discover now